segunda-feira, 25 de agosto de 2014

= COMPREENDO O DATENA =


        E vou dizer por quê.
     Quando eu estava em Ribeirão Preto e lá exercia as funções da Superintendência do transporte local, existia um programa de rádio local ouvido pela cidade toda. O nome era “LARGA BRASA”. Era um programa matinal, feito do diálogo entre dois jornalistas, Toni e Morandini. Um faleceu, o outro ainda continua no rádio.
      Levantando cedo  -o que na época era comum-  ia descendo pela avenida que margeia o córrego, a Francisco Junqueira, quando liguei o rádio do carro e fui logo ouvindo Toni falar.
     O que ele dizia de um cidadão era mais para baixaria, do que para uma pessoa decente.
      --“Marginal...Uma pessoa sem trato com a imprensa...Um cretino...Merecia ser morto e dependurado nos fios de troleibus da sua própria administração...”
      Quando ouvi isso apurei os ouvidos.
    Pensei: “Será de quem este sujeito está falando? Surpreso ainda pela quantidade de ofensas.”
      Ele continuou e aos gritos disse:
      --“Esse Garcia deveria sair corrido desta cidade com as calças na mão...
  Não ouvi mais nada. Era eu o objeto de suas ofensas infundadas e criminosas.  Fiquei cego. Correndo fui furando sinais, desviando de veículos e entrei no pátio da rádio arrebentando as correntes do estacionamento. Aos pulos subi as escadas que dava ao estúdio de gravação e, com um pontapé, abri a porta e avancei na garganta do tal Toni, xingando de tudo.  
      A rádio saiu do ar. Para lá dirigiram-se meus companheiros e tudo acabou em polícia e ocorrência com BO.
     O fenômeno que se passou com Datena, por motivos outros, deve ter sido este que se deu comigo. Ele, à época, era jornalista em Ribeirão e deve ainda lembrar-se deste incidente.
      A violenta emoção cega, apesar de alguns juristas dizerem ao contrário.
       Tudo certo Datena!
       Abraços, amigão.
       Obrigado a vocês que me leem.
       Tenham uma ótima semana.
       J. R. M. Garcia.