quinta-feira, 31 de março de 2022

FELICIDADE

 


SOBRE OS FELIZES...

Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria, busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles.

De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseco. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar.

Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas continuam discretamente felizes.

O primeiro hábito que eles têm em comum é a generosidade. Mais que isso: eles têm prazer em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro e sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo em troca.

Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro, querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas horas de vida, às vezes dividem o que têm, mesmo quando é muito pouco.

Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais.

O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam dizer: estou tão contente como se fosse comigo. Talvez seja um segredo de felicidade, até porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo do outro, ou de ignorar a boa nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes.

O terceiro hábito dos felizes é saber aceitar. Principalmente aceitar o outro, com todas as suas imperfeições. Sabem ouvir sem julgar. Sabem opinar sem diminuir e sabem a hora de calar. Sobretudo, sabem rir do jeito de ser de seus amigos. Sorrir é uma forma sublime de dizer: amo você e todas as suas pequenas loucuras.

Autora: Socorro Acioli


J. R. M. Garcia


quarta-feira, 30 de março de 2022

OSCAR 2022

 

Will Smith subiu ao palco e deu um tapa em Chris Rock — Foto: Reuters via BBC

OSCAR 2022

“Dois casos delicados da natureza humana: de um lado, o humor mórbido, que faz graça (sem graça nenhuma!) com a dor humana, com a exposição do outro ao ridículo e ao desconforto. Imoral e grave, por ter tido tempo entre o planejamento e a execução, tempo suficiente para que as consequências pudessem ser avaliadas. No “melhor” dos resultados sonhados pelo “humorista”, todos, o marido, o auditório presente e o público virtual ririam da situação constrangedora da vítima. Vejam bem: esse horrível painel é o “melhor” que ele poderia esperar. E a equipe do Oscar seleciona este tipo de profissional para conduzir uma cerimônia deste nível de importância mundial.

De outro lado, temos a impulsividade de Will Smith. Somos obrigados, simultaneamente, a entender a sua dor e a condenar sua atitude, pois todos já sentimos na pele as consequências da perda do autocontrole nas nossas vidas. Sabemos o quanto dói, constrange e humilha. Se um cão late para nós, não devemos latir para ele de volta; não somos cães. Perder o controle é responder às circunstâncias de forma irracional, sem senso ou critério humano, o que fere nossa dignidade e nos expõe. 

A questão é que a maioria de nós tem seu “ponto de corte”, ou seja, o limite do que seríamos capazes de suportar, o que varia muito, de pessoa para pessoa. Ampliar esse limite, não deixar que as circunstâncias nos roubem a nós mesmos, tudo isso é resultado de treino diário, de fortalecimento de caráter que devemos construir dia a dia, ao longo da vida. Quando um companheiro humano de jornada comete este erro, deveríamos ter ao mesmo tempo compaixão em relação a ele e mais atenção em relação a nós mesmos. Que o fato seja um fator de amadurecimento para todos, pois, ao invés de criticarmos ou aprovarmos, podemos olhar para a experiência do outro com o olhar de aprendizes.

Logo, como síntese, eu proponho duas perguntas, e espero que as responda silenciosamente, apenas para si próprio, mas que reflita sobre as respostas sob o ponto de vista da dignidade humana: eu já ri da dor alheia? Eu já perdi o controle diante de provocações? Assim, ao invés de julgarmos o outro, crescemos graças ao outro.”

Texto: #Repost @profluciahelenagalvao

Tenham uma boa  noite!

J. R. M. Garcia



terça-feira, 29 de março de 2022

JULGUEM COMO QUISEREM

 




Em uma das imagens do evento do centenário do PCdoB, no último sábado, 26, no Rio de Janeiro, chamou a atenção o relógio que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava usando: da marca Piaget, o adereço está avaliado em 84 mil reais (17,5 mil dólares).

Piaget é uma empresa suíça que fabrica não só relógios, mas também jóias de luxo, fundada em 1874 por Georges Piaget, na cidade de La Côte-aux-Fées. Hoje, ela pertence ao grupo suíço Richemont.


Leia mais em:
https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/como-e-o-relogio-de-lula-que-custa-84-mil-reais/



J. R. M. Garcia

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JULGUEM COMO QUISEREM.


Um bom dia. 

J. R. M. Garcia


segunda-feira, 28 de março de 2022

ORAÇÃO DO AMOR


 

Senhor!
Ilumine meus olhos
para que eu veja os defeitos 
da minha alma e vendo-os, 
que eu não comente os defeitos alheios.

Senhor!
Leve de mim a tristeza
e não  a entregue a mais ninguém.
Enche meu coração com a divina fé, 
para sempre louvar  o Seu nome. 
Arranque de mim  o orgulho e a presunção.

Senhor!
Faça de mim um ser humano realmente justo e bom.
Dê-me a esperança de vencer
todas as minhas ilusões.

Plante, em meu, coração a sementeira do amor
e ajude-me a fazer feliz o maior número possível 
de pessoas, para ampliar seus dias risonhos
 e resumir suas noites tristonhas.


Transforme meus rivais 
em companheiros, meus companheiros 
em amigos e meus amigos em 
ENTES QUERIDOS.

Não permita que eu seja 
um cordeiro perante os fortes,
nem um leão perante os fracos.

Dê-me, Senhor,
O sabor de perdoar
tudo e todos. Afaste de mim o desejo 
de vingança, mantendo sempre 
em meu coração somente o 
AMOR .

Neste  mundo de desamor  em que vivemos, 
se cada um de nós plantarmos uma  sementinha
de paz, esperança e harmonia,
conseguiremos fazer  do nosso  planeta 
campo de amor e compreensão.




J. R. M. Garcia


domingo, 27 de março de 2022

CONHECIMENTO E REVELAÇÃO

 

Gênios

Em 1945, foram encontrados, numa caverna no Egito, alguns papiros que continham pequenas sentenças, que mais tarde, os estudiosos, após muitas análises e pesquisas, concluíram ser o Evangelho do Apóstolo Tomé. Este Quinto Evangelho, diferente dos demais, traz apenas pequenas frases (aforismos), sempre iniciadas com as palavras, “Jesus disse”.

O professor Huberto Rohden, em seu livro, “O Quinto Evangelho”, traduziu e comentou 114 (cento e quatorze) destes aforismos. Nesta palestra, irá falar um pouco sofre o aforismo de nº 5 (cinco). Jesus disse: “Conhece o que está diante dos teus olhos e o que te é oculto, isto, te será revelado”.

Para Rohden, o “conhecer” depende de nós. A “revelação”, não vem de nós! Pela inteligência, nós pensamos, analisamos, conhecemos, e isto, é apenas metade do caminho. A outra metade vem pela revelação (inspiração, intuição). Pensar é importante, mas não leva até o fim, é apenas metade do caminho.

Albert Einstein, diz, “Eu penso 99 (noventa e nove) vezes e não descubro nada! Eu deixo de pensar, mergulho num grande silêncio e eis que a verdade me é revelada!”. Da mesma forma, afirmou sobre sua Teoria da Relatividade, “Eu não descobri nada, isto, me foi revelado”. Com toda certeza, depois de muito pensar.

Thomas Edison, inventor americano, diz, “Eu necessito de 90% (noventa por cento) de transpiração (pensamento, análise, conhecimento), para ter 10% (dez por cento) de inspiração (revelação). Fez 700 (setecentas) tentativas (experiências científicas), antes de conseguir inventar a lâmpada elétrica. Seus colaboradores queriam desistir, porém, os gênios nunca desistem, sabem que uma hora dará certo!

Afirmava Rohden, que os homens talentosos só têm pensamentos, já os gênios, recebem também revelação (intuição, inspiração). Que esta revelação vem de Deus (Da Alma do Universo). Benedito Spinoza, filósofo holandês, afirmava que “Deus é a Alma do Universo e o Universo é o Corpo de Deus”. Para Rohden, Deus, não é visível, não é uma pessoa. Deus é uma Força, é uma Vida Infinita, é uma Consciência Cósmica!

Entendia Rohden, que os “gênios” são como canais abertos, prontos para receberem as “Águas Vivas” do Infinito. O gênio, portanto, é um canal, que se liga com a Fonte Infinita (Deus). Nas religiões, os gênios são chamados de místicos.

Na meditação, primeiro se faz MUITA concentração mental, depois apagamos totalmente os pensamentos, desejos e sentimentos (silêncio absoluto), para se atingir a contemplação espiritual (inspiração, intuição, revelação). A meditação, portanto, consiste em esvaziar completamente os canais do EGO (ego esvaziamento), e ficar na expectativa da Plenitude de Deus.


Adverte Rohden, que temos que ser cautelosos, pois nossos nervos, não estão habituados a esta “invasão” Cósmica (que não vem do Cosmos, mas sim, de nosso EU espiritual), estamos apenas acostumados a pensar. Muitos pintores e músicos famosos chegaram inclusive a enlouquecer, no final de suas vidas. Por este motivo, isto deve ser feito pouco a pouco, para ir se acostumando, capacitando os nervos de nosso cérebro, para receberem este impacto, que vem de nosso “centro”, depois do silêncio absoluto.

Rabindranath Tagore, grande poeta da Índia, conta em sua autobiografia, que uma vez estava num beco imundo de uma pequena Cidade da índia, quando de repente, caiu em “êxtase” ou samadhi como dizem os hindus. Ficou tão maravilhado e feliz, que desejou perpetuar o seu samadhi, foi então para o alto de uma montanha do Himalaia na tentativa de “segurar” o seu céu. No entanto, lá mesmo perdeu sua ”inspiração”. Se convencendo de que “céu”, não é uma coisa fora de nós! Por isso, disse o maior dos Mestres, Jesus, o Cristo, “O reino de Deus está dentro de vós”.

Finaliza Rohden, dizendo que o Homem Integral é sempre bi polarizado (EU e EGO). O pólo positivo (Eu) e o pólo negativo (EGO). O pólo da sua naturalidade humana (EGO) e o pólo da sua natureza Divina (EU, Alma, Essência, Espírito). Que os sentidos fornecem a matéria prima para os pensamentos. E que a “inspiração” não depende dos sentidos, pois ela vem de Deus. O Homem Integral, portanto, deve “conhecer” o que está diante dele, depois esvaziar-se de todos os pensamentos, desejos e sentimentos, e aí então, lhe será “revelado” o que está oculto!




    Um ótimo domingo!

    J. R. M. Garcia



sábado, 26 de março de 2022

GÊNEROS TEXTUAIS

 


Explicando um conceito de português uma professora foi chamada de desrespeitosa por isso:

Explicou que não faz diferença nenhuma mudar a vogal temática de substantivos e adjetivos pra ser "neutre".

Em português, a vogal temática na maioria das vezes não define gênero. Gênero é definido pelo artigo que acompanha a palavra. 

Vou mostrar pra vocês: 

O motorista. Termina em A e não é feminino.

O poeta. Termina em A e não é feminino.

A ação, depressão, impressão, ficção. Todas as palavras que terminam em ção são femininas, embora terminem com O.

Boa parte dos adjetivos da língua portuguesa podem ser tanto masculinos quanto femininos, independentemente da letra final: feliz, triste, alerta, inteligente, emocionante, livre, doente, especial, agradável, etc.

Terminar uma palavra com E não faz com que ela seja neutra.

A alface. Termina em E e é feminino.

O elefante. Termina em E e é masculino.

Como o gênero em português é determinado muito mais pelos artigos do que pelas vogais temáticas, se vocês querem uma língua neutra, precisam criar um artigo neutro, não encher um texto de X, @ e E.

E mesmo que fosse o caso, o português não aceita gênero neutro. Vocês teriam que mudar um idioma inteiro pra combater o "preconceito".

Meu conselho é: em vez de insistir tanto na questão do gênero, entendam de uma vez por todas que gênero não existe, é uma coisa socialmente construída. 

O que existe é sexo. 

Entendam, em segundo lugar, que gênero linguístico, gênero literário, gênero musical, são coisas totalmente diferentes de "gênero". 

Não faz absolutamente diferença nenhuma mudar gêneros de palavras. 

Isso não torna o mundo mais acolhedor.

E entendam em terceiro lugar, que vocês podiam tirar o dedo da tela e pararem de falar bobagem e se engajarem em algo que realmente fizesse a diferença para melhorar o mundo , ao invés de ficarem arrumando discussões sem sentido. 

Tenham atitude! (Palavra que termina em E e é feminina). 

E parem de ficar militando no sofá! (palavra que termina em A e é masculina).


J. R. M. Garcia 


sexta-feira, 25 de março de 2022

"HIPNOSE COLETIVA" DA TELEVISÃO

 



TELEVISÃO

Para um número significativo de pessoas, ver televisão é algo “relaxante”. Observe a si mesmo e verá que, quanto mais tempo sua atenção permanece tomada pela tela, mais sua atividade intelectual se mantém suspensa.

Assim, por longos períodos você estará assistindo a atrações como programas de entrevistas, jogos, shows de variedades, quadros de humor e até mesmo a anúncios sem que quase nenhum pensamento seja gerado pela sua mente.

Você não apenas deixa de se lembrar dos seus problemas como se torna livre de si mesmo por um tempo – e o que poderia ser mais relaxante do que isso?

Então ver televisão cria o espaço interior? Será que isso nos faz entrar no estado de presença?

Infelizmente, não é o que acontece. Embora a mente possa ficar sem produzir nenhum pensamento por um bom tempo, ela permanece ligada à atividade do pensamento do programa que está sendo exibido. Mantém-se associada à versão televisiva da mente coletiva e segue absorvendo seus pensamentos.

Sua inatividade é apenas no sentido de que ela não está gerando pensamentos. No entanto, continua assimilando os pensamentos e as imagens que chegam à tela. Isso induz um estado passivo semelhante ao transe, que aumenta a suscetibilidade, e não é diferente da hipnose.



É por isso que a televisão se presta à manipulação da “opinião pública”, como é do conhecimento de políticos, de grupos que defendem interesses específicos e de anunciantes – eles gastam fortunas para nos prender no estado de inconsciência receptiva. Querem que seus pensamentos se tornem nossos pensamentos e, em geral, conseguem.

Portanto, quando estamos vendo televisão, nossa tendência é cair abaixo do nível do pensamento, e não nos posicionarmos acima dele. A TV tem isso em comum com o álcool e com determinadas drogas. Embora ela nos proporcione um pouco de alívio em relação à mente, mais uma vez pagamos um preço alto: a perda da consciência.

Assim como as drogas, essa distração tem uma grande capacidade de viciar. Procuramos o controle remoto para mudar de canal e, em vez disso, nos vemos percorrendo todas as emissoras. Meia hora ou uma hora mais tarde, ainda estamos ali, passeando pelos canais. O botão de desligar é o único que nosso dedo parece incapaz de apertar. Continuamos olhando para a tela. Porém, normalmente não porque algo significativo tenha chamado nossa atenção, e sim porque não há nada interessante sendo transmitido.

Depois que somos fisgados, quanto mais trivial e mais sem sentido é a atração, mais intenso se torna nosso vício. Se isso fosse estimulante para o pensamento, motivaria nossa mente a pensar por si mesma de novo, o que é algo mais consciente e, portanto, preferível a um transe induzido pela televisão. Dessa forma, nossa atenção deixaria de ser prisioneira das imagens da tela.

O conteúdo da programação, caso apresente alguma qualidade, pode até certo ponto neutralizar, e algumas vezes até mesmo desfazer, o efeito hipnótico e entorpecedor da TV.

 Autor: Eckhart Tolle


Um ótimo final de semana!

J. R. M. Garcia

 


quinta-feira, 24 de março de 2022

PAZ


Em determinada passagem do Evangelho, Jesus afirma:

Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não vo-la dou como o mundo a dá.

Evidencia-se que a paz do Cristo é muito diferente da paz do mundo.

Para entender o significado da paz do Cristo, torna-se necessário refletir sobre o que habitualmente se concebe por paz.

Os dicionários fornecem inúmeros significados para esse vocábulo.

Por exemplo, identificam-no com ausência de guerra, descanso e silêncio.

Ocorre que o descanso e o silêncio, por si sós, não significam necessariamente algo bom.

Em uma penitenciária, no meio da noite, pode haver descanso e silêncio absolutos.

Mas é difícil sustentar que as criaturas que lá se encontram sejam pacificadas.

Em um charco as águas são paradas e há silêncio nele e em torno dele.

Contudo, não se pode ignorar a podridão que ali jaz oculta.

Também é possível que algumas pessoas sejam conservadas imobilizadas e em silêncio, por medo.

Determinada casa pode ser silenciosa e ordeira pelo pavor que o chefe da família inspira.

Entretanto, a submissão criada pela violência nada tem de desejável.

No âmbito internacional, ao término de uma guerra, frequentemente são impostas duras condições aos países derrotados.

Ocorre que uma paz que esmaga os vencidos contém em si o gérmen de futuras violências.

Também, não raro, percebemos coisas erradas acontecendo, em prejuízo dos outros e podemos preferir silenciar, a título de preservar nossa paz.

Assim, a paz, na concepção mundana, muitas vezes envolve opressão, preguiça e conivência.

Não causa espanto que a paz do Cristo seja diferente da paz do mundo.

Pode-se afirmar que a paz do Cristo constitui decorrência lógica da vivência de Seus ensinamentos.

Afinal, o Mestre afirmou que não basta dizer Senhor! Senhor! para entrar no reino dos céus.

É necessário efetivamente realizar a vontade do Pai Celestial.

Essa vontade encontra-se explícita nas palavras e nos exemplos de Jesus.

O céu a que se refere o Cristo não é um local determinado no espaço.

Trata-se de um estado de consciência em harmonia com as leis divinas.

A paz do Cristo não se identifica com a imobilidade.

É um sublime estado de consciência, feito de serenidade e harmonia.

É um profundo silêncio interior, que não depende das ocorrências do mundo.

Essa paz somente pode ser desfrutada por quem ama o progresso e trabalha efetivamente no bem.

Ela é muito trabalhosa e operante.

Reflete o estado de quem pode observar com tranquilidade os próprios atos.

Só se sente assim quem cumpre seu dever.

Não é um presente, mas uma conquista.

O seu gozo pressupõe esforço em burilar o próprio caráter, em crescer em entendimento e compreensão.

Apenas se pacifica quem procura desenvolver seus talentos pelo estudo e o trabalho constantes, e utiliza suas habilidades, na criação de um mundo melhor.

A paz do Cristo está à disposição de todos.

Porém, somente a desfruta quem pratica a lei de justiça, amor e caridade, estabelecida por Deus para a harmonia da Criação.

Pensemos nisso.


J. R. M. Garcia


quarta-feira, 23 de março de 2022

ROMPA O CÍRCULO DO ÓDIO

 


CÍRCULO DO ÓDIO

1 - O diretor de uma empresa gritou com seu gerente porque estava irritadíssimo.

2 - O gerente, chegando em casa, gritou com a esposa, acusando-a de gastar demais.

3 - A esposa, nervosa, gritou com a empregada, que acabou deixando um prato cair no chão.

4 - A empregada chutou o cachorrinho no qual tropeçara enquanto limpava os cacos de vidro.

5 - O cachorrinho saiu correndo de casa e mordeu uma senhora que passava pela rua.

6 - Essa senhora foi à farmácia para fazer um curativo e tomar uma vacina. Ela gritou com o farmacêutico porque a vacina doeu ao ser aplicada.

7 - O farmacêutico, ao chegar em casa, gritou com a esposa porque o jantar não estava do seu agrado.

8- Sua esposa afagou seus cabelos e o beijou, dizendo: Querido! Prometo que amanhã farei seu prato favorito. Você trabalha muito. Está cansado e precisa de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençóis da nossa cama por outros limpinhos e cheirosos para que durma tranquilo. Amanhã você vai se sentir melhor. Retirou-se e deixou-o sozinho com seus pensamentos.

 

Neste momento rompeu-se o Círculo do Ódio! Esbarrou na tolerância, na doçura, no perdão e no amor. Se você está no Círculo do ódio, lembre-se de que ele pode ser quebrado, e VOCÊ tem esse poder!!


Penso que nessa guerra, está faltando um grande líder que rompa esse círculo de ódio entre os governantes e cidadãos, como MAHATMA GANDHI brilhantemente o fez, usando a não violência.

Um ótimo dia!

J. R. M. Garcia




terça-feira, 22 de março de 2022

VALE A PENA LER E RELER ...

 

CONHECE-TE A TI PRÓPRIO E SERÁS IMORTAL ...

“Alguns séculos antes de Cristo, vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates. 
A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia. 
Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.

Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para o preservar da morte. 

O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranquilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.

Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.
Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:

Foge depressa, Sócrates!
- Fugir, por que? - perguntou o preso.
- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.
- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!

Foge depressa, Sócrates!
- Fugir, por que? - perguntou o preso.
- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.
- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!

Críton, achas que isto aqui é Sócrates? 
E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou: 
- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ...

E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.

Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:

- Já te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates ... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU MINHA ALMA...

Autor: Uberto Rohden;

Vale a pena ler e reler.....

J. R. M. Garcia

segunda-feira, 21 de março de 2022

BEM-VINDO OUTONO


 Alguns ventos levarão suas folhas embora, mas tudo bem!

No tempo certo, novas surgirão.


Tenham um bom dia.


J. R. M. Garcia


domingo, 20 de março de 2022

O DUELO DO BEM E DO MAL

 


O DUELO DO BEM E DO MAL
Com os sentimentos do bem e do mal, Há, dentro de nós, dizia Sócrates, Deuses e demônios em eterna batalha, Às vezes chega a cortes de navalha!
A luta estampada nos contos infantis, Chapeuzinho Vermelho contra o lobo mau, Branca de Neve frente à bruxa madrasta, Continua latente em nosso interior; Mesmo que o bem vença, o mal ele não castra.
Sentimentos de bondade, de compreensão, Sentimentos de inveja, de perseguição, São sempre voltados para uma outra pessoa, Mas, há o mal dentro de nós, como a vergonha, Que bloqueia o prazer, anula a energia risonha.
A vida é regida pela dualidade, Herói é o que consegue controlar suas emoções, Não virar fera, nem criancinha chorona, Vencer o mal pelo bem é o grande ensinamento, Florir a alma, recheá-la de bons pensamentos.
No Velho Testamento encontramos: “O homem que domina o seu ânimo Vale mais que um conquistador de cidades”, Aquele que não encontra Deus no seu coração, Não encontrará em nenhum templo, em nenhuma religião.
Autora: Izabel Sadalla Grispino
Tenham um ótimo domingo! J. R. M. Garcia

sábado, 19 de março de 2022

DESONESTIDADE INTELECTUAL

 



"No se puede ser más sincero. Lo importante en una persona es saber adaptarse a las circunstancias. Este hombre  (Mojica) en su humildad nos da una lección enorme de la vida." (autor desconhecido)

É o quê um autor anônimo disse sobre Mojica. Sim. É uma atitude emblemática, que joga por terra o cinismo das pessoas, a falsidade , o aproveitador, uma espécie de víbora que se enrola sob as cobertas caseiras, que vai passando o veneno lentamente até que apodreceria o indivíduo sem que se o mate. Uma espécie da veneno jogado com humor. A frágil víbora, por covardia, traça o perfil da falsidade nele mesmo. Desintoxicando-o e, a um só tempo intoxicando-o, converte-o em um zumbi. Será que Darwin diria:
Quem finge que ADAPTOU-SE o quê é?
Darwin preocupado com suas pesquisas não lembrou disso. 

TODOS POLÍTICOS BRASILEIROS ADAPTARAM-SE A ESSA FILOSOFIA.

Mesmo assim, não se pode olvidar, ainda, a figura da desonestidade intelectual, cujos efeitos danosos são equivalentes, pois criam e destroem mártires em pouco tempo. Se quem divulga uma notícia não tem conhecimento da verdade, sua situação é de apenas ignorância. Porém, se o sujeito estiver consciente que pode ser uma inverdade, mas não a verifica, transmitindo-a, ele também comete uma desonestidade intelectual.

Um ótimo final de semana!

J.R.M. Garcia


sexta-feira, 18 de março de 2022

SANTO AGOSTINHO


 

"É o olhar característico do amor que torna a pessoa sensível e atenta para perceber os sinais e demonstrações de afeto, por mais pequenos que sejam ou que, aparentemente, assim o sejam, que fazem nascer no coração um fundamental sentido de reconhecimento em relação à vida e aos outros".

 (Santo Agostinho)

 

J. R. M. Garcia.