domingo, 12 de abril de 2015

= DOR DE CABEÇA =

Isso está nos livros de Psiquiatria, mas com pequeno destaque.
A dor é, ao que se observa, uma das primeiras sensações que o ser humano tem neste mundo.  No momento em que nos vemos fora do líquido amniótico, temos a imensa sensação de frio e da própria gravidade. Com esta consternação vimos ao mundo chorando. E estas lágrimas iniciais é que nos trás à vida, desenvolve nossa sensação de prazer, de desagrado, de fome, de alegria. Dá-nos, enfim, a impressão de identidade própria, separando o mundo de nós próprios. E daí, pela tentativa de acerto e erro, vamos avançando e acumulando conhecimentos neste mundo até tornarmo-nos seres cognoscitivos.
 A consciência dolorosa é pois o destaque de nossa vida aqui e é o que afirma Schopenhauer em sua extensa obra, louvada por  Freud,  Nietzche e Jung entre muitos outros. Assim ele definiu - talvez exageradamente - nossa vida neste mundo: “Por toda a parte o homem encontra oposição, vive continuamente em luta, e morre segurando suas armas.”
  Este traço da intimidade humana com a amargura pertence ao ser denominado “normal”. Mas não o é entre os que disso destoam muito.
   Há aqueles entusiastas da dor. Amam-na. Estes são masoquistas.
  Mas há um faixa cinzenta entre os amantes da dor (masoquistas) e os que dela fazem uso apenas como expressão da tristeza de seus sofrimentos, força de fuga, agressividade, defesa de si mesmo etc.  
           Nesta faixa cinza –pode parecer absurdo-  mas ha pessoas, que por qualquer razão não podem ser felizes. Contudo mal vê de si aproximando algum momento de felicidade arrebenta-o todo. São destrutivas de si mesmas e acabam estourando o humor de todos que em volta a cercam.
          Que Deus afaste de nós este tipo de gente! Ele arrebenta nossa vida. Calcina nosso espírito. Destrói nossos dias. Arruina-nos a existência.
           Essa dor é malsinada, fortuita e desnecessária. Ela nem é de todo masoquista e tão pouco sincera, mas o parceiro explode a gente.
             Pensem nisso.
             Boa semana.
                   J. R. M. Garcia.