Há
menos de um ano este país parou. As praças, ruas, avenidas ficaram lotadas pela
população. Tudo foi tão rápido que ninguém entendeu. Não houve articulação
prévia. Não existiu mobilização de mídia, nem propaganda, nem uma determinação
sequer para designação de horário, dia, local. Simplesmente tudo aconteceu. Em
pequenas e grandes cidades o empenho nesta manifestação de protesto surgiu espontaneamente.
De lá para cá, os poderes encastelados no congresso e no
executivo, nada mudaram. Excetuando a infatigável Polícia Federal e o empenho
de Joaquim Barbosa no exercício do cumprimento à Lei, tudo continuou na mesma.
E agora estamos colhendo o resultado desta insatisfação e
ausência das autoridades constituídas.
Assim, sem que também possamos explicar, o país está em greve
geral. Em todas as classes profissionais. De ponta a ponta, o país está
insatisfeito com paralisações e invasões de propriedades sem respeito algum.
Como o aumento de renda nunca existiu, tanto os excluídos do
crédito, quanto os que dele usaram no pouco ou no muito, estão desesperados.
O quê a autoridade omissa, dormente, abúlica espera para apontar
alguma solução para isso?
Será que aguarda uma revolução para acordá-los, ou que
aconteça uma tragédia de proporções nacionais?
O próximo passo seria esse?
Apavorante procedimento.
Tenham, contudo, um excelente fim de semana.
Abraços.
J. R. M. Garcia.