terça-feira, 13 de novembro de 2012

=FOLHAS SECAS DESPEDEM-SE=



De improviso. 
Há um tempo que o tempo é curto. 
A folha que se desprende da árvore leva segundos quanto alcança o chão. 
Ela foi nova, viveu entre as outras, brincou com o vento firme ao caule, abrigou entre suas sombras pássaros, na ramada protegeu animais  mas, agora, vê a terra dela se aproximando
Cái
Tão rápido tudo.. 
É lá, no chão frio,  onde se deitará eternamente. 
Ouçam a música ! 
É uma despedida. Uma espécie de adeus.
Não percebem ?
O silêncio e, após as chuvas, ela se irá com o vento e água em destinos ignorados. 
Ao caule ?
Não voltará jamais.
J. R. M. Garcia.