Será que isso interessa a alguém.
Adoro fumar.
Mas não tenho
preconceito algum contra não fumantes.
Fumo
desde os 13 anos. Talvez menos.
Quando
vislumbrei a adolescência, por razões que não entendo, comecei a fumar. Talvez
medo de estar deixando a infância e, acovardado por entrar na adolescência,
comecei a usar esta bengala. Detestei no
começo, mas venerei logo em seguida. O amigo que comigo começou a fumar, deixou
o vício e morreu.
Para
combater esta corrupção deliciosa, freqüentei três vezes por semana, por dois
anos, a preço alto, um psiquiatra que em nada auxiliou-me. Ele, eu acho, era meio burrinho e com pequena
erudição.
Mais.
Em
desespero para parar de fumar, já queimei as palmas das mãos, os braços, comi
vários cigarros.
Tive
dois infartos. No primeiro tive uma artéria do coração permanentemente
inutilizada. No segundo fui em coma.
No
internato, por quatro anos perseguiam este deliciosa perdição. Era uma
perseguição marcada, como se fosse a Inquisição. Mas sempre burlei a vigilância
satânica dos santos padres e fugia à esse acossamento.
Já
bebi chás, experimentei estes cigarros sem fumaça dos americanos, patuás.
Meu
último gesto antes de dormir é dar uma traga e o primeiro, antes do café, outro
cigarro.
Nada.
Já
vivi sete décadas e alguns anos, e, não deixei de fumar.
Agora
estão perseguindo, tal qual na velha Inquisição, os fumantes em geral, mal
sabendo que Papa Francisco fuma charuto, às vezes, lá em Santa Marta. Essa uma das razões de ele não morar em seus
aposento em território do Vaticano.
Hoje
fumo cachimbo e detesto cigarro. Variantes do mesmo vício.
Tenham
uma excelente semana.
Abraços.
J.
R. M. Garcia.