quarta-feira, 9 de julho de 2014

= SINCRONICIDADE - PREMUNIÇÃO = RAZÃO PURA


Fico em dúvida se devo ou não abordar aqui, em um simples Blog, o significado destas idéias. São tão complexos seus sentidos, que me cobre de receios a análise simplista do significado destes eventos.
Mas sei-os muito importantes para a compreensão dos fatos no viver cotidiano de cada um. Por isso vou adiante.
Sincronicidade e premunição são muito semelhantes. São próximas as traduções de seus significados. Mas muito distante a interpretação da essência de ambas.
Definindo.
Sincronicidade, palavra criada pelo célebre Carl Gustav Jung, visando definir uma “coincidência significativa”, imanente do “inconsciente coletivo”, no que aderiu o eminente físico Wolfgang Pauli. A observação destes fenômenos na vida das pessoas, determina um eventual provável evento futuro inevitável.

Premunição,  termo de conotação eminentemente mística, onde as pessoas “inspiradas” por circunstâncias anímicas e forças espirituais conseguem “sentir” e, assim, prever eventos futuros.



Empirismo, observação prática dos fatos, concluindo circunstâncias objetivas.
Nada mais grosseiro do que o exemplo para avivar o sentido dos fatos. Mas aqui vou usá-lo, para fazer mais claro o conceito.
Digamos que um físico, um crente e um junguiano estejam na praia olhando o mar. Todos atentos.
O primeiro, o homem racional, empírico, sente a temperatura do ar esfriando, uma leve brisa aumentando em volume e força, os pássaros saindo do mar e aninhando-se nas árvores, os peixes pouco a vontde na superfície, uma leve pressão atmosférica. Vai,  olha o barômetro e conclui: virá uma tempestade.
O segundo, o místico, sem nada disso observar sente um mal estar interior, uma espécie de tristeza repentina, a vista turva. Um calafrio lhe percorre o corpo. Logo deixa a praia e recolhe-se sem nada saber.
O terceiro, o junguiano, vem observando fatos faz tempo. Um carro deslisara para o mar um dia antes. Um barco pequeno, nesta manhã, chocara em um pequeno recife. No cinema do bairro um filme do Titanic é apresentado. Um pássaro muito longe dali, das pradarias, entra-lhe pela janela do apartamento. Pronto. Em um “insigth” instantâneo ele vê tudo. Sem uma completa visão dos fatos, sabe que algo muito diferente ocorrerá no local.  
Esta a diferença. O empírico analisa fatos, anota elementos, determina um padrão. O místico “sente” através de meios e processos indeterminados. O junguiano coleta fatos, faz analogias e conclui vagamente, mas com real certeza.
Estariam certos todos os três. Imagino que sim.
A conferir.
Tenham um final de semana maravilhoso.
J. R. M. Garcia.