RUA PAISSANDU (Flamengo)
Sou sem teto,
como sabem. Vivi grande parte da vida em colégio interno, repúblicas e hotéis.
De residência fixa apenas fiquei no período em que os filhos cresciam. De
resto, sou hoje um peregrino. Verdade.
Estou no Rio e, depois vou para Belém
e, de lá, talvez, Passos ou Ituiutaba.
Aqui, no passado, sede do BNDS e IRGA, tive muitos
problemas jurídicos. Vinha muito ao Rio cuidar destes atendimentos.
Sempre me instalo em um único local.
No Rio hospedo em um hotel curioso, até
certo ponto.
O prédio foi feito para um mosteiro nas
três últimas décadas de 1.800. Aqui sagraram-se freiras, vindo até o início de
1900 onde, parece, foi um quartel da polícia. E, de 70 anos para cá, tornou-se
hotel. Modernizaram seu interior. Hoje é tombado o elevador e a fachada pela
Prefeitura.
HOTEL PAYSANDU
Ele fica no principio da
rua Paissandu. O nome é o mesmo da rua, mas grafado diferente, PAYSANDU.
Aqui, em 1.950, hospedou a Seleção do Uruguai, a que marcou
aquele único gol famoso, que Barbosa deixou passar e perdemos a Copa do mundo. Nada
que valha a derrota fragorosa que sofremos nos últimos jogos desta copa. Sete a
um foi demais, não é assim ?
Uma das características do hotel que sempre é a mesma, são os
serviços culinários. Sempre excelentes.
Mas é tudo igual. A rua bucólica como sempre, muitas árvores
e palmeiras plantadas, tendo na esquina com a Senador Feijó o eterno
restaurante “Garota do Flamengo”
Aqui temos o gentil, amável e prestativo Gerente Hermes
Polonini.
Logo, talvez não seja um sem teto tão sem teto assim. Talvez tenha muitas moradas diferentes.
Tenham um ótimo fim de semana, amigas(os)
J. R. M. Garcia.