quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

AINDA OS BOTEQUEIROS

BOTEQUEIROS

Na crônica anterior, “BOTEQUEIROS”, recebi vários e-mails.
Alguns afirmando que sou um dos “botequeiros”, tal meu conhecimento sobre a questão. Outros acharam-me muito radical e, ainda, vários elogiaram-me afirmando que, com essa crônica, levo juízo a familiares ridicularizando os bêbados e evitando-lhes danos.
Somente os primeiros parecem certos.  

FÓRUM DE ITUVERAVA

Este fato leva-me a épocas remotas, muitos e muitos anos atrás.
Quando tomei sobre patrocínio a maior ação que até então me submeteram à apreciação. O Juiz, após uma semana, lavrou o despacho circunstanciado, dando minha Ação proposta como inepta por não ter descrito bem os fatos e que não formulara as razões do requerimento. Vergonha era pouca para mim. Nunca, jamais, na vida vi um outro despacho tão violento, tão terrível.  Nem sequer o MM. Juiz concedera-me a oportunidade de emendar a inicial com maiores esclarecimentos, fato normal.
Este Juiz era de Ituverava, a questão era sobre uma propriedade imobiliária às margens da Anhanguera de alto valor, seu nome é Pupullin, pessoa gentilíssima, muito educado, hoje aposentado.
E, além do mais, as custas e honorários pesados recairiam sobre meu cliente. Fiquei doente, desorientado, triste, com a alternativa de deixar a profissão já em seu nascedouro.
JOSÉ FREDERICO MARQUES 

Desesperado procurei o famoso jurista, o eminente e inigualável Professor José Frederico Marques, com 17 obras publicadas, jurista eclético, cuja vida e obra rompeu as barreiras entre as Ciências Penais e Civis.
Ele pediu para ver a sentença. Leu-a uma única vez.
Após um curto silêncio falou: “Interessante ! A extensa sentença delineou detalhadamente os fatos, as razões do pedido e o próprio pedido. Como é possível que quem laborou esta sentença não tenha entendido a ação se explicitou-a na sentença de forma meridiana”.
Seu parecer foi brilhante, como qualquer obra sua. A ação teve ganho de causa no Tribunal.
BAR CHEIO DE GENTE
Aqui, tomando a sábia lição do Professor e Jurista Frederico Marques sobre a atroz sentença, é certo que,para descrever como descrevi a bebedeira, certamente devo conhecê-la a fundo. Não há como negar. É verdade. É preciso enfrentar de frente a questão.           
Quando estudante frequentei não uma, mas milhares de bebedeiras, serestas, brigas e muita coisa mais. E certamente, agora, emendarão novas perguntas: “Se fez, por quê  demoniza os que fazem ?” A estes sim tenho que responder. Se escapei com vida devo-o a Deus.
BÊBADO TEM DE TER TALENTO 
Qualquer um pode beber. Todos. Mas a bebida é proibida aos que não sabem apreciá-la.
Eu não sei beber e, por isso, deixei.
Muitos, como eu, não sabem beber e entulham a “botecaria”, enchendo o saco de garçons, perdendo-se nos papos infindos, quebrando objetos, discutindo, ficando nervoso, tornando-se intolerantes e intoleráveis. Enfim, deixando  alter ego fora do bar.
Estes são proibidos de beber, pois de pessoas gentis tornam-se em outra personalidade que ninguém conhece bem.
Esta é a razão de conhecer o “metier” e, no entretanto, não fazê-lo por não saber trafegar no meio. E, como afirmou Heinrich Karl Bukowski, poeta, contista e romancista de origem alemã, criado nos Estados Unidos: “...para beber somente podem os que possuem muito talento”. Obviamente não tenho.
Quanto ao radicalismo firmo-me no ambiente geral que, se agrada aos bêbados, não se agrada aos são.
Amigos, hoje é sexta feira. Já pensaram ! O melhor dia da semana.
Tenham uma ótima sexta.
Abraços.
J. R. M. Garcia.  
 








quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

BOTEQUEIROS

O NOME EXPLICITA

É de se notar (não em uma roda de samba), mas daqueles que se reúnem em um boteco ou em uma cervejaria, obviamente para beber uma ou duas cervejinhas. Nenhum deles vai ali para beber muitas, mas bebem tanto quanto todos. Cada um, lá no seu íntimo, assemelham-se a peixinhos em um aquário, pegando migalhas de rodadas de bebidas. E aí passam horas papeando em voz alta.  
        Mas, conversando o quê ?
        Na verdade estes assuntos não tem fim, somente começo.
São ideias sem rumo que mudam minuto a minuto. Os casos vão surgindo, passando de boca a boca. Todos falam ao mesmo tempo. Outros discutem particularmente um caso qualquer que esquecem pelo caminho, recomeçando em outro.
PAPO  DE  BOTECO
           E as horas vão passando.
        E as bebidas chegando.
        E o nexo do papo acabando.
   He! Parece, uma manifestação burra do inconsciente, como se um caleidoscópio estivesse hospedado no cérebro de cada um. Uma zoeira em balburdia. Se cérebro tivesse descarga está é a hora de puxar. 
      Alguns, mais emocionados chegam a fazer discursos.  Outros dão gargalhadas sem sentido. Uns poucos choram. Outros ficam bravos.        
       Quem de fora vê uma turma assim, só pode ter uma reação: sair correndo. Desaparecer daquela chusma em estranha celeuma que, parecendo homens, são menos que crianças barulhentas em desordem, sem destino, sem posturas, em uma suposta recreação alucinada.  
       Mas, as características mais evidente desta confraria, é que ninguém vai lá para beber mais que duas ou três e bebem, ao final, todas.
        Na verdade é um psicoterapia de grupo de bêbados, sem qualquer ordenamento.  
        O pior, o mais triste, é que alguns levam suas esposas e crianças para essa zorra. Quando elas gostam de beber ainda aguentam, mas e as que não gostam ?
BÊBADOS
É horrível estes ambientes desordenados, onde ninguém entende ninguém, sem destino nas ideias, rolando ao sabor de uma cerveja de má qualidade. Possuem um comportamento triste, onde sua solidão desesperada aparece, ou tenta esconder, em um vazio idiota em fuga de si mesmo. Não convivem, escapam de si.
 Nunca consegui entender estas rodas que se formam geralmente no sábado, embora delas eu tenha participado quando mais moço, mas acho que se trata de instintos desordenados, fugindo ao isolamento pessoal. Se não aparecem em uma semana, voltarão no próximo mês.
 Lá, entre eles, resolvem todos os problemas do mundo.  
 Talvez esteja errado, pois são milhares os botecos neste pais e cada dia em maior número. Sou uma desapontadora exceção à regra.
 Paciência !
 Uma ótima quinta feira amigos.
 E lembrem-se, hoje já é quinta feira, o sábado está perto.
    Abraços.
    J.R.M.Garcia 


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

-CRIAÇÃO É AMOR-

AMOR

Tenho para comigo que os sonhos são necessários. Indispensáveis. E penso que os mais felizes realizam suas tarefas como se fossem sonhos bons e alegres, os quais Deus lhes dão. Fazem-nas como se fossem uma graça que recebem, sem questionar sequer o resultado.
Por quê digo isso ?
Por observação empírica.
A criação, em geral, não obedece ao critério de trabalho. Nem mesmo de remuneração ou mesmo sequer de mérito.
Observemos as grandes obras.

ANNE FRANCK 

Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank (Frankfurt am Main, 12 de Junho de 1929Bergen-Belsen, Março de 1945), foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do holocausto, que morreu aos quinze anos de idade num campo de concentração. Ela se tornou mundialmente famosa com a publicação póstuma de seu diário,  escreveu sua obra em uma prisão, sem nunca imaginar que seu nome seria inesquecível pela humanidade. 

MARIE  CURI 
Maria Curi pesquisou o rádium até a morte, muitas vezes sem nem perceber que a água que lhe estava no copo congelava sob o efeito de frio intenso e na pobreza quase extrema.  



CERVANTES
Miguel de Cervantes Saavedra [a] (Alcalá de Henares, 29 de setembro de 1547Madrid, 22 de abril de 1616[1]) foi romancista, dramaturgo e poeta castelhano.A sua obra-prima, Dom Quixote, muitas vezes considerado o primeiro romance moderno,[2] é um clássico da literatura ocidental e é regularmente considerado um dos melhores romances já escritos. Parte de Dom Quixote foi escrito na prisão. 

EISTEIN
Mas deixemos esses fatos e vamos as pesquisas na ciência em geral.
Eistein ao perguntarem-lhe como seria sua remuneração no campus universitário nos EUA, quando foragido do nazismo, fez uma breve conta de suas despesas e apresentou-o ao administrador da universidade. O valor era mínimo e, aliás, pensaram que fosse brincadeira dele, tal seu bom humor. Não era. Era real.
No esporte a mesma coisa.

GARRINCHA

Garrincha, ao ser aconselhado a deixar os campos de futebol, vez que dia a dia envelhecia e jogava cada vez mais em pequenos times, foi aconselhado por seu compadre, Newton Santos, a deixar o futebol, uma vez que lhe pagavam quase nada. A resposta foi: “Nirton, se não me pagassem, eu pagaria para que me deixassem jogar.”Quanta diferença dos que hoje jogam por dinheiro !

Irmãos Wright

Os irmãosOs Irmãos Wright, Orville Wright (Dayton, 19 de agosto de 1871 — Dayton, 30 de janeiro de 1948) e Wilbur Wright (Millville, 16 de abril de 1867 — Dayton, 30 de maio de 1912). na invenção do avião faziam-no roubando tempo de seu trabalho e aplicando-o no grande invento.

SARNEY 
Também, aqui há demonstração de criminosos incorrigíveis. Sarney, o  homem que quer converter o Brasil em seu estado, hoje por ele destruído, o Maranhão, pratica sua roubalheira no Senado com uma vocação  extremada. Ninguém o detêm. É como Al  Capone. Um ato de amor ao crime. 
Isso em todos ramos que se pode imaginar.
Logo, o trabalho, não é a condição máxima de uma atividade, mas sim uma condição essencial de amor à criação.
Alguns criam o bem, outros o mal. Mas todos igualmente irmanados em suas ferrenhamente em suas vocações.
O que existe são pessoas deslocadas de sua vocação. Isso sim, é verdade.
Pensem nisso amigos.
Tenham uma excelente quarta feira, pois o sábado logo já vem aí.
Abraços.
J. R. M. Garcia.  

















domingo, 27 de janeiro de 2013

-NÁUSEA-

ARNALDO JABOR


É impossível
não copiar.
Perfeito !
Isso deve ser o que todos sentimos

 NÁUSEA
Arnaldo Jabor
O Estado de S.Paulo

 O grande Cole Porter tem uma letra de música que diz: "Conflicting questions rise around my brain/ Should I order cyanide or order champagne?" ("Questões conflitantes rondam minha cabeça/ devo pedir cianureto ou champagne?")
Sinto-me assim, como articulista. Para que escrever? Nada adianta, nada. E como meu trabalho é ver o mal do mundo, um dia a depressão bate.
A náusea - não a do Sartre, mas a minha. Não aguento mais ver a cara do Lula, o homem que não sabe de nada, talvez nem conheça a Rosemary, não aguento mais ver o Sarney mandando no País, transformando-nos num grande "Maranhão", com o PT no bolso do jaquetão de teflon, enquanto comunistas e fascistas discutem para ver quem é mais de "esquerda" ou de "direita", com o Estado loteado por pelegos sem emprego, não suporto a dúvida impotente dos tucanos sem projeto; não dá mais para ouvir quantos campos de futebol foram destruídos por mês nas queimadas da Amazônia, enquanto ecochatos correm nus na Europa, fazendo ridículos protestos contra o efeito estufa;
Não aguento mais contar quantos foram assassinados por dia, com secretários de segurança falando em "forças-tarefas" diante de presídios que nem conseguem bloquear celulares, não suporto a polêmica nacionalismo-pelego x liberalismo tucano,  tenho enjoo de vagabundos inúteis falando em "utopias", bispos dizendo bobagens sobre economia, acadêmicos decepcionados com os 'cumpanheiros' sindicalistas, mas secretamente fiéis à velha esquerda, que só pensa em acabar com a mídia livre,tremo ao ver a República tratada no passado, nostalgias masoquistas de tortura, indenizações para moleques, heranças malditas, ossadas do Araguaia e nenhuma reforma no Estado paralítico e patrimonialista,
Não tolero mais a falta de imaginação ideológica dos homens de bem, comparada com a imaginação dos canalhas, o que nos leva à retórica de impossibilidades como nosso destino fatal e vejo que a única coisa que acontece é que não acontece nada, apesar dos bilhões em propaganda para acharmos que algo acontece.
Odeio a dúvida de Dilma, querendo fazer uma política modernizante, mas batendo cabeça para o PT, esse partido peronista de direita. Não aturo a dúvida ridícula que assola a reflexão política: paralisia x voluntarismo, processo x solução, continuidade x ruptura; deprimo quando vejo a militância dos ignorantes, a burrice com fome de sentido, balas perdidas sempre acertando em crianças, imagens do Rio São Francisco com obras paradas e secas sem fim, o trem-bala de bilhões atropelando escolas e hospitais falidos, filas de doentes no SUS, caixas de banco abertas à dinamite, declarações de pobres conformados com sua desgraça na TV;
Tenho engulhos ao ver a mísera liberdade como produto de mercado, êxtases volúveis de 'descolados' dentro de um chiqueirinho de irrelevâncias, buscando ideais como a bunda perfeita, bundas ambiciosas querendo subir na vida, bundas com vida própria, mais importantes que suas donas,
Odeio recordes sexuais, próteses de silicone, pênis voadores, sucesso sem trabalho, a troca do mérito pela fama, não suporto mais anúncio de cerveja com louras burras, abomino mulheres divididas entre a 'piranhagem' e a 'peruice', repugnam-me os sorrisos luminosos de celebridades bregas, passos de ganso de manequim, notícias sobre quem come quem,
Horroriza-me sermos um bando de patetas de consumo, rebolando em shoppings assaltados, enquanto os homens-bomba explodem no Oriente e Ocidente, desovando cadáveres na Palestina e em Ramos, ônibus em fogo no Jacarezinho e Heliópolis, a cara dos boçais do Hamas querendo jogar Israel no mar e o repulsivo Bibi invadindo a Cisjordânia, o assassino pescoçudo Assad eliminando o próprio povo, enquanto formigueiros de fiéis bárbaros no Islã recitam o Alcorão com os rabos para cima, xiitas sangrando, sunitas chorando, tudo no tão mal começado século 21, século 8.º para eles ainda, não aguento ver que a pior violência é nosso convívio cético com a violência, o mal banalizado e o bem como um charme burguês,
Não quero mais ouvir falar de "globalização", enquanto meninos miseráveis fazem malabarismo nos sinais de trânsito, cariocas de porre falam de política e paulistas de porre falam de mercado, museus pós-modernos em forma de retorcidos bombardeios em vez da leveza perdida de Niemeyer, espaços culturais sem arte nenhuma para botar dentro, a não ser sinistras instalações com sangue de porco ou latinhas de cocô de picaretas vestidos de "contemporâneos",
Não aguento chuvas em São Paulo e desabamentos no Rio, enquanto a Igreja Universal constrói templos de mármore com dinheiro arrancado dos ignorantes sem pagar Imposto de Renda, festas de celebridades com cascata de camarão, matéria paga com casais em bodas de prata, políticos se defendendo de roubalheira falando em "honra ilibada", conselhos de ética formado por ladrões, suplentes cabeludos e suplentes carecas ocultando os crimes, anúncios de celulares que fazem de tudo, até "boquete";
Dá-me repulsa ver mulheres-bomba tirando foto com os filhinhos antes de explodir e subir aos céus dos imbecis, odeio o prazer suicida com que falamos sem agir sobre o derretimento das calotas polares, polêmicas sobre casamento gay, racismo pedindo leis contra o racismo, odeio a pedofilia perdoada na Igreja,
Vomito ao ver aquele rato do Irã falando que não houve Holocausto, cercados pelas caras barbudas da boçal sabedoria de aiatolás, repugnam-me as bochechas da Cristina Kirchner destruindo a Argentina, a barriga fascista do Chávez, Maluf negando nossa existência, eternamente impune, confrange-me o papa rezando contra a violência com seus olhinhos violentos,
Não suporto Cúpulas do G20 lamentando a miséria para nada, tenho medo de tudo, inclusive da minha renitente depressão, estou de saco cheio de mim mesmo, desta minha esperançazinha démodé e iluminista de articulista do "bem", impotente diante do cinismo vencedor de criminosos políticos.
Daí, faço minha a dúvida de Cole Porter: devo pedir ao garçom uma pílula de cianureto ou uma "flute" de champagne rosé?

Parabéns Jabor !
J. R. M. Garcia. 



sábado, 26 de janeiro de 2013

=MAL MENOR=

SANTO   AGOSTINHO

Santo Agostinho, um dos maiores filósofos da antiguidade religiosa, deu aos primórdios da Igreja, um sustentáculo inigualável às suas ideias. Antigamente a Igreja Católica não era atrasada como hoje. Nela existiu filósofos e pensadores.
Foi ele quem, em CONFISSÕES, ao estudar em profundidade a graça divina, não entendo sua distribuição entre a humanidade, deu-a como um milagre insondável.

MAFIOSO E DEVASSO ITALIANO 

E na verdade tal fato é, realmente, um mistério frente a existência de Deus. Crianças inocentes e pobres nascem já com doenças incríveis e incuráveis, quando um Berlusconi da vida enche-se de vigor e riqueza, roubando a Itália e escandalizando a Humanidade.
Este fato intrigou-me também por muito tempo.
Mas outro dia ouvi uma frase simples, sem maiores pretensões: “Tudo tem um sentido.”
E tem ?
Tem. 

PLANETA  TERRA

Não há um órgão de seu corpo que não tenha função específica.
O planeta todo, embora com aparência completamente heterogênea é, na verdade, homogêneo e sincrônico. A terra é um órgão uno, interdependente,  próprio em seu viver, substituindo de si o quê é desnecessário e criando o útil à sua continuidade.
Obedece ao texto: “Tudo tem um sentido.”
Mesmo os canalhas tem sentido. Ainda que como exemplo negativo, a vida de Sarney em suas falcatruas, tem sentido do que não devemos imitar.

PARACELSO

Paracelso, pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim. Ele é considerado por muitos como um reformador do medicamento. Outros elogiam suas realizações em Química e como fundador da Bioquímica. Ele aparece entre cientistas e reformadores como Andreas Vesalius, Nicolau Copérnico e Georgius Agricola, e, portanto, é visto como um moderno.
Este médico, tendo meios para curar um Rei renascentista recusou-se a fazê-lo sob a alegação de que, se fizesse a dita Majestade morreria de outra muito pior. Por isso foi punido, mas não o fez.
Por quê ?
Porquê “tudo tem um sentido”.
O que parece o caos a alguns é um exemplo aterrador para outros que buscam evitá-lo.

ARISTÓTALES 

Aristótales também pensou assim em sua norma de que “a cada ação cabe uma reação igual e contrária”.
E esse é o mistério da graça.
Aí reside sua súmula.
Um ótimo domingo amigas(os)
J. R. M. Garcia 

CONTRIBUIÇÃO: ANA CARVALHO   



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

=CRÔNICA DIRECIONADA=

APONTANDO O DEDO

Alguns leitores, com gentileza e atenção, fazem-me críticas por e-mail, dizendo que quando escrevo aqui, muitas vezes, faço crônicas dirigidas especificamente a um(a) leitor(a) em particular.
Enganam-se.
Não.
Não o faço.
A crônica -a não ser uma carta aberta- busca a universalidade não só do assunto como dos leitores.
Se alguém em particular se identifica, como a de ontem por exemplo, NOITE VAZIA, é um fato que não posso evitar. A meta é universal, genérica, inespecífica, indeterminada. Uma estado emocional comum de todo ser humano. 

PÚBLICO   LENDO 

O que não posso é precisar se esta ou aquela matéria seja diagnosticada com uma ou outra pessoa, como sendo uma particularidade sua.
Escrevendo para um público cada dia maior, pela amabilidade dos que me leem, seria tolo proceder como um colegial, mandando “recadinhos” a uns e a outros. Afinal, há muitas leituras também no exterior.
Quando escrevo informo-me bastante sobre a matéria, mas sei que nem sempre isso é possível. Afinal rabisco uma crônica por dia. Há, por isso, equívocos naturalmente.
Se algum erro for-me apontado, imediatamente rerratificarei aqui. Isso é um dever ético.
Quanto a opiniões pessoais, sentires anímicos, é uma particularidade de todo cronista. Vejo o mundo segundo sinto-o. Não seria esse um direito universal ?

CREDIBILIDADE

Assim, espero obter credibilidade no que informo e busco a apreciação dos que me leem, na certeza de que, ao expressar-me nos estados anímicos pessoais sintam que, de fato, este é meu verdadeiro humor quando redijo.
Procuro ser o mais autêntico possível, mas nem sempre consigo.
Um ótimo sábado para você.
Abraços.
J. R. M. Garcia.



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

=NOITE VAZIA=

LUA   À  NOITE

É tarde.
Madrugada alta.
Perdi o sono.
No céu, a lua, brincando de esconder entre raras nuvens, vai como que pulando de uma em uma, seguindo seu inevitável rumo Oeste.

PISCINA  À   NOITE 

Aqui, de minha janela, vejo lá em baixo as piscinas com seus riscos luminosos na água agora parada, quieta como se amanhã esperasse, ajuizadamente, os primeiros banhistas.
Noite quente esta. Todos dormem no hotel. Ao longe vejo as luzes da cidade refulgindo umas próximas às outras, dos muitos prédios a dormir, até o horizonte negro onde a cidade termina.
Nada singular.
Tudo comum, igual a outras noites. Uma mesmice que passa no ir das horas.
Não há uma brisa sequer. Nenhum coqueiro que cerca o apartamento balança as folhas. Noite quente. Apenas o som do ar condicionado que pouco se faz ouvir.
Dizem que amanhã vai chover. Não sei. Penso que não. Será mais um dia senegalesco. 

NOITE  ESCURA

De repente penso em outras noites. Muitas. Infinitas. Alegres algumas, tristes outras, desesperadoras, poucas. Noites que a morte se abateu sobre entes queridos, alegrias de mil formas imagináveis, expectativas, lugares remotos, épocas outras, tempos vividos e que nem consigo ás vezes imaginar. São tantos !
Bato o cachimbo. Coloco tabaco, ascendo e reconheço que se faz mal, também me faz bem a fumaça fria, macia a rolar pela garganta. Gosto.
Vou a janela e olho uma outra vez o céu com escassas nuvens. Realmente, amanhã não ira mesmo chover.
Passam as horas.
Deito. Vejo TV. Desço até a recepção, tomo café, bato um curto papo, olho o estacionamento na frente lotado.
Deixo o texto, mas volto. Não sei porquê, mas não consigo deixá-lo sem continuar.
Não sou eu que quero as palavras. São elas que me querem.

MOMENTOS 
Este é um momento. Apenas um segundo que registro no espaço de minha noite vazia. Divido-o, de coração, com você.  
E os minutos vão. E andam. E chegarão ou não à sua leitura ?
Saudades também.
Ah saudade que nunca me deixa !
Mas há esperança.
Esperança por quê ?
Nem sei.
Para você, com amor, um minuto verdadeiramente meu.
Abraços.
Ótima sexta feira neste feriadão do aniversário da grande São Paulo.
J. R. M. Garcia.