Quem sou?
Um velho casmurro, ranzinza?
Incerto de hábitos, não muito sábio, de olhar distante?
Que come de qualquer jeito, perde um par de meia e as vezes até um sapato?
Com banho e refeição, tendo o dia inteiro para se ocupar e ocupa muito
mal?
Quem sou?
Vou lhe contar quem eu sou e como
continuo aqui.
Eu sou uma pequena criança de dez
anos com um pai e uma mãe.
Um rapaz de dezesseis com asas nos
pés.
Sonhando que breve uma amante ele vai encontrar.
Um noivo, logo aos vinte e tantos meu coração dá um salto.
Lembrando os votos que eu prometi manter.
Aos vinte e cinco, agora tenho minha própria juventude.
Um homem de trinta minha juventude agora cresceu rápido.
Sonhando que breve uma amante ele vai encontrar.
Um noivo, logo aos vinte e tantos meu coração dá um salto.
Lembrando os votos que eu prometi manter.
Aos vinte e cinco, agora tenho minha própria juventude.
Um homem de trinta minha juventude agora cresceu rápido.
Olho para o futuro e tremo de pavor.
Agora meus jovens filhos estão todos criados, até da sua própria juventude.
Agora meus jovens filhos estão todos criados, até da sua própria juventude.
Laços desfeitos, sem remorsos mas
triste, continuei a vida só.
Eu sou agora um velho homem e a
natureza é cruel.
O corpo, ele se desintegra e graça e
vigor partem.
Existe agora uma pedra onde uma vez eu tive um coração.
Existe agora uma pedra onde uma vez eu tive um coração.
Acho que os anos, muito poucos, foram
embora muito rápido.
Agora é aceitar o fato gritante de que nada pode durar.
Então abram seus olhos, pessoas. Abram e vejam.
Não um homem casmurro.
Agora é aceitar o fato gritante de que nada pode durar.
Então abram seus olhos, pessoas. Abram e vejam.
Não um homem casmurro.
Olhe mais perto e veja...
A MIM!
J. R. M. Garcia.
Poema anônimo, deixado em um hospital de Melbourne, Austrália.
Sintetizado e adaptado por mim.
Poema anônimo, deixado em um hospital de Melbourne, Austrália.
Sintetizado e adaptado por mim.