sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

=LEMBRANÇAS TOLAS=

SONHOS

Para ler sentindo.
Muita pretensão a minha, não ?
Mas o quê desejo pedir, é que me acompanhem no raciocínio. Se assim não for, perderemos um do outro.
Nem sei se todos vocês sentem-se assim, às vezes.
Interessante !
Hoje, sem razão de ser, fiquei recordando um dia que passei todo ele esperando uma pessoa no Shopping Higienópolis, sem fazer nada. Fiquei umas cinco horas lá dentro, enquanto a chuva caí lá fora. Andava pelas lojas, zoava pelos corredores, beliscava petiscos, sentava nos bancos de bares, descia os elevadores, subia outra vez, ia e voltava sem nada fazer. Apenas esperando descompromissadamente. Entrava nas lojas para ver suas vitrines, olhava as prateleiras da Saraiva. Não tinha que comprar nada. Somente esperava.

PASSEANDO SEM RUMO

E, de repente, não mais que de repente mesmo, aquela inatividade que, naquele dia causou-me grande aborrecimento momentâneo, hoje, agora, senti uma saudade muito grande de assim estar por lá.
Pensei e intimamente indaguei-me de outras muitas ocasiões no passado onde, sem razão alguma, o que me causava monotonia e ansiedade no instante e que ocorriam, hoje, agora, bate-me forte saudade.
Será que isso acontece a todo mundo ?
Esperar com extrema ansiedade avião em aeroporto, viagens longas de ônibus, voos compridos que parecem nunca chegarem, andar de metrô sem rumo certo, vagar em praças, ver a chuva cair em dia que não se tem o que fazer.

SAUDADE

saudade
Que saudade !
Não sei como explicar. São tarefas que causam em mim e na maioria das pessoas angustia e desassossego. E, aqui, neste momento, vejo que estas horas ficaram comigo meio que para sempre como um repouso lúdico de meu espírito, em algum lugar de meu coração. Onde, não sei.
De fazenda não tenho saudade. Pelo menos agora. Mas de ir para alguma delas levantando de madrugadinha, na estrada carregada de espessa bruma matutina, o ronco firme do motor diesel da caminhonete, o friozinho no levantar do sol, isso assalta-me, às vezes, como saudade imorredoura.
Saudade de saudades que não deveria ter. Um equívoco do espírito que deambula bobamente por recantos de minha alma, como a visitar quartos antigos de uma casa onde se habitou e que, agora, sei que nunca mais voltará. 
Muito estranho e capcioso sentir estes instantes.
Mas queria compartilhá-lo com vocês e teria de ser neste momento.
O sonho nos dá aquilo que a realidade nos nega.
Tenham um ótimo sábado a cada um de vocês com seus familiares.
J. R. M. Garcia.