São tantas as
mensagens de Ano Novo, que qualquer uma que me viesse à memória não seria
original.
Aliás, nada é original nesta altura
da literatura no planeta. Tudo já foi escrito, falado, visto, interpretado.
Logo, é de boa conveniência, que não
cuidemos do incomum.
Mas a verdade é que penso na coisa
mais brejeira do mundo.
Alguma coisa é mais trivial do que o
blogueiro pensar com amor, respeito e admiração no leitor?
Alguns de vocês eu conheço. Poucos.
Outros não. Mas sei que com paciência e tolerância que me lêem com atenção e
complacência.
Alguns com mais assiduidade, outros
nem tanto, mas muitos voltam a ler-me.
Pois é em vocês que neste instante
penso.
Alguns estão tristes, outros
alegres, outros felizes, alguns doentes, outros cheios de esperança e muitos
indiferentes ou entediados.
De uma maneira ou de outra, se você
chega a este instante e me lê aqui, é porquê você sobreviveu ao ano que passou,
apesar dos 56.000 assassinatos no país, a voracidade do Estado antropofágico
que quer destruir-nos a todo custo, a falta de segurança, as mazelas do
transporte coletivo, ao salário reduzido pela inflação que está em marcha, aos
assaltos, as doenças, a robalheira dos poderes públicos e muito mais. Ora, se
você venceu o ano que finda, é um herói.
Nada de pior há de acontecer-lhe. Deus gosta de você.
Portanto, se assim somos,
continuemos na luta. Nada de pior vai nos acontecer além de tudo que está aí.
Com fé, na sombra de Deus, teremos um ano de luta cruel, principalmente contra
os poderes públicos, mas venceremos, porquê vencemos o ano que passou.
Abraço-os a todos, um por um e que
minhas preces cheguem até vocês.
J. R. M. Garcia.