MARGINAIS NO PODER
“Sejamos
francos, companheiros: ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa, nem os
políticos, nem os manifestantes, muito menos este que vos escreve e vem,
humilde ou pretensiosamente, expor sua perplexidade e ignorância.” (Antônio
Prata)
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o texto.
As
autoridades, supostamente legalmente constituídas, não respeitaram as funções
para as quais foram nomeados. Avacalharam suas funções. Vomitaram nos pratos
que comeram. E, agora, estão atônitos quando veem-se confrontados com o
escândalo que eles mesmos causaram em seus desmandos. A revolta, justa ou não,
é um triste desabafo desesperado desta gente rolando em passeatas sem destino
nas ruas de nossas capitais.
E o
pior de tudo isso, é que o sofrimento destes que ficam a zanzar por aí,
lixando-se pela noite, são jovens.
Onde
está o poder Judiciário, o Legislativo e Executivo nesta anarquia toda ?
MARGINAIS NO PODER
Estão
mudos, calados, recolhidos em seu conforto de ratos enrolados dentro de suas
tocas, enquanto na rua, os mesmo pobres, fantasiados de tropa de choque,
protegem o patrimônio dito público, onde eles atuam diuturnamente sob a veste
falsa de autoridades, legislando a burocracia que vitima o povo.
Quando
um ou outro destes malandros vem a público dizer algo, é sobre o manto do
cinismo pragmático dizendo que esta revolta - o que não dizem - é resultado da
falácia do senso moral deles mesmo.
PURA SACANAGEM
Estamos
a enlouquecer o melhor de nossa juventude.
O
jovens também não sabem o quê estão sofrendo, com nós também não compreendemos.
Mas o fato de não se saber o porquê se sofre e como se sofre, não significa
necessariamente que não se sofre. Logo, a presença destes jovens todos, a um só
tempo nas ruas, não é uma demonstração de que todos ensandeceram sem motivo
algum. Isso não é concebível. Seria admitir que todos enlouqueceram ao um único
tempo.
Já
não se trata de tarifa. Não. Nunca somente dez centavos. Saúde. Segurança.
Escola. Trabalho digno. É o mínimo.
A
moralidade pública que não existe mais. É o reflexo desta imoralidade caindo
sobre o povo excluído da administração. Os marginais que ocupam os poderes
públicos, faz cair a noite em dia claro, quando as falcatruas do Congresso e do
Executivo somente legislam e tomam medidas em seu único condenável interesse
próprio.
Meus
amigas(os), este dia ainda não acabou.
Fiquem
com Deus.
J. R. M. Garcia.