BOLA DE CRISTAL
Destino.
Que a vem a ser o que chamam destino? Acaso, caminho, direção, rumo,
futuro, fados, objetivo, sorte, azar, fadário. A sinonímia é vasta. Imensa.
TROMBADA DE VEÍCULOS
Alguém parte em um certo horário em um veículo com destino a um local
e, de outro lado, outra pessoa também destina-se em rumo análogo em direção
inversa, com outro veículo. Um minuto antes para um ou para o outro, estes
veículos não se encontrariam. No entanto, estão destinados a encontrarem-se em
uma trombada fatal em um determinado local. Tudo caminha para isso. Uma parada,
a velocidade que se diminuiu na chuva, uma reta: aquele instante estava marcado
para o desastre. Se todos os cálculos de previsão fossem colocados em um mega
computador, o resultado da fórmula seria a ocorrência da trombada inevitável. A
fatalidade já estava determinada antes. Sabendo ou não, a tragédia seria
inarredável.
DESTINO
E nossa vida, em seu todo ?
Os fados não se dão mais ou menos assim ?
Você vai a uma festa, lá conhece uma moça por acaso. Dela enamora,
casa e, ao final, eis aí grande parte das vidas dela e sua marcadas por um
pedaço ou por todo seu futuro.
Alguém lhe faz uma proposta de negócio. Você, até sem desejar, vai
verificar qual negócio é e, dali a alguns dias, eis feito os fados que passarão
a fazer parte de sua vida em sorte ou azar por anos e anos.
Se tivesse dito não, nada ocorreria. Se falou sim, seu objetivo
torna-se outro.
Muitos há que não podem ler esta crônica. O seu fadário já os
conduziu a morte por um sim e por um não.
ENCRUZILHADAS DA VIDA
Quantas e quais opções, temos de tomá-las minuto a minuto na vida. Impossível ser ao contrário. Por mais que nos
tranquemos em normas, princípios e fatores, sempre estamos a definir, escolher,
eleger. É como guiar um veículo.
Depois, muito tempo passado, se temos autocrítica sincera, a
gente volta a analisar estas circunstâncias e vemos falhas em nosso
comportamento, erros grosseiros que cometemos, tolices, besteiras que poderíamos
ter evitado. E, em outros casos, acertos geniais que caberíamos dizer sim,
quando dissemos não. Remorsos. Alegrias também, às vezes.
Tudo parece ficar mais ou menos claro quando o presente revela e
compreendemos nosso passado.
Este é o fadário inevitável da vida. Dele ninguém pode esquivar-se.
Vivemos assim sem jamais saber o amanhã.
Tenham um excelente domingo amigas(os).
Um abraço.
J. R. M. Garcia.
Endereço eletrônico: <martinsegarcia@uol.com.br>