quarta-feira, 20 de agosto de 2014

= MUITAS MORADAS =

RUA PAISSANDU (Flamengo)

      Sou sem teto, como sabem. Vivi grande parte da vida em colégio interno, repúblicas e hotéis. De residência fixa apenas fiquei no período em que os filhos cresciam. De resto, sou hoje um peregrino. Verdade.
     Estou no Rio e, depois vou para Belém e, de lá, talvez, Passos ou Ituiutaba.
      Aqui, no passado, sede do BNDS e IRGA, tive muitos problemas jurídicos. Vinha muito ao Rio cuidar destes atendimentos.
      Sempre me instalo em um único local.
    No Rio hospedo em um hotel curioso, até certo ponto.
    O prédio foi feito para um mosteiro nas três últimas décadas de 1.800. Aqui sagraram-se freiras, vindo até o início de 1900 onde, parece, foi um quartel da polícia. E, de 70 anos para cá, tornou-se hotel. Modernizaram seu interior. Hoje é tombado o elevador e a fachada pela Prefeitura.
HOTEL PAYSANDU

          Ele fica no principio da rua Paissandu. O nome é o mesmo da rua, mas grafado diferente, PAYSANDU.
   Aqui, em 1.950, hospedou a Seleção do Uruguai, a que marcou aquele único gol famoso, que Barbosa deixou passar e perdemos a Copa do mundo. Nada que valha a derrota fragorosa que sofremos nos últimos jogos desta copa. Sete a um foi demais, não é assim ?
     Uma das características do hotel que sempre é a mesma, são os serviços culinários. Sempre excelentes.
    Mas é tudo igual. A rua bucólica como sempre, muitas árvores e palmeiras plantadas, tendo na esquina com a Senador Feijó o eterno restaurante “Garota do Flamengo”
   Aqui temos o gentil, amável e prestativo Gerente Hermes Polonini.
     Logo, talvez não seja um sem teto tão sem teto assim.  Talvez tenha muitas moradas diferentes.
      Tenham um ótimo fim de semana, amigas(os)
         J. R. M. Garcia.