NUVEM ESCURA
Tenho uma
consciência virtual e uma real.
O que significa isso?
Vejamos.
Quando estou raciocinado, inserido dentro de meu cérebro, fico fazendo
como agora, ou seja, esqueço aparentemente o que se dá à volta para buscar de
onde não sei, a forma de expressar o pensamento oculto onde ninguém tem a
propriedade de estar comigo. Não há diálogo. É um mundo somente meu. Assim, se
fora de mim ouço um grito, vejo um objeto cair em razão do vento que passa,
pulo para fora deste mundo oculto, que chamo de abstração, para socorrer, em
ato reflexo, o que ocorre a minha volta. Parte sou presença física, a outra parece
que sou espírito dentro de mim.
Isso ocorre
quando guio. Se vejo um veículo à frente, sem que eu perceba, diminuo a
velocidade, reduzo a marcha faço todas as operações mecânicas sem me dar conta
delas, mantendo o raciocínio nas ideias distantes deste momentâneo problema.
Será que me fiz minimamente compreensível?
É um pouco difícil analisar isso.
A estas duas consciências, uma virtual e outra real, chamo vida.
Busco racionalizar o que penso. É o que estou tentando fazer. Há lógica
nisso? Não creio. Mas haverá lógica quando passar pelas comparações analógicas
das letras, palavras, expressões gramaticais.
É o que estou fazendo neste momento.
Assim, vivemos em uma misteriosa nuvem de compreensão, acorrentados a
uma expressão racional que não podemos dispensar.
É pouco para desenvolver uma análise tão complexa em uma linguagem
limitada que é a de um blog.
Voltarei mais vezes falando disso.
Boa semana.
Abraços.
J.
R. M. Garcia.