quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

RAZÃO + EMOÇÃO = ? (CRÔNICAS E CONTOS)

RAZÃO  +   EMOÇÃO = ?

 os dois lado do cérebro


Depois de muitos coraçõezinhos na folha do caderno,

a escola nos traz a grande desilusão:

é no cérebro e não no coração,

onde se desenrolam os amores.

E também as mágoas júbilos e temores,

mesmo as insanas intermitências da paixão!

      Claro está que todas nossas emoções caminham no sentido de acelerar nossa pulsação. Evidentemente este bater acelerado de nosso pulso vem do cérebro que, por processos químicos imediatos, busca colocar-nos em alerta e, às vezes, em estado de euforia incontrolável, medo, espanto, terror, profunda alegria etc. Diria: ativa nosso lado emocional.

      De forma bem simplória, podemos dizer que nossa lógica e o raciocínio processam-se do lado esquerdo (que sempre achamos que era nosso lado emocional) do cérebro, enquanto cabe ao direito processar as nossas emoções. Mesmo estando ali bem juntinhos, poderia dizer que esse é um limite de guerra. 
      Como escolher entre a razão e a emoção?
     A esta pergunta exatamente não cabe resposta. Não sabemos qual seja. Sabemos o mecanismo como nossa cabeça funciona, mas definir a pureza de uma outra atitude ainda não conhecemos. Sabemos o quê é ansiedade, angustia, aflição, amor etc., mas não sabemos onde este estado é processado em nosso corpo. Que é nas duas partes do cérebro parece não haver dúvida, mas certeza científica não temos.
      Onde se situa neste aparelho pensante o subconsciente, o inconsciente, o ego, o id, o superego, nossos arquétipos, os arquétipos da espécie, nossos instintos, os fatores culturais, os vícios, os hábitos etc. Sabemos que esses elementos psíquicos existem, mas onde exatamente se situam no cérebro não.
      Seguindo alguns poucos doutrinadores, arrisco dizer que o cérebro não está de todo pronto para a tarefa que tem de arcar frente a civilização. Ele ainda esta tentando encampar a imensa tarefa que tem para manipular, assimilar e, afinal, dispor de um caminho básico e isso é uma tarefa para a evolução darwiniana  ombrear. Não temos como apressá-lo. Quando muito podemos auxiliá-lo com poções químicas e sofisticados tratamentos. O vício, um grande destruidor da espécie, está aí para nos mostrar a pequenez deste aparelho pensante. A vaidade é outro. E vai por aí dando sinais de sua fraqueza.
       É uma matéria complexa demais para tentarmos abordá-la aqui em um simples Blog com a linguagem que a sucinta de uma de uma crônica.
     Mas a tarefa principal cumpriu seu objetivo, ou seja, demonstrar que o cérebro está longe de ser um órgão completo e acabado para desempenhar suas funções. Biologicamente imagino que evoluirá muito e talvez em pouco tempo.
       Um bom fim de semana.
       Ótimo carnaval para todos foliões.
       J. R. M. Garcia.