OS DOIS
Indiscutivelmente, fatos aleatórios sempre foram determinantes em
decisões históricas em todo mundo.
Foi assim no suicídio de Getulio Vargas aqui no Brasil; no início da
Segunda Guerra mundial em Saravejo, que vitimou o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro; no assassinato de Júlio Cesar em Roma em priscas eras; no assassinato de
João Pessoa na Confeitaria Glória, no Recife, e a revolução de 1930 etc.
E, agora, qual a semelhança da morte estúpida de um jovem candidato
cheio de vida às vésperas das eleições?
Marina.
ELA
Carismática, evangélica, uma biografia impoluta e incriticável, com um
invejável capital eleitoral em 2010 e teve 27% das intenções de votos no Data
Folha de abril, quando nem era candidata.
Agora, com a comoção nacional na vice de seu candidato a presidência, na
inspiradora figura do finado Eduardo Campos, no acompanhamento do realmente
lamentável e triste funeral, como será a reação do eleitorado?
Será um sepultamento sem discursos. Tolo daquele que o fizer. Nada há a
dizer sobre tão pungente tragédia. O
destino pintou com as piores cores a drama de cinco filhos órfãos, uma viúva e mãe
inconsolável. A “vingança” deste funesto fadário, emocionalmente, seria os
votos sobre o esquife e guiada pelas mãos da vice-candidata.
Que seja para o PSB apenas um ritual de passagem para Marina -e disso os
cartolas do partido sabem- mas a força da imagem sóbria e comovedora da
Candidata terá uma energia imagética gritante frente às urnas.
Vamos aguardar.
Um ótimo fim de semana a todos vocês.
Abraços.