quinta-feira, 29 de novembro de 2012

=PLANETA DESAJUSTADO= TÍTULO Iº

FAVELAS =  PRÉDIOS  DE  ALTO PADRÃO  FINANCEIRO  = CLUBES  CARÍSSIMOS

Necessito de duas crônicas consecutivas para expor o que tentarei fazê-lo aqui. Preciso da paciência de vocês.
Não é fácil explicar o que vou tentar explicar. (redundância perdoável e proposital !)
Procurarei ser objetivo.
No primeiro título tentarei achar os parâmetros do porquê o planeta alterar-se fundamentalmente em seu tecnicismo. No segundo, buscarei mostrar o efeito desta mudanças no ser humano e suas graves consequências.

Terminada a chamada “guerra fria”, uma quantidade imensa de bens manufaturados foram lançados ao mundo. Aviões   supersônicos, foguetes interplanetários, Internet, telefonia celular, controle remoto de aviões, satélites artificiais, GPS, televisões intercontinentais, fogões micro-ondas, freezer em todos tamanhos, automóveis semi-controláveis, máquinas de lavar, de passar, ligas metálicas de toda ordem, maquinas inteligentes e imensas, enormes navios quase auto-dirigíveis, o automatismo apoderou-se do mundo, incomensuráveis investimentos foram feitos em estradas, pontes, vias férreas, insumos e defensivos agrícolas para a agricultura, técnicas médicas atingiram o inimaginável e, enfim, o mundo transformou-se em vinte anos.
 Digamos que, em trinta anos tudo isso, estas “facilidades” caíram sobre o globo. Uma espécie de mágica remodelou o planeta em todos aspectos.
   O que aconteceu aqui, em um período pequeno de tempo, não aconteceu nos cem últimos anos. 
 Qual o efeito destas maravilhas técnicas implantadas em profusão na terra ?
DESPREPARO  TOTAL  DA SOCIEDADE FRENTE AS MODIFICAÇÕES  TECNOLÓGICAS DO MUNDO ATUAL

Evidentemente a Sociedade não estava preparada para estas modificações no curto espaço de três décadas. Há trinta anos passados o mundo não é esse que agora vemos e nele vivemos. A transformação foi imensa. Mesmo aqui, nesta AL atrasadinha, a coisa foi gigantesca.
 Se por um lado a evolução tecnológica foi explosiva e gigantesca, o ser humano não conseguiu acompanhá-la.
 Tal qual o silvícola assustava-se diante de um tiro de canhão primitivo nas praias primevas das costas da América, o mesmo ocorre hoje a aquele que, usando de um jato, nada sabe do funcionamento de sua turbina. E, socialmente, o susto é o mesmo. Em Ribeirão Preto (fato ocorrido) um plantador de cana, chegando a Europa horas após ter deixado Guarulhos, telefonou aqui e soube que não estava chovendo em suas plantações e completou na mais santa ingenuidade: “Cumpanheiro ! A chuva que tá aqui vai chegar mais tarde aí. O tempo aqui está muito mais “embruscado” do que esse solão aí....” Ele não sabia a dimensão da terra. Não sabia a que distância estava de sua fazenda. Para ele, que fora dormindo, a viagenzinha fora pequena. A distância não lhe fazia sentido.  O clima, a diversidade local, era-lhe igual.
 Percebem ?
A guerra, que dentro de alguns meses, vai explodir no Irã, chegará em segundos aqui através da alta do petróleo, da alteração nas bolsas, na mudança de ritmo das operações internacionais, na alta do dólar, na diminuição do consumo das viagens de lazer.  Nós não saberemos o quê está acontecendo, mas sofreremos seus efeitos instantaneamente.
Não estamos preparados para o próprio mundo que criaram para nós. E nem eles, que o criaram, estão preparados.
Por exemplo. Tentei agora mesmo ligar o som aqui e não consegui. Sei que há um corretor de texto deste Lep que funciona, mas não conheço os processos como ele age.
E toda esta somatória incrível, inimaginável de fatos vão se acumulando em um deslocamento quase inteiro de nós mesmos.
Assim, o mundo foi sempre sistêmico. Mas agora, além de sistêmico ele é instantâneo. Em cada 20 minutos tudo pode estar diferente, é o que diz a propaganda de uma rádio. E é verdade purinha.
Há um descompasso entre o ser humano e a tecnologia avançada que ele está a usar.
Esta crônica continuará na seguinte, no dia de amanhã, sábado. Com o mesmo título e com o número IIº. 
Uma boa tarde Amigos. Espero que gostem. E aguardem a próxima crônica completando esta. 
J. R. M. Garcia.