quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia) = PESSOAS. OLHEM AS PESSOAS =

CRÔNICAS  E  CONTOS (Borges e Garcia)

(TRANSCRIÇÃO DE ARTIGO DA LAVRA DO JURISTA IZNER H. GARCIA)


PESSOAS. OLHEM AS PESSOAS.



     

      O mundo tornou-se grande, complexo.
            Nosso cotidiano, dentro desta complexidade, abstraí-nos de pensar nas pessoas. Pensamos em sistemas e em estruturas.
        Contudo, ainda pelo menos, as pessoas são quem estão atrás da complexidade.
            Sistemas complexos ainda são comandados por pessoas.
        Neste sentido, pensando no Brasil e na crise que atravessamos, com as notícias recentes que a Petrobras está vendendo um importante segmento de sua operação (a petroquímica Brasken) vejo muito se discutir números, conjugar dados estatísticos, analisar esta ou aquela política econômica.
            Mas, parece, esquecemos das pessoas.
            Quem são as pessoas que comandam o ente abstrato Estado?
            Pensemos no “núcleo duro” que forma hoje o governo:
            Ministro da Fazenda, NELSON BARBOSA. Sua experiência, seu trabalho em qualquer segmento que não o publico é nulo.
O presidente do Banco Central, ALEXANDRE TOMBINI. Funcionário de carreira do Banco Central, nunca teve experiência no mercado financeiro.
O presidente da Petrobras, ALDEMIR BENDINE. Estudante de engenharia civil que não terminou o curso para ingressar como concursado no Banco do Brasil. De petróleo nada entende.
O ministro da comunicação, EDINHO SILVA. Não tem qualquer curriculum funcional senão a militância política.
O ministro, JACQUES WAGNER. Um curriculum nulo senão pelo exercício em si da política.
            Bem, claro, por fim, nossa presidente. Igualmente não há qualquer experiência ou funcionalidade a qualifica-la como uma esmerada administradora ou competente gestora.
            Enfim, as PESSOAS que hoje compõem o governo e que tomam decisões não estão, funcionalmente, habilitadas para suas funções.
            Nem estou falando em questões morais e éticas.
            Deixemos isso de lado para que possamos ter uma discussão minimamente lógica.
         Alguma empresa do ramo de petróleo contrataria um não formado em engenharia civil para dirigir uma empresa petrolífera?
            Algum banco nomearia como CEO Tombini?
            Alguma empresa relevante teria Barbosa à frente do seu departamento de finanças?
            Respondidas as questões acima não é difícil perceber a enrascada que estamos.
         A conjunção destas pessoas, à frente de decisões fundamentais, em processos que eles certamente não compreendem, são a resultante de nossa crise.
            É onde estamos.
            Por Izner H. Garcia