CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia)
CONTE-ME.
DIGA BAIXINHO SOMENTE PARA QUE EU OUÇA.
NÃO DIREI A NINGUÉM.
AQUELE OLHAR QUE SENTIU, MAS QUE IGNOROU, PARA NÃO SE COMPROMETER?
A QUANTOS EVITOU, SABENDO QUE ESTAVAM A SUA PROCURA?
A QUANTOS ESQUECEU DE DIZER OBRIGADO PELA VIDA AFORA?
AO PASSAR MUDOU DE RUMO, SABENDO QUE QUERIAM ESTAR CONSIGO?
PARA MUITOS NÃO FOI EM BUSCA DE SEU SOFRIMENTO, SABENDO QUE PRECISAVAM
DE VOCÊ?
QUANTAS RENÚNCIAS FEZ CONTRARIANDO A SI MESMO?
QUASE TODO PRAZER DEIXOU, FAZENDO DE ESQUECIDO, DURANTE A VIDA TODA?
QUANTO DEVERIA TER AMADO E NÃO AMOU?
POR LOUCURAS, QUANTAS FEZ?
PARA NÃO IR ALÉM, DE QUANTAS CORREU?
POR MEDO REFETIU E, REFLETINDO, ERROU?
RESPONDEU NÃO, QUANDO DEVERIA TER DITO SIM?
E QUANDO DEVERIA TER DITO SIM, DISSE NÃO?
QUEM NÃO SE ARREPENDE DAS BESTEIRAS?
SE ASSIM FOI, É PORQUE É HUMANO, SIMPLESMENTE HUMANO.
J. R. M. GARCIA.
<martinsegarcia@uol.com.br>