segunda-feira, 16 de junho de 2014

- GOSTO MUITO DE FUMAR -



        Será que isso interessa a alguém.
        Adoro fumar.
        Mas não tenho preconceito algum contra não fumantes.   
Fumo desde os 13 anos. Talvez menos.
Quando vislumbrei a adolescência, por razões que não entendo, comecei a fumar. Talvez medo de estar deixando a infância e, acovardado por entrar na adolescência, comecei a usar esta bengala.  Detestei no começo, mas venerei logo em seguida. O amigo que comigo começou a fumar, deixou o vício e morreu.
Para combater esta corrupção deliciosa, freqüentei três vezes por semana, por dois anos, a preço alto, um psiquiatra que em nada auxiliou-me.  Ele, eu acho, era meio burrinho e com pequena erudição.
Mais.
Em desespero para parar de fumar, já queimei as palmas das mãos, os braços, comi vários cigarros.
Tive dois infartos. No primeiro tive uma artéria do coração permanentemente inutilizada. No segundo fui em coma.
No internato, por quatro anos perseguiam este deliciosa perdição. Era uma perseguição marcada, como se fosse a Inquisição. Mas sempre burlei a vigilância satânica dos santos padres e fugia à esse acossamento.
Já bebi chás, experimentei estes cigarros sem fumaça dos americanos, patuás.
Meu último gesto antes de dormir é dar uma traga e o primeiro, antes do café, outro cigarro. 
Nada.
Já vivi sete décadas e alguns anos, e, não deixei de fumar.
Agora estão perseguindo, tal qual na velha Inquisição, os fumantes em geral, mal sabendo que Papa Francisco fuma charuto, às vezes, lá em Santa Marta.  Essa uma das razões de ele não morar em seus aposento em território do Vaticano.
Hoje fumo cachimbo e detesto cigarro. Variantes do mesmo vício.
Tenham uma excelente semana.
Abraços.
J. R. M. Garcia.