CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia)
chiqueiro
Alguém
tem de ter coragem para dizer, mesmo que seja em um humilde Blog como este.
Pobres
em que?
Em
tudo.
Mentiram
a nós (brasileiros) tanto sobre nossa história como sobre nosso país). Nestas
mentiras passamos a acreditar que o Brasil é rico mas que é explorado. Primeiro
pela colonização e agora pela má gestão e corrupção.
Sob
certo aspecto até seria bom se fosse verdade, pois se assim fosse
conseguiríamos, em algum tempo, ver-nos livres desta exploração estrangeira.
Mas,
com poucas, reflexões estes fatos são desmentidos.
PRÉ
DESCOBRIMENTO
Voltemos
no tempo. Ano 1.400. As Américas ainda virgens e não descobertas.
“Passemos
os olhos” pelos territórios, desde a América do Norte até a Patagônia.
No
que é hoje o território brasileiro veríamos nativos que, comparados às demais
civilizações nativas do resto da América (Latina, Central e do Norte), eram os
menos laboriosos.
Pensem
na Civilização Inca. Ou nos Astecas ou nos Maias.
Não
há como compararmos os feitos, avanços, estrutura social, conhecimentos de
geometria, astrofísicos dos demais povos nativos das Américas com os nativos
que habitavam o que então seriam nossos território brasileiro.
Os
nativos “brasileiros”, no momento da descoberta do Brasil, eram compostos por tribos seminômades que subsistiam de caça, pesca e
coleta e da agricultura itinerante. Uma existência muito primitiva e muito
atrasada em comparação com os demais nativos do resto da América.
Aqui
não se encontra pirâmides construídas como os Astecas fizeram, não houveram
cidades como Macho Picchu. Nada.
Os
nativos viviam uma economia de subsistência.
Assim,
antes do descobrimento, o que é hoje o território do Brasil, já era a “região”
mais pobre e menos desenvolvida da América. E destruímos a árvore que nos deu o
nome. Até nisso !
DESCOBRIMENTO
Cheguemos,
agora, no descobrimento.
Fomos
colônia. É certo. Mas a pergunta é: colônia de quem?
Portugal. Ai que desgraça !
Afora
o início das “grandes descobertas” Portugal tornou-se, rapidamente, ainda no
século XVI, a nação colonizadora mais atrasada e produtiva do velho continente.
Os
fatos falam por si: qual o grande cientista português? Qual o pintor
reconhecido internacionalmente? Quem foi o músico que Portugal produziu? Quem é
o filósofo português? O autor? O corpo de balé? A ópera portuguesa? Até a
música popular é um lamento.
Portugal
teve seu Volteire? Shakaspeare? Cervantes? Newton? A língua inglesa é falada no mundo inteiro e possui uma tradição com
grandes artistas, entre escritores, poetas e dramaturgos – de Shakespeare e
Dickens a premiados escritores contemporâneos – que contribuíram em grande
parte para a riqueza da língua inglesa.
Várias
regiões e cidades têm associações com grandes artistas, escritores e músicos
ingleses, tais como Stratford-upon-Avon (William Shakespeare), Lake District
(William Wordsworth), Stroke-on-Trent (Arnold Bennett), Haworth (as irmãs
Bronte), Dorset (Thomas Hardy) e Cotswolds (Laurie Lee); Essex e Suffolk (John
Constable) e Salford (L.S. Lowry); e Worcestershire (Edward Elgar), Aldeburgh
(Banjamin Britten), Liverpool Abbey Road
(The Beatles).
Para
citarmos os luminares ingleses, holandeses e franceses precisaríamos um livro.
E
as colônias de Portugal pelo mundo. Todas fracassaram. Saímos correndo de
nossas colônias.
RESULTADO?
Assim,
a conjugação do território mais “atrasado” da América com o colonizador menos
desenvolvido da Europa resultou nisso: no Brasil. Somos filhos miseráveis de um país paupérrimo.
POBRE PELA PRÓPRIA NATUREZA?
Essa é a maior mentira.
Vamos
fazer uma conta simples.
O
território do estado do Amazonas tem 1.571.000 kms.
O
território do estado do Pará tem 1.248.000 kms.
O
território dos estados do Nordeste têm 1.558.000 kms.
Somemos:
4.337.000 kms.
Amazonas
e Pará são estados que não poderão ser “aproveitados”. São o “pulmão do mundo”
e certamente a ocupação agrícola e mineral será muito limitada.
O
nordeste, como todos sabemos, padece de rigor climático que o condena ao
subdesenvolvimento.
Assim,
do alardeado “tamanho” do Brasil (8.515.767 kms.) resta “aproveitável” somente
4.178.767.
Isso
incluindo a região do Pantanal que, de fato, tem um subproveitamento.
O
Brasil, aproveitável, não é grande como pensamos.
Disso tudo, desta “base
geológica” e “ecológica”, somos o resultado.
Compreenda,
leitor: não há crítica, não há desdoiro nem muito menos acusação.
Se
aqui os nativos que antes nos habitaram eram “atrasados” e viviam em uma economia de
subsistência, não há culpa (nem moral nem de etnia) deles. Assim viviam porque
assim era a única maneira que o “território” lhes permitia. Adaptaram-se ao que podia a “plataforma
ecológica”.
Não eram indolentes ou degenerados
em genética.
Foram
o que podiam ser no território que habitavam.
Idem
Portugal. Um pequenino país, digno de mérito pelo esforço, mas pobre.
Negar
isso seria negar Darwin.
Desta
formação, então, INICIAMOS o Brasil e aqui estamos.
Sem
talentos, sem capacidade de trabalho, sem espírito cívico, sem coragem, em
terras de difícil exploração. Embora pareça que não, nosso solo, quando
não é cerrado é nossa “ floresta” (uma vez derrubada não volta a nascer,
enquanto em outros territórios mais férteis de outros países rebrotam
rapidamente).
Veja
o exemplo da Serra do Mar. Uma vez destruída não se refez nos últimos 400 anos.
Minas, nosso interior é um estado tão pobre que, mesmo com adubos nada viceja.
A primeira estação de chuvas leva todo adubo. Até o Velho Chico está secando. A
bacia amazônica é tão terrível, que até hoje não conseguiram mapeá-las e sua
floresta está em extinção. Extinção para uso de pastos, os quais, cinco anos
depois, terão novamente de ser novamente adubados.
Somente
um exemplo: no interior dos EUA, nas planícies habitavam mais de 80 milhões de em
pastagens naturais, quando ali chegou o homem branco. É mais do que hoje, 500
anos após, representa três vezes nosso rebanho atual, a custa de remédios,
adubos, fazer e refazer pastos. E mais: lá havia os
, cavalos
selvagens de ótima qualidade. Os selvícolas tinham tendas de couro, organização
social complexa e formaram uma verdadeira federação para enfrentar a
colonização. O capim que aqui nasce é todo oriundo da África. Nada é
natural. Tudo artificial. O capim natural daqui não era comestível por
animais, senão por capivaras, tatus e bichinhos de pequeno porte. Um
búfalo é tão forte que mata em 10 minutos um boi destes nossos. E tinha mais:
ursos pardos e negros e bando inumeráveis de lobos selvagens.
As
florestas artificiais que vemos hoje aqui, são apenas de eucaliptos, madeira
frágil e somente surte algum efeito porque é tratada.
O
solo é pobre, a vegetação é pobre, o sertanejo é um pobre fraco.
Faça
um pequeno esforço de memória e veja se consegue lembrar de uma mente criadora
aqui no país. Além do carro de boi e da carroça, o que foi feito? Carrinhos de
mão? Padiola? Teares de madeira, roca. Não criamos nada. Chegamos aqui e
ficamos no estágio anterior aos egípcios até um século atrás. Nem uma máquina de
costura. O que desenvolvemos foi oriundo de criações alheias, vindo de
longínquas terras. Do automóvel ao avião, nada se deve a nós. Remédios não
passamos de curandeirismo advindo de índios, sendo os remédios todos modernos,
TODOS, de origem estrangeira.
Mas
faça, com experiência, o inverso.
Procure
um herói nacional. Um. Tiradentes mais parece uma vítima traída pelos seus
covardes companheiros a ponto da esposa de um destes enlouquecer do espírito
miserável de seu ex-amigo. Isso de Duque de Caxias ! O que se sabe é foi o
carrasco do Paraguai, matando crianças e mulheres golpe de espadas, pois
indefesos. Quando viu aquele povo tão miserável já sendo moído por Solano Lopes,
pediu para deixar a chefia da incursão e retirou-se para a vida gostosa e
folgada do Rio de Janeiro. Aí está nosso grande herói.
ESTA É A
LISTA DAS OIRGANIZAÇÕES AGRACIADAS COM O NOBEL.
90% norteamericanas
16. ,
Paz, 1963
ESTA
A LISTA DOS AGRACIADOS PELO NOBEL NA ARGENTINA
Brasil.
NENHUM.
Perseguição?
Eh! É. Deve ser.
A
grandeza do café e de outras culturas aqui foi resultado da escravidão, o
que destruiu a Serra do Mar, plantando de forma errada esta maneira burrada, de
trilhar a água de descida. Será que os “coronéis” imaginavam que água subia
quando chovia. E o aluvião também?
Você
quer saber de mais uma?
D.
João VI não limpava a bunda. Faziam-nos os escravos. E banho? Um a cada 3
meses. Fedia à distância.
Aliás.
O Rio de Janeiro fedia, pois os escravos carregavam em seus ombros nus, à
noite, as bostas fétidas que os brancos cagavam escorrendo sobre suas cabeças.
Não
se conhece na História tal tratamento dado seja em que raça for.
Enquanto
isso nos EUA Abrahan Lincoln lançava muito antes a ferrovia transcontinental,
isto depois de quatro anos de guerra interna tentando unir o país durante
terríveis anos.
Mas
antes de Lincoln, em 1776 os EUA já tinham feito sua independência e promulgado
sua Constituição.
Mas
esta não é nossa pobreza -desculpem-me os patrícios- é a pobreza
moral que habita nossa alma.
Nossos
arquétipos permanecem em nosso espírito aqui e ali.
“SOMENTE OS MILÊNIOS ENCARREGARÃO DE DESFAZER”
JUNG
PORQUEIRA
FINAL
NÃO
PRECISA DIZER NADA. QUEM NÃO VÊ É CEGO.
PORÉM, SEM CULPA.
SOMOS
VÍTIMAS E CARRASCOS DESTES ARQUÉTIPOS QUE HÁ MILHARES DE ANOS FOI GERADO EM
NÓS. (Jung)
SEM
CURA.
OBS: SALA VIP DO AEROPORTO DE BRASÍLIA GRATUITAMENTE AS "OTORIDADES"