CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia)
MARACANÃ ASCENDENDO A PIRA
GISELE CAMINHANDO A RAMPA
OLIMPÍADAS
Não assisti tudo. Muitas nações.
Parece que não se acabava mais. Nunca pensei que o mundo fosse tão grande e as
dimensões de suas fronteiras tão imensas.
Que espetáculo vi?
Magnífico!
Ali, eu imagino, está representada
a síntese de todo universo humano.
E de que forma estavam?
Com as cores, a indumentária, os
modos de seus países. De turbantes alguns, descalços outros, lenços na cabeça
muitos, saias (longas saias para homens e mulheres), ternos e gravatas uns
poucos. Loiras, morenas, pretas, lindas algumas outras nem tanto. Polônia era o
país de traje mais lindo. As kenianas as mais lindas.
A maior delegação era dos EUA, de
terno e informal esporte azul e branco.
A Rússia desfalcada na metade de
sua delegação, tinham um sorriso contido nas faces. Certamente lembrando seus
colegas atletas que foram impedidos de competir.
O Japão portando em cada mão uma
bandeira do Brasil com sua natural reverência e agradecimento ao país sede
destas Olimpíadas.
Posso dizer que, em minha
ignorância, não consegui distinguir 20% das nações.
Delegações pobres com no máximo
seis pessoas. Uma nação de menos de seis pessoas, refugiados que chegaram parte
à nado no continente europeu.
Negros de tribos africanas e ilhas
perdidas no Pacífico, que, pelo seu pequeno número, deixa uma mensagem de fé no
ser humano.
Toda etnia do planeta. Não havia
um só lugar no Maracanã na plateia e no seu campo.
Uma flor aberta para o céu.
Sorrisos!
Alegria!
Danças, cantorias informais!
Fé!
Uma esperança de amor.
Esse bordado vivo, desfilando aqui
com liberdade e esperanças, na forma que em suas nações permitem, é o Brasil,
somos nós sem tirar nem por. Uma miscelânea de cores, gente e cantos.
Onde vamos?
Não sei.
Um ótimo fim de semana com a festa
do esporte.
J. R. M. Garcia.