ESTE FUMOU MACONHA
Contra vontade alguém se torna viciado?
Você, por exemplo, viciaria no tabagismo
sem razões que o levassem a isso?
Simples assim?
Se deste modo não é, necessário raciocinar quais os motivos que levaram
a pessoa a ter esta vontade de viciar-se.
Qual
esta motivação?
Serão muitas obviamente.
Mas principalmente a ansiedade, a
angustia e o desespero.
Vejamos.
“Os transtornos de ansiedade são doenças
relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida. A pessoa pode
se sentir ansiosa a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente ou pode ter
ansiedade apenas às vezes, mas tão intensamente que se sentirá imobilizada. A
sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as
pessoas deixam de fazer coisas simples (como usar o elevador) por causa do
desconforto que sentem.”
Logo o viciado, antes de sê-lo, já é um
doente. É necessário curar antes sua doença psíquica para depois cuidar-lhe o
vício, pois este é necessário a sua vida.
Nossa época é determinante em gerar, primordialmente,
a ansiedade. A imprevisibilidade, a
rapidez da mutação e a solidão é uma constante. Isso transtorna muitos.
Esta circunstância, invariavelmente,
cria em nós uma quase permanente ansiedade. Essa permanência de constante
ansiedade se converte em uma epidemia mundial. Não diagnosticada formalmente,
mas real.
E daí, passar
rapidamente à ansiedade e à angústia, é um pulinho.
Novamente
-perdoem-me- um toque científico.
“Chamamos de angústia a forte
sensação psicológica, caracterizada por bafamento, insegurança, falta
de humor, ressentimento e dor. Na moderna psiquiatria é considerada uma doença que pode produzir problemas psicossomáticos”
FOLHA DE MACONHA
Ora,
imaginemos um jovem nesta circunstância, espremido entre a pobreza e a
desesperança, profundamente ansioso e angustiado, sem assistência médica própria.
De que forma você reagiria?
Obviamente este jovem procura o quê lhe alivia estes sintomas da doença
adquirida e, daí, sem assistência médica, vai à maconha na esquina próxima para
as mãos de traficantes. Surge, então, uma oferta de vícios piores que a
maconha.
Portanto, exceto grande força de caráter,
são estes os caminhos.
Assim, sem combater os sintomas da ansiedade e da angústia, a legalização
da maconha é uma necessidade momentânea e, junto a isso, a pena de morte para os traficantes de toda ordem. Sem esta penalização é a esbórnia.
Quiçá
passageira esta resolução, mas, por ora, necessária.
Tenham
uma semana de paz, sem ansiedade e angústia, sem solidão, sob as bênçãos de
Deus.
Abraços.
J. R. M. Garcia.
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