terça-feira, 19 de junho de 2012

DESTINO PREVISÍVEL



O DESTINO

Uma amiga indagou-me certa feita se o Destino existia. Claro. O Destino existe. O que dificulta na indagação, é se a previsibilidade do Destino é possível.

Esta pergunta, por muitos anos, encabulou-se o espírito.

Peregrinando nas andanças de meu espírito sobre fatos verídicos, excluindo delas os exageros  de eventuais previsões tidas como mediúnicas, Uma posição filosófica, real, oriunda da melhor fonte possível, assevera a existência do Destino. E, afinal, comprova.

Eu li, estudei por anos a ARTE CAVALHEIRESCA DO CAVALEIRO ZEN. O autor deste livro não é um poeta. É um Filósofo (Nesse livro surpreendente, Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen, o filósofo alemão Eugen Herrigel -1884-1955- conta sua extraordinária experiência como discípulo de um Mestre Zen, com quem aprendeu a arte de atirar com arco, durante  em que viveu no Japão, como professor da Universidade de Tohoku). Entre 1924 e 1929 foi professor de Filosofia na Kaiserlichen Universität, em Sendia, no Japão, e entre 1929 e 1948 professor de Filosofia Sistemática em Erlangen.
Assim e deste modo, a procedência e seriedade das informações deste autor escapa a qualquer dúvida.
A tal evolução chega a técnica e concentração quase anímica do Mestre, que, ao final, depois de muitos anos de experiências com o discípulo, fez-lhe a demonstração de uma façanha inacreditável: Estando somente ele e o aluno no campo de “tiro ao arco”, determinou que este vendasse-lhes os olhos, apagou a luz elétrica do local, especificou que o aprendiz colocasse o alvo em qualquer lugar que desejasse e, buscando o mesmo sem nada, ver atirou a flecha.
O discípulo quase morreu de susto. Pois o alvo, nestas condições fora acertado em cheio, na mira exata.
Explicou o Mestre Zen. “Não atiro no alvo. Atiro em mim mesmo. É concentrando em mim que a seta busca o alvo. O alvo procura-me, não é procurado por mim.”
E, assim, estudando em toda extensão este livro, foi que entendi o que seja o Destino.
Leia-o. Talvez você também o entenda.

 O Viandante.