domingo, 4 de fevereiro de 2024

COISAS DO AMOR - GARCIA (CONTOS E CRÔNICAS)




COISAS DO AMOR

Li um artigo muito bem construído, escrito por uma psicóloga que na verdade discorre com evidente experiência sobre a questão.
Não sou especialista nestes assuntos. Aliás, meus questionamentos sobre a questão, são vagos e simplórios. Nem arrisco palpitar em casos específicos.
E, de mais a mais, poucas pessoas são sinceras nas questões do amor entre mulher e homem.
Ela, a autora do dito texto, afirma: “O amor é uma construção social; em cada época se apresenta de uma forma. Nós, do Ocidente, somos regidos pelo amor romântico”.
Talvez tenha razão.
E continua com propriedade: “O amor romântico não é apenas uma forma de amor, mas todo um conjunto psicológico — ideais, crenças, atitudes e expectativas. Essas ideias coexistem no inconsciente das pessoas e dominam seus comportamentos, determinando como devem sentir e reagir.”...”Na maioria dos casamentos, homens e mulheres vivem dentro de regras e normas estabelecidas para controlar a liberdade de cada um.”
E aqui, de abelhudo em uma matéria que não é meu campo, fico pensando: “Logo agora quando mulheres e homens clama por mais liberdade, como ficam estes vínculos? Todos nós mudamos - e muito - no tempo, conforme a conjuntura que nos envolve, o próprio trabalho, as variações econômicas e financeiras, as crenças, as expectativas como bem o ressalta sobre a opção do amor romântico.”
De uma coisa estou certo. Qualquer um que pensar dez minutos sobre a fidelidade eterna na doença (alzheimer por exemplo); no uso de fraldões descartáveis; na pobreza imprevista; na própria transformação de nossos corpos; é mentiroso se faz tal juramento para sempre.
O certo é que, se não podemos negar o amor, também não podemos negar a paixão. Ambos são reais.
Tenho para comigo, que o amor é um sentimento muito mais de responsabilidade do cônjuge para com o outro, mesmo quando a paixão (rainha das ilusões) termina.
O amor é responsabilidade dos cônjuges quando se tomam em casamento e isso independe da fugidia e incandescente paixão, seja de parte a parte.
            
             J. R. M. Garcia.