O DESTINO
Uma
amiga indagou-me certa feita se o Destino existia. Claro. O Destino existe. O
que dificulta na indagação, é se a previsibilidade do Destino é possível.
Esta
pergunta, por muitos anos, encabulou-se o espírito.
Peregrinando
nas andanças de meu espírito sobre fatos verídicos, excluindo delas os
exageros de eventuais previsões tidas
como mediúnicas, Uma posição filosófica, real, oriunda da melhor fonte
possível, assevera a existência do Destino. E, afinal, comprova.
Eu
li, estudei por anos a ARTE CAVALHEIRESCA DO CAVALEIRO ZEN. O autor deste
livro não é um poeta. É um Filósofo (Nesse livro surpreendente, Arte
Cavalheiresca do Arqueiro Zen, o filósofo alemão Eugen Herrigel -1884-1955-
conta sua extraordinária experiência como discípulo de um Mestre Zen, com
quem aprendeu a arte de atirar com arco, durante em que viveu no Japão, como professor da
Universidade de Tohoku). Entre 1924 e 1929 foi professor de Filosofia na
Kaiserlichen Universität, em Sendia, no Japão, e entre 1929 e 1948 professor de
Filosofia Sistemática em Erlangen.
|
Assim
e deste modo, a procedência e seriedade das informações deste autor escapa a
qualquer dúvida.
A
tal evolução chega a técnica e concentração quase anímica do Mestre, que, ao
final, depois de muitos anos de experiências com o discípulo, fez-lhe a
demonstração de uma façanha inacreditável: Estando somente ele e o aluno no
campo de “tiro ao arco”, determinou que este vendasse-lhes os olhos, apagou a
luz elétrica do local, especificou que o aprendiz colocasse o alvo em
qualquer lugar que desejasse e, buscando o mesmo sem nada, ver atirou a
flecha.
O
discípulo quase morreu de susto. Pois o alvo, nestas condições fora acertado
em cheio, na mira exata.
Explicou
o Mestre Zen. “Não atiro no alvo. Atiro em mim mesmo. É concentrando em mim
que a seta busca o alvo. O alvo procura-me, não é procurado por mim.”
E,
assim, estudando em toda extensão este livro, foi que entendi o que seja o
Destino.
Leia-o.
Talvez você também o entenda.
|
|
||