domingo, 6 de julho de 2014

= POR FAVOR =



Analisem comigo estes fatos.
Sou um velho. Tenho mais de setenta anos.
Já fui assaltado em São Paulo; fui atirado em um local ermo, em uma estrada entre Sacramento e Uberaba à noite, quando tentaram roubar-me uma caminhonete D-20 nova; fui furtado em vinte e um mil reais com saques repetidos em meu cartão de crédito, sem qualquer reembolso; fui assaltado o mês passado em Belém e semana finda, um ônibus foi parado na estrada por um carro, à noite, quando recolheram nossas “contribuições” aos marginais.
Ora. Se sou um velho, e tenho dificuldade para correr, o quê posso fazer frente a estas circunstâncias?
Não sou um Hulk e nem Neymar. De atletismo somente vejo na televisão.
O Estado, que deveria assegurar-me proteção, está sempre ausente.
Não tenho antecedentes criminais. Não sou um Zé Dirceu, um Genoino, cujas passagens pelo crime são verdadeiras “capivaras”.
Supostamente, nesta vida que vai se alongando, não tenho sequer qualquer lembrança de qualquer ato violento, seja a que título for. Sou de paz.
Aí pergunto: QUE RAIO DE IMPLICÂNCIA É ESTA COM ESTA LEI ABSURDA, A QUAL NÃO ME DÁ O DIREITO DE PORTAR UMA MODESTA ARMA?
Deus sempre me ajudou e escapei até aqui, mas também preciso ajudar Deus até onde consigo.
Sou advogado e, assim, sou obrigado a postular ações, com as quais muitas vezes não agradam a todos.
Logo e assim, vou ingressar com uma ação judicial pedindo ao Meritíssimo que, analisando meu caso, autorize-me a usar uma arma. Ele talvez me remeta a outra instância, sugerindo um Mandado de Injunção ou Ação Direta de Inconstitucionalidade e isso farei.
Darei ciência a vocês, linha por linha, destas medidas judiciais.
Tenham uma semana abençoada sem riscos de assaltos.
Abraços.
J. R. M. Garcia.