Nascemos sem sequer
conhecermos nossos sentidos. E, mesmo assim, somos jogados neste mundo inóspito,
separados do aconchego materno, completamente ignorantes do meio que nos é
hostil, com a exigência de respirar instantaneamente. Estamos sós, com fome,
com frio, com dores que não conhecemos. Estamos em um mundo completamente
estranho, bruto e a rejeitar-nos. Desesperadamente temos que, imediatamente, buscar
rápidos meios de adaptação.
Precisamos conhecer nossos
próprios sentidos imediatamente.
Somos apenas instintos.
Enfim, um choque de todo
em todo estúpido e cruel.
Daí começa assim. Já na
brabeza temos consciência do quê está fora de nós.
Eu sou eu e o mundo que
me cerca outro. Somos dois.
Algo está em mim,
habita-me. E eu, habitando-me, habito o mundo.
Mas, afinal, o quê somos?
Muitas são nossas vidas.
Elas se somam em infinitas outras. Os paralelos da existência transcendem tudo
o que podemos imaginar. Consciências revezam-se em nós muito mais do que nuvens
sobre nossas cabeças.
Dentro deste universo de
existências, evitar a loucura, seja de que forma for, é uma das metas do ser
humano. Outra é viver dentro desta loucura, resistindo aos avanços da diluição
de nós mesmos.
Possivelmente a
eternidade permeie nossa vida a cada instante ou, talvez, ao contrário, nem
sequer existamos. Talvez meras imagens na mente de Deus.
É grande a confusão das
consciências do ser.
Depois, Amiga(o), a gente
aprofunda o raciocínio. Para um Blog, por hoje, chega.
Tenham uma semana
abençoada.
J. R. M. Garcia.