MARTA e MARIA
É bíblico.
Marta
e Maria (aqui Maria não é a mãe de Jesus) eram irmãs -narra o evangelista- e optam
uma por estar na cozinha, preparando comida para Jesus, enquanto na sala a
outra, sentada aos pés dele, ouvia suas palavras e sua doutrina.
Maria
cuidava da comida em azáfama na cozinha e reclama de Marta que, serenamente,
ouvia a pregação do Mestre:
-- Por que ela aí fica sentada, enquanto
eu, aqui, labuto na feitura e cozimento da refeição?
Até
hoje a resposta do Mestre confunde teólogos e doutrinadores cristãos.
-- Marta, Marta...Ela escolheu a melhor
parte. Ouve-me enquanto estou aqui, pois logo irei e já não me terá.
Estranha
resposta. Uma está a trabalhar, enquanto a outra ouve o som musical das
palavras de Jesus e esta é elogiada, em detrimento da outra que se acumula de
serviços, a dar-lhe o quê de comer.
Mas
pelo visto Jesus pensava exatamente assim. Mais importância dava naqueles que
ouviam suas palavras do que aos quê, religiosamente, o serviam.
Para
mim, embora surpreso, valorizo ambas atitudes. Tanto daquele que labuta nos
afazeres, quanto daquele que doutrina os grandes temas valia igual. Mas, talvez
a história não seja exatamente esta e, de mais a mais, a verdade é exata quando
o ser humano deixa os valores do amor, da gratidão, da humildade em troca do
dinheiro e vantagens. A ingratidão
enoja-me.
Mas não creio
que Maria fosse assim, pois do contrário não estaria a preparar a "bóia" para
Deus.
Bom domingo.
J. R. M.
Garcia.