segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CRÔNICAS E CONTOS ( Borges e Garcia)


Você sabe de onde eu venho ?
De um mundo que não é  este.
De uma rua de terra, com dois janelões altos na frente, uma sala assoalhada, um pequeno alpendre, uma cozinha com piso de tijolos, fogão a lenha, um galinheiro ao lado, dois quartos, uma varanda aos fundos, um quintal muito grande plantado de mandioca, milho e outras frutos.
Não existia televisão, nem rádio, nem água encanada, nem toca discos. A luz desta cidadezinha além de fraca, parecendo laranjinhas dependuradas, era desligada por volta das 21 horas e daí em diante tínhamos a luz de lamparina. Uma torneira única, exposta ao sol e a chuva, onde todos serviam. Para o banho morno a água era aquecida em uma lata no fogão e carregada ao banheiro onde era dependurada acima do banhador. Não havia água encanada a não ser fora da casa.
Quando na rua passava um caminhãozinho levantava um poeirão a que todos corríamos  ver.
Havia no fundo do quintal uma enorme goiabeira, onde brincávamos, não raro com tombos cruéis e perigosos.
As casas não eram próximas umas das outras e vários terrenos eram vagos entre elas com muitas de capim que explorávamos em nossa brincadeiras.
E preste bem a atenção: isso era o centro da cidade.
Este é o mundo de onde venho. Nada semelhante a este. 
Tenham uma ótima semana.
Quero avisar a vocês meus leitores, seguidores e amigos que perdi todos vossos endereços ao trocar o computador e, por isso, nãos lhes mandei as crônicas e que, agora, quando as publicações chegam a 100.000 achei os endereços e mudei o título: “CRÔNICAS E CONTOS”.
Obrigado a todos vocês pela atenção.
J.  R. M. Garcia.



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

-TODOS SOMOS LOUCOS- {{{ Garcia e Borges }}}



    A pergunta é: “Todos ?”
    Não há exceção. Todos temos lá nossa dose de “ loucura”.
 A Psicologia poderia fazer um dicionário infindável catalogando todas nossas anomalias. Nem o Google poderia conter tantos tipos humanos.
  Um é altamente irritável; outro passível demais; alguns preguiçosos; diversos viciados em adrenalina, o que anula sua coragem e o faz um tarado de aventuras; muitos irresponsáveis; alguns desumanos etc. Enfim, somos cada um indivíduos e isso nos faz diferenciados. Os animais irracionais, quando não em convívio com o homem tem um comportamento mais homogêneo e passível da igualdade de suas tribos.
    Por isso melhor é que aceitemos os pouco normais, já que os perfeitos são todos natimortos.
  O mais ou menos em termos sociais gerais, já é normal demais.
   Já vi loucos menos loucos, mas nunca loucos não loucos.
  Com todo respeito e boa vontade, hoje, "dou corda" aos dementes de toda ordem e divirto-me com suas maluquices. 
     Experimente você. Divertir-se-á horas e horas. 
     Uma excelente semana de diversões. 
     J. R. M. Garcia. 




"CRÔNICAS E CONTOS" [[[ SE NADA DER CERTO... ]]] (Garcia e Borges)


PARA  PENSAR

É difícil conceber o sentido desta frase.
À primeira vista ela é extremamente contraditória. Sugere mesmo um paradigma verso reverso, como sói acontecer nas declarações sobre Economia, do Ministro Mantega. “Se nada deu certo, eu continuo a fazer e falar exatamente o mesmo.”
Carlos Drummond de Andrade não era burro. Por que lavra assim este texto atemporal?
Estranho.
Em nosso imaginário pátrio (será que posso dizer assim?) há uma figura folclórica que sugere qualquer coisa contraditória e absurda, o curupira.  “Um dos mais populares e espantosos entes fantásticos das matas brasileiras. O curupira é representado por um anão, cabeleira rubra, pés ao inverso, calcanhares para a frente.”  Para maior espanto "Curupira" e "currupira" procedem do tupi kuru'pir, que significa "o coberto de pústulas", ou seja, coberto  de chagas abertas e purulentas. Um triste ser abjeto. 
Esta figura mítica, comum ao ideário de nossos silvícolas no período de colonização, é tão bizarra que custa-nos imaginar. Leva-nos a mente algo horrível de pensar, de onde fugimos correndo.
Será que nosso poeta, pensador e gigantesco cronista pátrio, consciente ou inconscientemente, conseguiu ler-nos na alma o que não ousamos compreender e sequer vislumbrar?
Esta seria a tara na saga de nosso Destino?
Acredito que não.
Até mais amigas(os).
J.R.M.Garcia. 

domingo, 20 de setembro de 2015

CRÔNICAS E CONTOS (Garcia e Borges) "PLUTOCRACIA OU DEMOCRACIA

Assim disse Pluto, deus grego da riqueza e do poder: “Foi Zeus que me fez isso, por má vontade aos homens. Quando eu era rapaz, ameacei que só me dirigiria aos justos e sábios e honestos. E ele fez-me cego, para que não distinguisse nenhum deles. É assim que ele inveja os bons”.
Daí a origem da palavra PLUTOCRCIA,  é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico. Do ponto de vista social, esta concentração de poder nas mãos de uma classe é acompanhada de uma grande desigualdade e de uma pequena mobilidade.
Do grego demo= povo e cracia=governo, ou seja, governo do povo. DEMOCRACIA é um sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política. Embora tenha surgido na Grécia Antiga, a democracia foi pouco usada pelos países até o século XIX. )
Simples, não é ?
No Brasil, no entanto, nunca vivemos em uma democracia.
Gente inculta, vítima de doenças e de dificuldades, enfrentando um cerrado pobre, sempre fomos geridos no império pelas cortes. Primeiro de Portugal, depois do rei fujão D.João VIº ter proclamado nossa condição de império, continuamos na mesmice de que o estado pertence aos poucos ricos que o comandam. E assim surge a velha republica e afinal, até hoje, não abandonamos o que se convenciona a chamar PLUTOCRACIA, governo dos poucos ricos que comandam a bandalheira a que já nos acostumamos.
Jamais viveremos em uma DEMOCRACIA, pois este requisito exige o conceito de CIDADANIA, e a condição única capaz de a exercermos, é ter consciência de nossos direitos e obrigações e lutar para que sejam colocados em prática.
Quando e fala em luta para a mantença da cidadania, desmontamos e tornamo-nos caricatas figuras covardes que se esconde sobre um manto de formalismo adamado, onde se deseja a PAZ.
Enfim, um bando de larápios tomou o poder e nós , almofadinhas e adamados, não somos sequer capazes de afugentá-los a chicotadas.
E viva o Carnaval, onde desafogaremos nossas magoas.
Tenham pacientemente uma ótima semana.
J. R. M. Garcia.
                                                                                                             
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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia) =PLANO MARSHALL=

GENERAL GEORGE MARSHALL

   Minha mulher hoje levantou e disse que havia sonhado com George Marshall,   (Uniontown, 31 de Dezembro de 1880  Washington, DC, 16 de outubro de 1959). Foi um general dos Estados Unidos, combatente na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial, célebre por ser autor do Plano Marshall, de ajuda à reconstrução da Europa devastada, após a guerra de 1939-1945.
   Foi Secretário de Estado dos Estados Unidos. Foi premiado com o Nobel da Paz em 1953, pela iniciativa do Plano Marshall. Foi também secretário da Defesa.
   Foi um general dos Estados Unidos, combatente na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial; célebre por ser autor do Plano Marshall, de ajuda à reconstrução da Europa devastada, após a guerra de 1939-1945.
Como Secretário de Estado dos Estados Unidos, foi premiado com o Nobel da Paz em 1953, pela iniciativa do Plano Marshall.  Também secretário da Defesa, puniu o revanchismo contra os países do Eixo.
“Mas que diabo de ideia estranha é essa sua?”
   Respondeu:
“Ora, após a devastação feita pelos governos FHC, LULA e DILMA não é a mesma coisa da tragédia que se abateu sobre a Europa de pós-guerra? Não estamos de joelhos frente ao mundo? Não devemos o que não temos condição de pagar? A miséria não se abaterá sobre nós? As bombas que os aliados soltaram sobre a Europa não é nada perto desta desgraça que nos vai arruinar por anos e anos. É preciso de um George Marshall aqui para erguer esta porcaria ”.
   Ainda argumentei:
“Mas pense um pouco! Somos outra cultura, hábitos, costumes...
   Ela já nervosa gritou:
“Pare com isso. Besteira! A fome, a inflação vem aí e os ladrões são os mesmos. A sacanagem é uma só. Tudo igual. A devastação, o cinismo será o mesmo. É preciso de Marshall para dar um jeito nisso. Ele ergueu a Europa, por que não pode erguer a América Latina?”
   Calei-me.
  Mas fiquei pensando que uma intervenção civil branca não faria mal nenhum a América Latina, livrando-nos desta praga que foi FHC, LULA e essa tosca e cômica figura de Dilma, além dos governos de "los hermanos"
   J. R. M. Garcia. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

{{{ CRÔNICAS E CONTOS -BORGES E GARCIA}}} =SOMOS IDIOTAS =


Nem Mercadante pode ser tão louco como Dilma.

O primeiro impostômetro eletrônico do mundo está localizado nos Estados Unidos, o National Debt Clock. No Brasil o impostômetro mais conhecido, e inclusive o primeiro aparelho eletrônico do tipo na América Latina dedicado exclusivamente a medir impostos em tempo real, se localiza na fachada da Associação Comercial de São Paulo na associação com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Este aparelho é destinado a medir os impostos em tempo real. Não sei exatamente como funciona, mas os elementos ali expostos são reais.

O brasileiro pagou até 30 minutos atrás, 01 trilhão, 417 bilhões  e 318 milhões de reais, no período que vai de 01/01/2015 a 17/09/2015.
Seja qual for a razão, neste chamado reajuste fiscal, o governo propõe novos aumentos e cortes na obras de infraestrutura.

Ninguém falou em cortar os 39 ministérios e as dezenas de secretarias com os piolhos que lá estão dependurados em cachos nas tetas cada vez mais secas do governo federal, do congresso, do judiciário (alto clero) e da Presidência, cuja família vive as custas destes impostos.

Ao contrário. Querem aumento de impostos para eliminar o necessário, ou seja, obras de infraestrutura.

Mercadante é reconhecidamente louco, mas a Dilma também? Ou um é pior que o outro?

Ninguém vai votar droga nenhuma desta mísera reforma fiscal mesmo que todos sejamos idiotas.

Bom fim de semana meu Amigo, neste país de sem vergonhas onde o prêmio a quem trabalha é a miséria.

J. R. M. Garcia


terça-feira, 15 de setembro de 2015

= BRASIL NO ATOLEIRO = (CRÔNICAS E CONTOS - Borges e Garcia -

= BRASIL NO ATOLEIRO =

foto passista no barro

A ilustração acima, é da revista inglesa mais antiga do mundo sobre Economia. Não é nenhum tablóide.  Veja a foto e o texto com que ela enuncia o Brasil. Fala em “bagunça”, “atoleiro”. Palavras distantes de seu vocabulário usual. Situa nossa festa nacional na lama como se vê da foto acima.  
"A economia brasileira está uma "bagunça" e enfrentará dificuldades para sair do "atoleiro" onde se encontra." Assim definiu a última edição semanal da revista britânica "The Economist", que dedicou uma matéria de capa sobre os atuais desafios do governo para retomar o crescimento. 
De acordo com a publicação, os problemas econômicos do país são bem maiores do que o governo possa admitir ou que os investidores pareçam perceber. "A estagnação adormecida na qual o país caiu em 2013 está se tornando uma completa – e provavelmente prolongada – recessão, uma vez que a inflação pressiona os salários e a capacidade de pagamento das dívidas do consumidor", diz a revista.
Conforme  a revista britânica, dois meses após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, os brasileiros "estão percebendo que compraram falsas promessas".  A publicação citou o aperto fiscal para equilibrar as contas públicas, os cortes de benefícios previdenciários e a elevação de impostos e preços que estavam represados, além da redução de subsídios a bancos públicos que antes eram repassados a setores e empresas.
A 'Economist' destacou também que há sinais de tentativas de que o governo vai recuar de sua política de incentivo à indústria e encorajar mais o comércio internacional "no que resta de uma economia super protegida".
"A hora de colocar tudo no lugar é agora", finaliza.
Isso não é brincadeira.  Mas fico aqui, trêmulo de medo, onde terminará isso tudo.
Bom fim de semana.
J. R. M. Garcia.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

=SEGURANÇA OU INSEGURANÇA=

- SEGURANÇA PÚBLICA ou INSEGURANÇA?! -

COLABORAÇÃO DE JANE ARAÚJO 







Diante dos últimos acontecimentos em nossa cidade, venho me questionando o que seja, realmente, SEGURANÇA PÚBLICA.
Moramos em uma cidade pequena, com mais de 27 mil habitantes (Segundo o IBGE.), onde vivemos, atualmente, apavorados com o que possa vir a nos acontecer. O cidadão areia-branquense hoje vive trancafiado em suas casas através de muros e cadeados. O simples ato de sentar em cadeiras, à noite, nas calçadas para conversar com amigos e familiares - hábito, este, adquirido de longas datas, quando nos sentíamos livres e seguros - é algo totalmente inexistente para nós. Hoje ando pelo nosso pequeno centro comercial e ruas da cidade com medo de alguém apontar uma arma em minha cabeça ou, até mesmo, no vidro da janela do meu carro. A minha mãe, uma senhora de 75 anos, acorda assustada durante a madrugada, aterrorizada com qualquer barulho, porque funciona uma agência do Bradesco vizinha à nossa casa, parede com parede, onde já tentaram assaltar e, diante dos danos que fizeram, provavelmente iam explodir o caixa eletrônico. A polícia foi avisada na hora, mas só chegaram cerca de meia hora depois, porque eles "estavam se preparando" para "agir". No meu entender a Polícia tem que estar SEMPRE preparada para agir e cumprir o seu devido dever, não?!
Diante dessa "total insegurança" do cidadão areia-branquense, dessa onda infindável de roubos - inclusive à mão armada -, assassinatos, tráficos de drogas, sequestros, invasões e depredações a órgãos públicos, etc. Até os famosos "arrastões cariocas", conforme foi notícia, já chegaram à nossa terrinha. Acredito que a maioria da população tem se perguntado o que realmente venha a ser SEGURANÇA PÚBLICA, e quais as verdadeiras funções e atribuições que as Polícias Federal, Militar, Civil e a Guarda Municipal têm. 
Segue, abaixo, uma rápida pesquisa que fiz a respeito, com o intuito de melhor nos orientar, já que as autoridades responsáveis não parecem dominar o assunto ou, talvez, não tenham interesse.
 
SEGURANÇA PÚBLICA, segundo a Wikipédia, é um processo, ou seja, uma sequência contínua de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com certa regularidade, que compartilha uma visão focada em componentes preventivos, repressivos, judiciais, saúde e sociais. É um processo sistêmico, pela necessidade da integração de um conjunto de conhecimentos e ferramentas estatais que devem interagir a mesma visão, compromissos e objetivos. Deve ser também otimizado, pois dependem de decisões rápidas, medidas saneadoras e resultados imediatos. Sendo a ordem pública um estado de serenidade, apaziguamento e tranquilidade pública, em consonância com as leis, os preceitos e os costumes que regulam a convivência em sociedade, a preservação deste direito do cidadão só será amplo se o conceito de segurança pública for aplicado.
A segurança pública não pode ser tratada apenas como medidas de vigilância e repressiva, mas como um sistema integrado e otimizado envolvendo instrumento de prevenção, coação, justiça, defesa dos direitos, saúde e social. O processo de segurança pública se inicia pela prevenção e finda na reparação do dano, no tratamento das causas e na reinclusão na sociedade do autor do ilícito.
 
Funções e atribuições das Polícias Federal, Civil, Militar e Guarda Municipal:
- POLÍCIA FEDERAL: é responsável pela investigação de crimes de escala nacional, que afetam o país como um todo, como crimes contra o sistema financeiro, por exemplo. Além disso, cabe à Polícia Federal exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras, impedindo a entrada de armas, drogas ou contrabando. Quem manda na Polícia Federal, em última instância, é o Ministro da Justiça, nomeado pelo Presidente da República. 
- POLÍCIA CIVIL: cada estado tem uma Polícia Civil. Ela é responsável pela investigação e elucidação dos crimes praticados em seu território, elaboração e Boletins de Ocorrência de qualquer natureza, expedição de Cédula de Identidade e expedição de Atestado de Antecedentes Criminais e de Residência. Também é de sua competência fiscalizar o funcionamento de determinadas atividades comerciais e autorizar a realização de grandes eventos. A Polícia Civil pode, ocasionalmente, cumprir missões fora do seu estado. Para isso, porém, é preciso pedir autorização à Polícia Civil local. Exemplo: para prender um criminoso que praticou um delito em São Paulo e foi se esconder no Rio de Janeiro, a Polícia Civil paulista tem que informar à Polícia Civil fluminense que está cumprindo missão no território dela.
- POLÍCIA MILITAR: é responsável pelo policiamento preventivo, realizando a ronda ostensiva em todas as suas modalidades: policiamento motorizado e a pé; policiamento florestal, de trânsito urbano e rodoviário; policiamento escolar, em praias desportivas e radiopatrulhamento aéreo. A PM é um órgão regido pelo militarismo, e os policiais militares são considerados pela Constituição como força auxiliar e de reserva do Exército. Assim como a Civil, é, também, estadual.
- GUARDA MUNICIPAL: é o braço do sistema de segurança pública nacional nas cidades, que tem a função de proteger as áreas de preservação do patrimônio natural e cultural da cidade e os prédios públicos. Também é sua missão fiscalizar a utilização adequada dos parques, jardins, praças e monumentos.


Existem, também, os "Conselhos Comunitários de Segurança Pública" (CONSEP), que é uma entidade de direito privado, com vida própria e independente em relação à Polícia Militar ou a qualquer outro órgão público; modalidade de associação comunitária, de utilidade pública, sem fins lucrativos, constituída no exercício do direito de associação garantido no art. 5o, XVII, da Constituição Federal / 1988, e que tem por objetivos mobilizar e congregar forças da comunidade para a discussão de problemas locais da segurança pública, no contexto municipal ou em subdivisão territorial de um Município.
Está organizado para discutir, analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas comunitários de segurança, desenvolver campanhas educativas e estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias lideranças locais.
Assim, o CONSEP é um inovador ambiente de exercício da cidadania, em que os moradores residentes no espaço por ele abrangido, inteiram-se do trabalho da Polícia Militar e dos órgãos de Defesa Social, tomam consciência da complexidade da intervenção no fenômeno da criminalidade e se mobilizam no sentido do acionamento de outros setores públicos.
Permite, por sua natureza, organizar pessoas e segmentos da sociedade civil para agir nas raízes de problemas crônicos que normalmente deságuam em crimes, como o ingresso de adolescentes e jovens no mundo das drogas, o desemprego e o alijamento social.
É também o local de debate e de promoção da solidariedade entre vizinhos, entre condôminos, entre classes profissionais ou segmentos da comunidade que de algum modo estejam mais expostos à ameaça da criminalidade, como taxistas, motoristas e auxiliares de coletivos, proprietários de estabelecimentos comerciais, comunidade escolar e outros.
É, ainda, o meio de se criarem redes de proteção, nas quais indivíduos reúnem-se e discutem alternativas para colaborar,com atitudes e cuidados objetivos no seu dia-a-dia, para que infratores da lei tenham minimizado as possibilidades de atingir seus intentos delituosos, obstaculizando, portanto,as oportunidades para a prática de infrações, especialmente as que interferem mais na tranqüilidade pública. Dessa forma, o CONSEP pode vir a ser o que já representa em essência: um espaço fundamental na edificação de um mundo mais solidário, menos violento, mais organizado, mais livre.


E, como uma cidadã areia-branquense, faço perguntas que não querem calar, já que a nossa cidade tem um CONSEP ou, a essa altura do campeonato, tinha. `
Por quem esse Conselho é formado, onde e quando estão se reunindo?
O que têm feito para termos uma AREIA BRANCA mais livre, mais humana e menos violenta?
Porque, ao meu ver, numa sociedade em que se exerce democracia plena, a SEGURANÇA PÚBLICA garante a proteção dos direitos individuais e assegura o pleno exercício da cidadania, não se contrapondo, à liberdade e dando condição para o seu exercício, fazendo parte, portanto, de uma das inúmeras e complexas vias por onde trafega a qualidade de vida dos cidadãos.


(por, Jane Araújo)


terça-feira, 8 de setembro de 2015

= UM ALUNO MUITO VELHO = (Borges e Garcia)

08/ Setembro/ 2015

= UM ALUNO  MUITO  VELHO =

HOMEM  TRABALHANDO  NO  COMPUTADOR

Amigos.
É tão estranho, passado milênios, voltar à Escola !
Dei aulas de Geometria nos primeiros cursinhos para faculdades. Fui Professor de Prática Forense. Fiz alguns discursos políticos. Dirigi mais de 300 funcionários como Superintendente gestor de todo Transporte coletivo da cidade.
E, agora, já no final da vida, retorno aos bancos escolares.
Fico constrangido de uma cabeça branca ali estar, entre pessoas bem mais jovens, estudando. De longe o mais velho de todos alunos.
Humildade ?
Não. Tenho certeza que não. Necessidade.
Vendo-me perdido neste oceano que é a Informática, voltei a estudar. Por três meses frequento diariamente as aulas.

ALUNO  REBELDE 

E, sabem de uma coisa ?
Fui na verdade um péssimo aluno seja na Faculdade, sejam nos cursos que a ela antecederam.
Eu era daqueles que escolhem professores e matérias. Se achava o mestre simpático era bom aluno e, às vezes, a matéria. Se era antipático “dava uma bola” para o bedel e sumia do pátio para não ter dúvidas se ia ser encontrado. Literalmente fugia.  

PROFESSOR  ABRAHÃO  DE  MORAIS 

Mas em Física fui sempre um encantado. Abrahão de Moraes foi meu Professor no Curso Científico no Bandeirantes (hoje Universidade) e, com naturalidade, (eu imaginando uma bronca), chamou-me para conversar. O fim de seu diálogo era aconselhar-me a fazer Física Teórica. Ele era muito rico e acho que nem sabia o quanto -era muito “desligado”-  e eu cá com meus botões, pensando: “Se faço Física vou é morrer de fome...” E morreria mesmo.
Mas ainda hoje sou um apaixonado por Física, não só a “newtoniana” quanto a “quântica”.  Lembranças eternas dele.

ANJOS MEUS PROFESSORES

Mas, voltando as aulas de informática.
Tenho uma Professora, Dna. Lia, que tratá-la como uma pessoa especial é dizer muito pouco. Ela talvez devesse ser Psicóloga. Se tivesse conhecido Jung, ele lhe daria o Diploma, posto que ela decifra a alma de qualquer de seus alunos, adequando-se a metodologia pessoal de cada um deles. Isso é muito raro. É aí, exatamente, que o mestre se faz legítimo artista da arte de ensinar. E mais: o faz com tal perfeição que jamais perceberíamos o quanto somos burros frente a seus conhecimentos. Esse é seu dom. Raríssimo.
Mas ela é mais que isso. Junto com seu marido, um excelente “mecânico” de computadores, traduzem efetivamente uma figura humana incomum na bondade de ambos, cuidando muio mais de nosso ânimo do que simplesmente do aprendizado.     
Em mais de noventa dias perdi duas aulas. Meu entusiasmo é muito mais deles do que meu próprio.
Parabéns Dna. Lia e Sr. Orlando.
A todos um abraço.
J. R. M. Garcia. 

domingo, 6 de setembro de 2015

= ALEGRE E TRISTE =


              
Não há o quê se falar no Brasil, em assuntos  sérios,  quando se refere a novos empreendimentos.  Isso se dá tanto quanto no campo dos novos  avanços tecnológicos,  como na mudança das instituições e movimentos sociais.
      Sabemos que o ser humano em geral morre de medo do NOVO. Natural este medo. O novo é uma tentativa perigosa. É um contra ponto capaz de gerar todas mazelas.
        Deste modo, aqui no país, quando se fala de uma forma diferente de fazer pão de queijo, biscoitos, bolachas, o malsinado infeliz está destinado ao fracasso.
        Desta forma os criadores de expectativas são taxados de visionários ou loucos. Parafraseando Lavoisier à moda da casa: “Nada se cria, nada se transforma, tudo se copia.” O mínimo que pode xingar o visionário é de doido e, muitas vezes, com muita inveja.
     Amaldiçoamos o governo em todas suas linhas e conduta, mas primeira pergunta que fazemos é ver se o empreendimento está financiado por um órgão federal, por exemplo o BNDS, BB, CAIXA ECONÔMICA etc. E o pior é a pergunta: “Qual a comissão do gerente?”
        E cipoal de burocracia para transpor isso?
      E assim, sem nada criar, sem nada inventar, sem nada produzir de diferente, vamos na esteira das demais nações roxos de inveja.
        Carnaval é nossa única invenção genuína.
        Alegre e triste.
        J.R.M. Garcia.
       
       


terça-feira, 1 de setembro de 2015

= A EVIDÊNCIA TAMBÉM CEGA =

CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia)

LUZ  DEMAIS  CEGA

O comum, o usual, o costumeiro, o trivial não é notado pela imensa maioria de nós.
        Certamente por isso civilizações inteiras, apesar de suas dificuldades diárias, não inventaram a roda, por exemplo. Os maias, os astecas, os pueblos edificaram pirâmides executando cálculos complexos de engenharia e nunca  usaram a roda.
        O vento, assim como as distâncias, é o elemento mais comum no planeta, e destas civilizações nenhuma delas usou a vela, limitando-se ao remo.
        O óbvio se esconde sob um manto tão evidente, que na verdade parece que não o notamos.
        Não sei, exatamente, se a clareza destas conveniêncas nos saltam à vista de forma tão evidente, que seu próprio brilho nos inibi ou se, de algum modo, força dominadoras nos tange a ignorarmos por padrões culturais contrários ao novo, ao fazer diferente. A verdade é que fatores adversos impedem a criação de novas idéias. Sejam pelos que exercem o poder em qualquer tribo, sejam pelos detentores do poder.
        Aqui, no Brasil, isso aconteceu por 20 anos ou mais. Mentiam-nos que tudo estava bem, que teríamos escolas, serviço de saúde, transporte etc. Todos, até o mais ignorante de nós sabíamos que a riqueza de uma nação não se faz em poucas décadas e, agora, esta desgraceira de um débito de  US$ 482 bilhões em débitos no exterior, incluindo as faturas do governo.
       Tudo era um logro que sabíamos de sua existência, (govêrno, imprensa, judiciário, congresso, povo) mas fizemo-nos de cegos e, sem “inventar a roda”, estamos todos sendo arrastados nesta miséria de dívida impagável.
       Era o óbvio ululante que não quinemos ver. A evidência era muita.
        Cegou-nos.
       Uma boa semana.