Muito antes de
Paracelso ( médico, alquimista, físico) proferir
aulas de medicina em praça pública para que todos assistissem, já na antiga
Grécia, filósofos como Platão, Sócrates, Diógenes e muitos outros faziam suas
pregações em mercados, praças, logradouros públicos etc.
Dizem alguns que somente uma suposta
elite intelectual possa absorver a ideia destas pregações.
Porém os gregos antigos e alguns outros
na modernidade, não concordam com esta ideia preconceituosa. Em muitos períodos
a cultura esteve presa em mosteiros, em treliças de reservados, mas não em
outras ocasiões.
FILAS - FILAS - FILAS
Contudo, daí a dizer que o melhor é não
divulgar as ideias sofisticadas, é de um egoísmo monumental. Seria de um
elitismo bárbaro, cruel e burro. Um retorno estúpido ao xamanismo oculto entre
tribos primevas, onde a cultura era proibida ao indivíduo comum. Eu já vi
praças cheias com pessoas ouvindo música clássica. E vi pessoas atentas,
admirando esculturas incompreensíveis. Disseminar a cultura por todos os meios é
um dever cívico de mínima cidadania.
JUNG
Outro dia disseram-me
que Jung falou isso em um de seus livros, afirmando que suas ideias somente
destinavam-se a um elite intelectual. Sei que era casado com uma mulher
riquíssima, que independia do trabalho usual para viver e que sua clientela
era, também, pessoas ricas e inteligentes. Contudo, se ele disse semelhante
besteira, minha admiração pela pessoa dele, nas limitações de sua torre de
cristal, para mim demonstra uma profunda ignorância sobre o ser humano e um
egoísmo enorme em sua sensibilidade pelo próximo. Aceito alguns de seus
pensamentos, mas este enoja-me.
Um abraço aos amigos, “junguianos” ou
não.
J. R. M. Garcia.