domingo, 17 de julho de 2016

CRÔNICAS E CONTOS = (Borges e Garcia)

O DESTINO NÃO PERDOA



Ele sorria. Sorria às gargalhadas.
O motivo ?
Não se sabia. Talvez estivesse recordado de uma piada ou algum fato que o inspirava à alegria. Atravessou a rua sorrindo ainda.
Eu, curioso, mas não quis abordá-lo sobre as razões de tanto espalhafato. Mas, sorri também.
De repente um carro, em alta velocidade, furou o sinal vermelho - esquina com a São João e Ipiranga- jogou-o há mais de dez metros.
Fui até o local. Estava morto.
Não sei se sorria ainda. O rosto era uma pasta de sangue.
J. R. M. Garcia.