“Você tem de esperar mais...” ”Para esta
semana não dá. Começo do mês que vem...” “Está errado. A ficha não é esta...”
“Deu zebra, meu amigo...” ”Fique frio, a gente vai dar jeito...” “Volto já...”
“Xiiiiiiii...deu problema...” “Pode esperar um pouquinho?” “Volte no fim da semana...” “Hoje é sexta...”
“Pegue a senha...” “Passe amanhã...” “Deu zebra...” “Deu B.O.....” “A fila é
outra, meu amigo...” “Tem de preencher outro formulário...” ”Seu CIC está
errado...” ”A assinatura não confere...”
São
respostas comuns que os funcionários dão a todos nós. E, quando necessitar de
qualquer intervenção estatal, seja de que instituição for, a coisa piora muito,
mas demais mesmo. Aliás, piora não. A “coisa” de fato não resolve de modo algum.
Quando
você acha que tudo vai bem, “dá um BO”. Daí, para desmanchar este qüiproquó, é
preciso mais que despachante, que vereador e nem advogado dá conta. Se colocar
deputado então, a coisa não acaba nunca.
Somos
um país muito perigoso.
Nossa
Monarquia, completamente maluca, surge da fuga de um Rei de Portugal, corrido
de medo de Napoleão Bonaparte, que aporta aqui com toda burocracia e a família
real junto. Uma anarquia jamais vista na História mundial. Um Rei foge e faz da
colônia paupérrima a sede de seu Império. Coisa de louco! E, depois, seu filho,
promove também a independência da colônia com uma “nobreza” tão ridícula como
ele próprio. Aja vista os títulos nobiliarquicos saído de nossa triste história.
Este é o começo da vassalaGem que até
hoje impera no meio de nosso povo. É o “Excelentíssimo Senhor que roga mercê” a
este e a quele, deste que traje uma toga qualquer.
Ridículo mas perigoso, porque ao não
fazer uma mesura desta ou errar os termos, o suplicante (Casa da Suplicação,
como era chamada antes da “República Velha”) a pessoa está perdida.
É uma vassalagem que nós mesmo não
percebemos.
Mas na verdade adoramos o “beija
mão”.
Somos pois um povo do “deixa disso”,
“isso é assim mesmo”.
Paciência!
Brigar nunca. Tolerar sempre.
Seria este o lema verdadeiro de nossa bandeira, porque
aqui não há Ordem alguma e muito menos Progresso.
Até mais.
Abraços.