sexta-feira, 19 de outubro de 2012

=TAPA NA CARA DESTE BLOGUEIRO- -FATO REAL-

TAPA  NA  CARA 

        Quero contar-lhes o que aconteceu hoje comigo.     
Sou obrigado a caminhar.
       Antigamente obedecia o método Cooper. E o pratiquei com regularidade quase espartana durante alguns anos. Pouco importa se Cooper renunciou a parte seu método. Para mim isso pouco significava.
       Hoje é meu dever diário caminhar procurando agilizar a marcha.
       Dá-se que, devido a má circulação nas pernas pelo uso do cachimbo, denota-se que, após mil metros, dor terrível assoma-se à panturrilha de ambas pernas e, ao longo de todo percurso, esta mesma dor acumula nas coxas. E, daí em diante, é um tormento. Somente a vontade impera no final do trajeto.
       Vinha lá eu assim pela calçada, aguentando a dor interna já após os mil metros.
       Pessoas ágeis passavam por mim e lá iam fagueiras em seu destino.
       E, comigo mesmo, sempre lamentei minha fragilidade. Não chegava a praguejar. Não é de meu feitio. Antes resigno-me.
MANDELA 
      Aliás, em documentário que assisti de Mandela, ele também tinha estas mesmas dores e, de madrugada, já saia para caminhar. Um homem de fibra incomensurável. A postura que tinha em público era ereta e sabe-se lá o esforço que mantinha para tê-la. Longas, pesadas reuniões e ele o mesmo na sua postura, sempre com um sorriso nos lábios. Hoje tem mais de 90 anos e mora na mesma casa onde não viveu, já que teve 29 anos preso. Dizem Aliás, em documentário que assisti de Mandela, ele também tinha estas mesmas dores e, de madrugada, já saia para caminhar. Um homem de fibra incomensurável. A postura que tinha em público era ereta e sabe-se lá o esforço que mantinha para tê-la. Longas, pesadas reuniões e ele o mesmo na sua postura, sempre com um sorriso nos lábios. Hoje tem mais de 90 anos e mora na mesma casa onde não viveu, já que teve 29 anos preso. Dizem que vive de aposentadoria. Nunca foi “mensaleiro”, né ? -rs-
TRÂNSITO  INTENSO 
       Mas, voltando ao assunto. Seguia meu caminho já quando, quase ao final do trajeto, vejo um moço espadaúdo, forte, ombros largos e aparentemente bem. Estava esperando o trânsito intenso do local para atravessar uma rotatória. Sugeri-lhe que afastasse um pouco mais em uma rua oblíqua. Ele parece não ter gostado. Fiz menção de adentrar ao tráfego sinalizando que ele ia passar. Ao que ele adiantou-se e, quando o vi, já estava em meio aquele turbilhão de carros atravessando.
     Tinha, naquela idade, uma única perna. Uma muleta o auxiliava.
      Senti a força de “um tapa na cara” que Deus dava-me pelas minhas dores insignificantes.
       Tenham um ótimo sábado, cheio de alegria, porque este é o melhor dia da semana.  
       Fiquem com Deus.
       J. R. M. Garcia.