Pediram-me que transcrevesse o poema
abaixo.
Fiquei confuso.
Nâo é um Blog de poesias.
Mas quem me pedia, praticamente
implorava que transcrevesse seu improviso.
Kiz.
Foi tudo tão de repente !
Tão assustador !
Tão incrível !
Escapa-me à compreensão.
Por quê ?
Qual a explicação ?
E como dói !
É mais que um susto...É como se me jogassem na beirada de um precipício e,
rolando no espaço, esperasse o impacto insólito das pedras sobre meu corpo.
Qual a que me ferirá primeiro ? Onde sentirei de fato a dor que magoa,
entristece e, ao final, mata ?
Ainda ontem me jurava amor...
E eu, paciente ou louco, acreditava em suas juras.
Por quê ?
Que mal fiz ?
Tantas tristezas superamos juntos, tantos desentendimentos, tantas
frustações e, agora, quando caminhamos juntos, prefere empurrar-me ladeira
abaixo sem pelo menos um adeus.
Onde foi nosso patrimônio de mútua cofiança, nossos diálogos, nossos
entendimentos, nossa compreensão, nossa paciência ?
Conquistaram-na com outras seduções ?
Levaram-na de mim ?
A amizade é a pedra fria de consolo que me deixa para sobre ela rolar
minhas lágrimas.
E é neste altar de dor que juro, pela última vez, que a fé perdida em você
é a que perdi em toda mulher deste mundo.
O mau que me faz é esta descrença no ser humano que deixa fincado em meu
peito para nunca mais acreditar.
Se é um bem ou um mau não sei, porque nunca mais voltarei a crer em
ninguém.
Obrigado.
Adeus.
Dom Asturias