terça-feira, 28 de agosto de 2012

NAMORO VIRTUAL (RESPOSTA)

NAMORO  VIRTUAL (RESPOSTA)

Mulher Teclando

Minha amável leitora.
Recebi vosso e-mail criticando-me por incentivar o “namoro virtual”.
Responderei já.
Equivoca-se, senhora.
Não incentivei nada.
Descrevi como ele acontece, como evolui, como termina.
Contudo, a senhora parece que é muito preconceituosa.
Pessoas houveram, no inicio do cinema distribuído pelas salas, que também combateram esta forma de distração. Com a TV a mesma coisa.
Quando a senhora diz que o namoro virtual é uma “pouca vergonha”, isso depende de cada um de como se imprime o ritmo do par, se existe confiança mútua, de seus desejos, de suas vontades, de seus quereres.
Se eles se amam, por mais fortes que sejam suas declarações de amor e paixão, penso que ninguém tem nada com isso.
Não lhe parece assim ?
Fiscalizaria a senhora a relação íntima de um casal quando a sós em seu quarto ?
Penso que não faria isso.
O mesmo se dá na WEB.
E diz lamentar que uma mente brilhante como a minha ponha-se a propalar o namoro virtual.
Que isso !
Que susto !
Nem sou brilhante e tão pouco estou a propalar nada.
Apenas não comungo de suas ideias.
Cada um faz o que quer com o aparelho que tem.
E esteja certa de que não lhe publicarei seu nome, já que assim solicitou-me.
Sou ético a um ponto que a senhora sequer avaliaria.
Todavia, cumprimento-a por manifestar suas ideias. Como Voltaire, tenho que lhe dizer: “Embora não concordando com o que pensa, defenderei até a morte o direito que tem de dizê-lo”.
O que peço, sinceramente, é que medite mais um pouco e que não demonize sua filha na INTERNET. Deixe que ela por si só desenvolva seus quereres e seus sentimentos, expressando-se como acha que deve. Melhor aí junto a você, do que na rua fazendo coisas que aí sim, escandalizariam os demais.
Agradecendo-a, um fraterno abraço.

J.R.M.Garcia.