VITORIA DA MULHER
Indiscutivelmente,
a mulher conseguiu um lugar de destaque frente à Sociedade.
Seja ela pobre,
rica, afro-brasileira, de classe média, alta ou o quê lá seja a mulher, hoje,
pode pretender os mais altos cargos das naçoões civilizadas.
Este
avanço começou muitas décadas atrás.
Na
Europa da Segunda Guerra, quando os homens assumiram suas posturas à frente dos
batalhões, as mulheres assumiram na retaguarda
a maioria quase absoluta nas frentes de trabalho. De lixeiras a montadoras
de veículos e caminhões, operatrizes de grandes máquinas, administração e seja
lá o que fossem, elas foram convocadas pelo dever a deixar suas casas e
substituirem a mão de obra em todas as frentes de trabalho.
Terminada
a guerra, com muitos lares desfeitos, homens mutilados, elas continuaram a trabalhar fora do lar.
E, agora, vemos que a mulher pode, deve
e convêm prestar serviços onde achar que seja necessário.
A isso, naturalmente, a mulher viu-se,
mercê de sua força de trabalho, a reivindicar idênticos direitos que, antes,
somente os homens de uma forma geral tinham.
Antigamente era ráro ver uma mulher
sozinha bebendo em um bar, tomando café, jogando conversa fora, dando palpites
em futebol, andando em uma praça, dirigindo sozinha por estradas, jogando
bilhar. Hoje isso é comum. Tão mais comum quanto mais densa for o meio civilizado onde ela tramita.
Hoje elas separam-se, ajuntam-se em um
‘relacionamento sério’, casam de novo e novamente tornam a separarar-se para
novamente casar-se. No meio artístico isso era mais comum em tempos
outros. Mas agora, é tão banal quanto
antes era ideal a mulher permanecer em
um só relacionamento até que ‘a morte os separe’. Hoje, as Amelias de ontem,
não existem. Casam, não gostam, deixa-se. E ái de quem as criticar ! Será
ridicularizado em prosa e verso.
A
bem da verdade, os homens, alguns, eram às vezes até gentis socialmente com as
mulheres, mas dentro de quatro paredes, carrasquevam-nas a ponto de elas
terem-lhes ódio. E ódio merecido. O passado de espezinhamento das mulheres, em
nada se compara ao possível escândalo que algumas hoje causam ao alforriar-se
da escravatura de onde vieram para a luz plena da liberdade. A Sociedade em
pêso tolheram-lhe por séculos a liberdade.
Tenho para comigo que hoje é melhor para
todos. Ninguém está amarrado a um vínculo doido como este, onde a mulher, a
parte supostamente mais frágil, fica sujeita a suposta proteção do macho e a
sofrer, também, os maiores vexames e horrores de uma vida a dois, que já não é
a dois, mas que assim entendiam.
E
convenhamos sem nenhum preconceito -olhando dentro dos olhos uns dos outros- a
mulher é mais ordeira, cumpridora de seus deveres, detalhistas, corretas, com
mais eficiência e muito mais maternal.
Parabéns
a vocês, todas as mulheres deste mundo.
J.
R. Garcia.