sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

= C A R N A V A L =



Marchas, marchinhas, frevos, sambas, passos elaborados. 
A maioria delas muito antigas, mas todas imortais. Milhares são os que as ouviram e já morreram. Sambaram sobre seu som e, agora, já não as ouvem.
Mas nós as ouvimos e ficamos felizes. Alguns por saudades, mas muitos e muitos para colocarem seus corpos em movimento.
Todos para os salões, para a rua, para as praias deste imenso litoral. Vôos, viagens de última hora, desejos, vontades de amar, de sermos amados.
Compromissos ?
Ahhhhhhhhhhhhh !!!!!!!!!!!!!!
Nada não.
Compromissos, se tivermos, é com a folia.
Esqueçamos de tudo.
Agora é somente sorrisos, desejos, amor, alegria, festa. Depois pensaremos.
Assim somos nós.
Temos um compromisso com a alegria; mesmo que ela seja triste, ainda assim temos.
Meu irmãos:
Tenham um lindo, maravilhoso, incomparável Carnaval.
Até depois, pois agora também eu, vestindo a fantasia, vou-me.
Beijos.

José Roberto.  

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

FATO VERÍDICO

Imagine o susto.
Em 1943, em Paíicutin, no México, um camponês, por volta das dez horas da manhã de uma terça feira, estava cuidando dos tratos de seu sítio. Sem aparente motivo percebeu que uma determinada área de seu quintal estava mais quente. Melhor dizendo: fumegando.
 Preocupado e curioso, foi até seu vizinho e chamou-o. Ambos correram até o local.
Agora a terra não somente estava quente, mas tremia também. Sobre o local as plantações vibravam.
Em menos de uma semana ele já não era proprietário do sítio, mas sim de um vulcão com mais de 152 metros de altura expelindo lava.
Dentro de mais dois anos, no local onde antes fora um sítio era, agora, um vulcão com mais de 430 metros de altura e mais de 800 metros de diâmetro.
Novidade?
Não.
No planeta há mais de 10.000 vulcões que assim surgem sem muita explicação e, depois de algum tempo, desaparecem como surgiram.
Bom fim de semana.
Abraços.
J. R. M. Garcia


  

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

INIMAGINÁÁÁÁÁÁVELLLLLLLL !!!!!.....


Os prótons são tão pequenos que um tiquinho de tinta, como um pingo neste i, pode conter algo em torno de 500 bilhões deles.
Agora, imaginemos que você queira criar um universo. Terá que reunir tudo que existe no universo conhecido e comprimir tudo em um ponto infinitesimalmente compacto, que não terá dimensão alguma. Em seguida naturalmente explodir isso. E assim, do nada, nosso universo começou.
Inicialmente o calor para gerar esta explosão é de 10 bilhões de graus.
E a velocidade desta explosão é tão imensa que...Veja por você mesmo: Em menos de 1 minuto após a explosão este universo já possui 1,6 milhão de bilhões de quilômetros de diâmetro.
E, quando aconteceu isso?
Muito tempo. Muito tempo mesmo.
Aconteceu ha mais ou menos 14 bilhões de anos.
O ruído de fundo desta explosão do universo ainda é hoje ouvido ecoando, via de aparelhos próprios de microondas. 
Os limites deste nosso universo é de 145 bilhões de trilhões de quilômetros.
Querem mais?
98% de toda matéria existente no universo foi produzida em 3 minutos apenas.
E eu preocupado aqui com um pernilongo que não me deixa dormi.
Tenham ótima semana.

J. R. M. Garcia. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

= O MUNDO RI DE NÓS =


O mundo está gargalhando às nossas custas.
Donadon foi absolvido em agosto e, agora, condenado.
Diferença?
Voto aberto e secreto.
       Em agosto do ano passado, com votação secreta, 280 deputados federais ajudaram Donadon ser um deputado presidiário desde junho até hoje.
      Ontem, com votação aberta, 467 deputados foram a favor da perda de mandato de Donadon.
      Ora, se em agosto do ano findo, 280 deputados em voto secreto, contribuíram para que este presidiário continuasse deputado até a data de ontem, por quê agora 280 deputados, com voto aberto, resolveram cassar o dito cujo?
      Alguém explicaria esta mudança no comportamento ético de nossa representação federal em tão pouco tempo?
  É, no mínimo, extremamente bizarro este procedimento.
      Por quê isso?
      !!!
      Esta votação está registrada nas atas do Congresso, para que a História futura deste colegiado federal saiba que, nesta data do ano e neste século, os deputados desta triste nação votaram assim e assim, lá constando as ausências e presenças com o nome de todos eles.
      Triste isso, não é?
      Amanhã já é sexta-feira.
      Tenham um fim de semana abençoado.

      J. R. M. Garcia. 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

= COM MUITA FRANQUEZA =


Eu sei, você sabe, nós todos sabemos.
O problema do Brasil é, antes de tudo, cultural.
De nada adianta uma pessoa intelectualizada, de modos supostamente nobres, cheia de trejeitos no trato com seus semelhantes, atenta aos processos da etiqueta, de fala aveludada, perfumada mas que, na verdade, é moralmente um bruto em seus gostos, suas escolhas, seus apetites, suas opções. E isso tanto mais é, quanto mais este indivíduo se faça para mimetizar sua suposta conduta anímica.
E, quando falo de cultura, não quero dizer nada sobre educação ou comportamento cívico não. Quero dizer muito mais. Estou falando daquele berço que vem da alma do ser. É aquela espécie de pessoa que não sente sequer vontade de delinqüir, seja no que for. Não é que a pessoa renuncie ou reprima o mal feito. Não. Ele realmente não deseja e não quer o mal feito, seja no que for.
Afinal, o que é cultura?
É a somatória de nossos hábitos, costumes, crenças, símbolos, valores, religião, lendas, mitos, enfim todos os padrões de comportamento e atitudes que delineiam nosso modo de ser.
Deste modo, para que se defina o padrão cultural nacional, é extremamente difícil senão impossível.
Em sendo assim, como não possuímos qualquer traço cultural conhecido, toda eleição republicana é uma demonstração realista do que somos. Se elegemos os piores, é porque eles nos agradam de alguma forma. Os eleitos são nossos semelhantes. Senão iguais, são aqueles que se parecem conosco.  
Somente o tempo e muito tempo, será possível uma definição de nosso trato cultural e, conseqüentemente, da mudança na administração do Brasil.
Abraço a todos.
J. R. M. Garcia.    


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

= QUE CALORÃÃÃOOOO !!!!! =


Pontifica Machado de Assis, que “há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor ! Que desenfreado calor !”
E acrescenta mais: “Que ao dizer isso agita-se as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca”.
Neste dia, 1º de Novembro de 1877, o renomado escritor pátrio redigia a crônica e estava “bufando como um touro”, sufocado pelo calor de sabe-se lá quantos graus.
O detalhe notável aqui, é que há mais de dois séculos, o insuspeito escritor nomina como “trivialidade” o esmagador calorão do Rio de Janeiro.
Mais de duzentos anos se passaram e nada aconteceu de insuportável com o planeta.
Não imagino que Machado de Assis tratasse como mera vulgaridade o mormaço  quase insuportável do Rio, quando ele mesmo “sacudia a sobrecasaca”.
E diz mais: “Que calor ! Que sol ! É de rachar passarinho ! É de fazer uma criatura doida !”
Por quê agora colocamo-nos em desespero, quando a marca do termômetro vai além de alguns graus?
      E assim, em desespero, falamos no fim do mundo, em redução da calota polar, em aumento das águas do oceano invadindo a terra e vislumbramos todo um cenário apocalíptico.
      O fenômeno midiático cria sim um clima além da marca sensacionalista do barômetro e de outras medidas.
  Mas na dúvida, amigo leitor, liguemos o ar condicionado, pois é o que recomenda a TV.
      Abraços minhas queridas e queridos.
      J. R. M. Garcia.
        
        

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

= A VIDA É ASSIM =


Nascemos sem sequer conhecermos nossos sentidos. E, mesmo assim, somos jogados neste mundo inóspito, separados do aconchego materno, completamente ignorantes do meio que nos é hostil, com a exigência de respirar instantaneamente. Estamos sós, com fome, com frio, com dores que não conhecemos. Estamos em um mundo completamente estranho, bruto e a rejeitar-nos. Desesperadamente temos que, imediatamente, buscar rápidos meios de adaptação.
Precisamos conhecer nossos próprios sentidos imediatamente.
Somos apenas instintos.
Enfim, um choque de todo em todo estúpido e cruel.
Daí começa assim. Já na brabeza temos consciência do quê está fora de nós.
Eu sou eu e o mundo que me cerca outro. Somos dois.
Algo está em mim, habita-me. E eu, habitando-me, habito o mundo.
Mas, afinal, o quê somos?
Muitas são nossas vidas. Elas se somam em infinitas outras. Os paralelos da existência transcendem tudo o que podemos imaginar. Consciências revezam-se em nós muito mais do que nuvens sobre nossas cabeças.
Dentro deste universo de existências, evitar a loucura, seja de que forma for, é uma das metas do ser humano. Outra é viver dentro desta loucura, resistindo aos avanços da diluição de nós mesmos.  
Possivelmente a eternidade permeie nossa vida a cada instante ou, talvez, ao contrário, nem sequer existamos. Talvez meras imagens na mente de Deus.
É grande a confusão das consciências do ser.
Depois, Amiga(o), a gente aprofunda o raciocínio. Para um Blog, por hoje, chega.
Tenham uma semana abençoada.
J. R. M. Garcia.  

  


sábado, 1 de fevereiro de 2014

= UM VELHO, O CÃO E A ONÇA =


Perto da sede, em um córrego que passava ali no fundo, haviam alguns homens roçando um pasto.
Quando o dono da fazenda chegou nesta manhã, foi informado de que estes dois roçadores de pastos estavam trabalhando mais para cima, na nascente deste córrego.
Passado alguns minutos, aproximando pela estrada, surgem com as foices às costa os dois peões que teriam de estar roçando o pasto na cabeceira do dito córrego.
O patrão os viu, aguardou que chegassem e logo interpelou:
--Por quê não estão na roçada?
      Resposta pronta de um mais expedito.
--Vô lá não patrão...Lá tem onça...Vi ela rosnar no eito petico d’gente. Lá só de espingarda.
      O dono tinha temperamento forte e respondeu.
--Com preguiça até onça a gente vê. Oncinha como esta eu mato a foice.
      E de imediato, nervoso, pegou uma foice de cabo curto, que estava com um dos homens e, a passos largos, rumou para o local. Um cachorro policial acompanhou.
      E foi.
      Brincando com o cachorro:
--Vamos lá Leão...Vamos demonstrar as estes homenzinhos que eles são preguiçosos, medrosos...
      E foi.
     Mais meia hora e o cão começou a latir raivosamente e foi aquela correria. A onça, o cão e o homem atrás com a foice. Uma fila ensandecida que corria em direção ao mato fechado. Dez, quinze minutos se tanto e os latidos do cão eram continuados, como se tivesse encantoado a onça.
O homem, já com seus 60 anos, atravessou uma grota funda e, ao subir do outro lado topa, cara a cara, com a onça. Titubeia um segundo. Já o cão estava acossando-a, firme em sua posição. O cão sangrava muito, pois em um tapa ela arrancara-lhe a orelha. O velho cobre-se de fúria. E ela então pôs-se a sofrer o ataque do cão ferido e do velho a sua frente, com a foice de cabo curto. Errou a primeiro golpe de foice e o cão ganiu ferido com outra patada. A onça voltou-se na direção do velho e ele afastou dois passos. Novamente o cão, já ferido, ataca novamente e eis que, tendo a onça momentaneamente distraído, o velho acertou-lhe um golpe. Um único golpe, mas mortal, porquanto no pescoço.
O velho caiu sentado e o cão, deitado sobre as patas da frente gania, chorava, uivava. Não se sabe se de alegria, tristeza ou descarga de pura adrenalina.
O homem, agora exausto, voltou devagar, cansado, com passadas lentas para a fazenda, comunicando aos peões que fossem buscar o cão, que não deixara a presa sem vigília e a onça morta.
Hoje o córrego chama Ribeirão da Onça.
Este fato foi muito comentado na cidade próxima e dele fizeram crônicas.  
Sei bem desta história, porque o velho era meu pai.
Um ótimo fim de semana a todas(os).

J. R. M. Garcia.