quinta-feira, 3 de outubro de 2013

DARWIN NÃO EXPLICA

GESTO DE AMOR?

Olhando a “TEORIA DA EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES”, Darwin tem toda razão.
Como não poderia ser desta forma?
Charles Darwin formula a doutrina evolucionista, segundo a qual as espécies procedem umas das outras por evolução. Em virtude da seleção natural sobrevivem os indivíduos e as espécies melhor adaptados. A esta obra segue-se A Origem do Homem, em que aprofunda a sua teoria sobre a descendência do homem e do macaco de um antepassado comum.
Tudo está correto ali. Nada que não o seja com perfeição.
Assim, até mesmo as distantes galáxias no Universo infindo procedem desta maneira.

DARWIN

Mas...
Mas, ainda assim, o fenômeno humano grita fundo na alma.
Quem não teve pena de um cão caído em uma calçada? De um pássaro abatido por uma asa quebrada? De um animal sendo maltratado?
Em um instante, em um ato impensado, qualquer um seria capaz de intervir nestas situações gritantes, completamente desprovido de cautelas, medos e lançar-se contra o ofendido em um grito de santa ira e, ali, até sacrificar temerariamente, talvez,  sua vida.
Mesmo que aqui na pátria amada estes gestos não sejam comuns (já que somos incultos), entre outros povos temos exemplos à soberba de lançar-se a favor dos desamparados sofredores.
Pergunto: O sol, por acaso, apagar-se-ia por gesto de pura piedade de alguém que morresse abandonado em um deserto?
Não. Acho que não. O sol o desgraçaria até a morte sem qualquer piedade.
Esta a diferença entre o ser humano e as forças da madrasta Natureza.
Afirma Nietzsche, incorrigível racionalista,  que somente o homem pode fazer versos ao sol e não ao sol ao homem. Seria um reconhecimento de amor?
Tenham ótima semana.
J. R. M. Garcia.