sexta-feira, 5 de julho de 2013

ESTA A ORAÇÃO

OCASO

Amigos.
Tenho pensado muito no que vocês me disseram ontem à noite.
Meus dias atuais são imortais. São como os dias novos que nunca me aconteceram com esta fragrância tão despreocupada e tão solta. A falta de compromissos ofusca-me, afoga-me.  O raio de sol que me entra por esta janela é como a ilusão opaca da noite, onde a lua transforma em sonhos acordados todas minhas horas inúteis.
Não questiono valores com frequência. Não sonho o futuro. Esqueço o passado muitas vezes e, se o penso, é apenas como pálidas lembranças. Bem-vindo sejam ao meu palácio.
O vital não existe. O próprio é passageiro. As estrelas espiam-me pela madrugada adentro.
Transformo-me em humildade, acomodação, simplicidade, quereres que nunca realizar-se-ão. Sombras ? Não. Realidades pulsantes de um tempo que foi efêmero enquanto passou, mas agora longo demais pelo que houve. Foi a busca de confrontar o quanto de verdade pode-se um homem suportar. Um empirismo cômico, mas próprio dos que os que querem muito desejando pouco.

UM SONHO NO OCASO

Percebem?
Deixo-me ficar. Se algo acontecer, que me aconteça. Se nada acontecer, que nada ocorra.
Sou um animal a caminho da morte como qualquer outro. Por isso a afinidade que, comigo, os animais percebem. Ora, pois! O funeral do tempo acontece a cada instante. Ser homem é uma desvantagem. Somente os irracionais possuem a eternidade.
Procuro incomodar o quanto menos mais. Mas, se assim não for, que de outra forma seja.
Nada peço mais a Deus senão que felicidade exista para vocês com muito carinho.
Que assim seja.
Ótimo fim de semana a todos vocês que me leem.
Abraços.
J. R. M. Garcia.