CULPA
Talvez seja este um de nossos
problemas mais comuns, impeditivos de nossa felicidade pessoal.
E
até onde eu saiba, ninguém sai por aí confessando suas culpas ou dando
depoimentos sobre elas. Escondemos nossos erros, nossos equívocos debaixo de
sete chaves e vamos assim, até levá-los para baixo de sete palmos.
Falo
da culpa consciente. Daquela que sabemos como erramos, porquê erramos e onde
erramos.
E
as culpas inconscientes?
Estas
são verdadeiras doenças, que nos levam a moléstias físicas muitas vezes
trágicas.
Lidar
e distinguir umas de outras, é tarefa gigantesca.
Vivemos
em uma penumbra de inconsciência, permeada com um simples velcro a separar-nos
da consciência. Daí, como não sabemos o quê nos causa mal estar, ficamos
imersos nesta massa disforme e indefinida. Desconfiamos, mas não temos certeza.
A
culpa inconsciente é aquela que incomoda-nos de uma forma bem diferente da
consciente. Não sabemos o porquê sentimos-nos mal em ambientes que, muitas
vezes, deveria dar-nos alegria. Irritamo-nos com algo que seria impossível racionalmente irritarmo-nos. Transferimos raiva para outros, sem que saibamos
de onde vem a raiva e porque estamos a lançar esta culpa sobre outrem.
Penso
que tanto na culpa consciente como na inconsciente, o quê devemos acautelar-nos,
é em procurar saber as razões de nosso comportamento dentro de determinada
conjuntura e refletir, meditar, voltar para dentro de nós mesmos e tentar
explicar nossa reação frente as ocorrências e aos fatos. Verificar a razão de ser de nossas atitudes, a frequência
delas, a vulnerabilidade a que nos vemos expostos.
Para
um simples Blog não devo e não posso ir além.
Abraços.
J.
R. M. Garcia.