segunda-feira, 8 de setembro de 2014

= O IMPACTANTE IDI AMIM =



Para os que não o conheceram e os que já o esqueceram, Idi Amim Dada foi uma pessoa bizarramente assustadora. Um ugandês com mais de 1,90 mts. Extremamente forte. Foi engraxate na Inglaterra, depois cozinheiro na França, motorista de táxi e, por fim, segurança. Amin se juntou ao King's African Rifles, um regimento colonial britânico, chegou a patente de General Comandante no exército ugandense. Liderou um golpe militar, fez-se chefe de estado, se auto-promoveu a Marechal de Campo e governou sem constituição.
Se exótica foi sua vida, muito mais estranha eram as facetas de seus caráter. Bi-polar inteligente. Passava das gargalhadas à fúria insana e violenta contra seus camaradas. Cometeu assassinatos generalizadamente, destruindo tribos inteiras. Era, no entanto, simpático e de bom humor, marcando sua passagem pela imprensa internacional entre suas atrocidades, o fato de ter oferecido um caxo de bananas a Rainha Elizabeth, quando a Coroa Inglesa teve alguns percalços financeiros.
Adotou o título "Sua Excelência Presidente Vitalício, Marechal de Campo Alhaji Dr. Idi Amin Dada.
Foi tema de filmes. Nomeou um jovem médico inglês como Ministro da Saúde. O adolescente ministro, feliz da vida, julgando-se no início de uma promissora carreira vem a saber, dois dias depois, que o ex-ministro tinha sido fuzilado a mando do Marechal. Procurando-o, este explicou-lhe o método usado pelos que fracassavam nas tarefas. Abismado, semi-enlouquecido, o recém nomeado medico foge a noite de Uganda, atravessando a pé a fronteira da Tânzania, quase sendo morto pelos que ainda o julgavam ministro. Protegido pela namorada que abandonara ao se ver nomeado ministro,  todo ferido, surrado e desmoralizado chegou até a capital Dodama. Não é comédia, se não fosse uma quase tragédia.
Mas, enfim, a “coroação” da  vida pública de Amim foi esta.
Certa feita, inopinadamente, o Ditador “convida” seu ministério a um jantar de gala no palácio do governo, acompanhado de familiares.
Todos comparecem ao “convite”.
Transcorre a noite entre músicas, sofisticadas bebidas, alegres convivas em festa e danças. O ditador exultante.
Lá pelas tantas, terminado o jantar, ainda com todos presentes, Amim anuncia com alegre sorriso de plena satisfação:
--Sabem vocês que sou um ótimo cozinheiro.
        Todos aplaudiram em alegre manifestação.
--Dei-lhes hoje uma grande festa e a carne servida foi de meu preparo.
        Mais palmas.
--A iguaria servida foi nosso ex-Ministro da Finanças.
       
Vômitos. Lágrimas. Correria geral para a porta da saída, abandonando sapatos e requintes dos trajes.  Debandada desenfreada.

                Fico aqui pensando: “ O que faria Idi Amin Dada com o Ministro da Fazenda de Dilma? "
                Tenham um bom fim de semana. 
                J.R.M.Garcia.