segunda-feira, 14 de julho de 2014

INCONSCIENTE COLETIVO & INCONSCIENTE INDIVIDUAL




     É com grande receio que aqui coloco esta matéria. Não pretendo polemizar.
       Respondendo a perguntas.
  Quem assinalou o “inconsciente individual” (não se confunda aqui com o inconsciente coletivo) foi Jung e Freud, em pesquisas com experiências em sanatórios e seus pacientes.
    Quem identificou o “inconsciente coletivo” foi Jung, via estudo dos arquétipos, visões individuais, sonhos, símbolos, mandalas ((मण्डल = palavra sânscrita).
     De que maneira procedeu Jung para obter a certeza de que o inconsciente coletivo não se confundia com o inconsciente individual?
       É simples e não o é, como toda descoberta científica.
   Jung viu, na observação de seus estudos, que uma corrente comum de aspirações, simbologia, desenhos, visões, sonhos, monumentos eram comuns a toda espécie humana, em todos os tempos, em todas as raças. Com poucas variações, todas se assemelhavam. Ex: culto aos mortos, desejos ancestrais, manifestação desvinculada da vivência presente em busca de representações do passado em pinturas, esculturas, monumentos etc. Ao não conseguir elucidar como estas formas, sensações, desejos surgiam sem explicação na mente de pessoas completamente distantes de suas vivências individuais e de todo delas desvinculados, ele opinou que elas surgissem de algum local recôndito, desconhecido,da alma humana naquele indivíduo. E, assim, somente poderia surgir além da experiência, da vivência no ser analisado. A isso ele explicou e aceitou como “inconsciente coletivo”, ou digamos primariamente, “inconsciente da espécie humana”, como um “ente existente”, independentemente da própria pessoa. Onde se situa este assim nominado “ente”?. Ninguém o sabe. 


“O inconsciente é um perigo quando não se está em harmonia com ele”.
       Esta é uma advertência muito séria em se tratando de Jung.
       Em 1918, Jung escreveu um ensaio intitulado “Sobre o inconsciente”, no qual observava que todos nós estamos entre dois mundos: o mundo da percepção externa e o mundo da percepção do inconsciente.
    Se estes dois mundos não estão em harmonia, o ser humano sofre e é perigoso.
       Destes perigos não sei.
   Advirto: há correntes intelectuais que pensam diversamente.
       Para um Blog, esta matéria já está muito extensa.
       Tenham uma ótima semana.  
       J.R.M.Garcia.