Fico em dúvida se devo ou não abordar aqui, em um
simples Blog, o significado destas idéias. São tão complexos seus sentidos, que
me cobre de receios a análise simplista do significado destes eventos.
Mas sei-os muito importantes para a compreensão dos
fatos no viver cotidiano de cada um. Por isso vou adiante.
Sincronicidade e premunição são muito semelhantes.
São próximas as traduções de seus significados. Mas muito distante a
interpretação da essência de ambas.
Definindo.
Sincronicidade, palavra criada pelo célebre Carl Gustav Jung, visando definir
uma “coincidência significativa”, imanente do “inconsciente coletivo”, no que
aderiu o eminente físico Wolfgang Pauli. A observação destes fenômenos na vida
das pessoas, determina um eventual provável evento futuro inevitável.
Premunição, termo de conotação eminentemente mística,
onde as pessoas “inspiradas” por circunstâncias anímicas e forças espirituais
conseguem “sentir” e, assim, prever eventos futuros.
Empirismo, observação
prática dos fatos, concluindo circunstâncias objetivas.
Nada mais
grosseiro do que o exemplo para avivar o sentido dos fatos. Mas aqui vou
usá-lo, para fazer mais claro o conceito.
Digamos que um
físico, um crente e um junguiano estejam na praia olhando o mar. Todos atentos.
O primeiro, o
homem racional, empírico, sente a temperatura do ar esfriando, uma leve brisa
aumentando em volume e força, os pássaros saindo do mar e aninhando-se nas
árvores, os peixes pouco a vontde na superfície, uma leve pressão atmosférica.
Vai, olha o barômetro e conclui: virá
uma tempestade.
O segundo, o
místico, sem nada disso observar sente um mal estar interior, uma espécie de
tristeza repentina, a vista turva. Um calafrio lhe percorre o corpo. Logo deixa
a praia e recolhe-se sem nada saber.
O terceiro, o
junguiano, vem observando fatos faz tempo. Um carro deslisara para o mar um dia
antes. Um barco pequeno, nesta manhã, chocara em um pequeno recife. No cinema
do bairro um filme do Titanic é apresentado. Um pássaro muito longe dali, das
pradarias, entra-lhe pela janela do apartamento. Pronto. Em um “insigth”
instantâneo ele vê tudo. Sem uma completa visão
dos fatos, sabe que algo muito diferente ocorrerá no local.
Esta a diferença.
O empírico analisa fatos, anota elementos, determina um padrão. O místico
“sente” através de meios e processos indeterminados. O junguiano coleta fatos,
faz analogias e conclui vagamente, mas com real certeza.
Estariam certos
todos os três. Imagino que sim.
A conferir.
Tenham um final de
semana maravilhoso.
J. R. M.
Garcia.