CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia)
ALEXANDRE E JOANA D`ARK
O sorriso anima a alma.
No tempo, a distância entre um e outro personagem, são
de séculos e séculos.
Uma é Joana D,Arck a outra, é Alexandre Magnum.
Ambos de personalidades
diferentes. Muitos diferentes. Ela uma menina imersa na idade média. Ele um
rapaz audaz, ambicioso e culto para os padrões da época. Ela mística. Ele um
defensor da religião e da mitologia grega.
Ambos corajosos, destemidos,
ousados até as raias da temeridade. Venceram batalhas impossíveis. Inspiradores
de lideranças míticas incomparáveis.
Ela nascida filha de um
camponês com ódio aos inimigos. Ele criado em leito de ouro, um aristocrata
culto.
Os dois impunham-se ao dever
de estarem expostos a frente de seus exércitos.
Ambos morreram novos. Ela martirizada, ele sem de fato
saber-se envenenado ou vítima de uma estranha febre do Nilo.
Entre os muitos fatos que
união ambos, o traço da coragem é incontestável.
Mas há outro comportamento
comum.
O sorriso.
Ambos, no fragor da batalha,
ainda que feridos, lutavam sorrindo.
Ao que diz a lenda um sorriso
tranquilo, feliz, sereno.
Assim, é de se ver, que o
sorriso traz ânimo a alma, por pior que sejam que nossos momentos.
Sorria. Sorria não de escárnio,
da alegria singela de ver que você pode
enfrentar os perigos deste mundo. Um sorriso de coragem.
J. R. M. Garcia.
<martinsegarcia@uol.com.br>