A ARTE É ETERNA?
É simples
Nas grutas e cavernas
onde habitamos no passado, traçamos riscos na pedra bruta em forma de figuras
de animais, cópias rústicas de rostos humanos, garatujas quase irreconhecíveis.
Por lá passaram os
milênios e milênios e mais milênios, cujos outros humanos habitaram estas
acomodações primitivas. Com datação do carbono 14, estas figuras demonstraram
ser de épocas tão antigas quanto os habitantes iniciais deste planeta. Vararam
muitos milhares de anos desde o começo de nossas mais remotas eras. Hoje
são preciosos para nós, homens atuais, ver, espantado, estes riscos mal
feitos, mas delineando animais e crenças há muito desaparecidos da face do
planeta.
Isso
é arte?
Não.
Não tudo e todas.
Isso
é a necessidade anímica do ser humano expressar suas impressões interiores
sobre aspectos do cotidiano de suas vidas. Tudo que é vivo sente, mas somente o
homem reflete e, como tal, expressa. Sempre foi assim.
Logo
esta expressão que, por alguma razão, não só inspira outros seres humanos mas
agrada-os, fixando em sua memória e passando de gerações a gerações.
As
edificações de Gaudí, as pinturas de Da Vinci, os quadros de Rembrandt, a
poesia de Byron, a música de Wagner, os filmes de Chaplin, os discursos de
Cícero ficarão para sempre se aqui continuarmos habitando. E vão por aí mais e
mais exemplos, à medida que o planeta for expandindo seus meios de demonstração.
A
característica principal do que é uma obra de arte, é um sentimento comum do
autor de comunicar-se com todos causando-lhes sensações de prazer.
Isso
é Arte.
J.
R. M. Garcia.