COISAS DO AMOR
Li um artigo muito
bem construído, escrito por uma psicóloga que na verdade discorre com evidente
experiência sobre a questão.
Não sou
especialista nestes assuntos. Aliás, meus questionamentos sobre a questão, são vagos e simplórios. Nem arrisco palpitar em casos específicos.
E, de mais a mais,
poucas pessoas são sinceras nas questões do amor entre mulher e homem.
Ela, a autora do
dito texto, afirma: “O amor é uma construção social; em cada época se apresenta de uma
forma. Nós, do Ocidente, somos regidos pelo amor romântico”.
Talvez tenha
razão.
E continua com
propriedade: “O
amor romântico não é apenas uma forma de amor, mas todo um conjunto psicológico
— ideais, crenças, atitudes e expectativas. Essas ideias coexistem no
inconsciente das pessoas e dominam seus comportamentos, determinando como devem
sentir e reagir.”...”Na maioria dos casamentos, homens e mulheres vivem dentro
de regras e normas estabelecidas para controlar a liberdade de cada um.”
E aqui, de
abelhudo em uma matéria que não é meu campo, fico pensando: “Logo agora
quando mulheres e homens clama por mais liberdade, como ficam estes vínculos? Todos
nós mudamos - e muito - no tempo, conforme a conjuntura que nos envolve, o
próprio trabalho, as variações econômicas e financeiras, as crenças, as
expectativas como bem o ressalta sobre a opção do amor romântico.”
De uma coisa estou
certo. Qualquer um que pensar dez minutos sobre a fidelidade eterna na doença (alzheimer
por exemplo); no uso de fraldões descartáveis; na pobreza imprevista; na
própria transformação de nossos corpos; é mentiroso se faz tal juramento para
sempre.
O certo é que, se
não podemos negar o amor, também não podemos negar a paixão. Ambos são reais.
Tenho para comigo,
que o amor é um sentimento muito mais de responsabilidade do cônjuge para com o
outro, mesmo quando a paixão (rainha das ilusões) termina.
O amor é
responsabilidade dos cônjuges quando se tomam em casamento e isso independe da
fugidia e incandescente paixão, seja de parte a parte.
J. R. M. Garcia.