quarta-feira, 22 de agosto de 2012

= AMOR, DOCE AMOR ! =



O texto acima é anônimo.
Porém, encerra tanta verdade que, bons filósofos no passado da História, não disseram análogas palavras.
Contudo, proceder a exegese desta sucinta sentença, obriga-nos a um exercício de longa duração.
Até porquê a termo amor,como substantivo, significa e tem milhares de implicações. Amor de mãe, de pai, ao serviço, em uma tarefa, amor entre mulher e homem, amor a Deus...E vai por aí.
O verbo amar, por outro lado, está tão desgastado, que é até sinônimo de “transar”, uma palavrinha que, embora não esteja em nosso vocabulário, logo irá entrar com significado bem diferente das tranças que se fazem nos teares.
Todavia, o conciso adágio é tão verdadeiro agora, como nunca antes o foi.

UMA PERFEITA ABSTRAÇÃO 

Literalmente o dicionário tem definições interessantes sobre a palavra. Mas devo advertir, por experiência pessoal, que o amor de uma mãe ao filho é visceral, às vezes. De um pai é a mesma coisa. O amor a Deus é diferente destes também. É um amor mais que incondicional, espargindo pela espécie de forma difusa e indeterminada. O amor entre amigos já há condicionamentos e pode não haver, pois aos amigos nós escolhemos e, aos pais, não. Amor ao trabalho existe e forte e, muitas vezes, suplanta até o da família. Amor entre homem e mulher, quando existe, é muito bonito, porém sujeito às circunstâncias.
Erra  Antoine de Saint-Exupéry, em o Pequeno Príncipe, quando afirma: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Ele deveria ter completado a frase: “...enquanto permanecer o ser cativo.” E, a bem da verdade, todas as frases de Saint-Exupéry sobre o amor são apenas uma grande manifestação de bondade moral.
Entre mulher e homem, quando a paixão termina, de um ou de outro, pode permanecer a piedade, o senso de dever, o respeito, o sentimento de gratidão que um tenha pelo outro, o histórico de vidas. Contudo, isso é muito raro, pois o pragmatismo impera hoje. E vai por aí. Um Blog não é um livro.
PAIXÃO 
Amar, sem nenhum cinismo ou indiferença, é aquilo que tenho escrito no introito de meu MSN: “AMO O AMOR, MAS ADORO MUITO MAIS A PAIXÃO”
E isso já é outra discussão para outra crônica.
Tenham uma ótima quinta feira.
J. R. M. Garcia