RESPOSTA A LEITORES (CRÔNICAS E CONTOS ) Garcia
RESPOSTA A LEITORES SOBRE "BLOCKCHAIN", ÚLTIMA CRÔNICA DO BLOG
UNIVERSO VIRTUAL
Com muita
atenção e propriedade, dois leitores indagaram-me sobre a matéria desta
crônica, postada dia 24/04/2017. Denotavam interesse e muito maior entendimento
do que este humilde “blogueiro” aqui sobre matéria de computação.
Questionaram-me
sobre três assuntos bem objetivos.
1) Qual o órgão
que afiançaria a moeda nominada "BLOCKCHAIN";
2) De que maneira
esta moeda teria credibilidade no meio bancário;
3) De que forma
esta moeda seria regulamentada.
Amigos.
Em primeiro
lugar faço questão de aclarar um fator, ou seja, nada entendo de computação e
vocês estão muito mais aptos para falar disso do que eu.
Responderei
pela ordem acima.
1º- Não existe um órgão fiador da moeda
"BLOCKCHAIN". Nada que a lastreie. Nada que a
avalize. Nada que a dê como real, visível ou palpável. Lembremos: ela é
virtual. Arriscaria dizer que seria uma “singularidade”, tal seja, uma
“imposição categórica” de demanda. E para isso a WEB já alcançou proficiência
absoluta, como bem demonstra a rede bancária existente hoje no mundo.
2º- Faço questão de ressaltar aqui, que
o meio bancário é uma excrescência que se apoderou das operações financeiras
cobrando taxas, valores, repasses de moeda, tarifas, juros e afinal os
banqueiros regulamentaram a economia capitalista. Mas banco não é invenção de
banqueiros. Não. Banco foi criado por carta ou ordem de pagamento, que se
converteram em cheques, transporte de valores e que depois se associou ao
Estado ou dele se apoderou, cobrando impostos, roubando e escravizando
boa parte da população. Banqueiro não criou nada. Quem criou foram comerciantes
de uma passado remoto. Deste modo, esta moeda o "BLOCKCHAIN",
não terá credibilidade alguma, mas contendo em si mesma a única e verdadeira
credibilidade possível. Perguntará: qual? A cultura de um povo e seu grau de
influência e uso destes fatores globais como a água, o carbono, número de
patentes, qualidade de vida de seu povo, número e excelência de suas
universidades, condução da coerência de sua política, transparência de gestão
de suas empresas etc. Algo parecido como foi a Suíça em outros tempos.
3º- É interessante notar que esta moeda
já existe e é regulamentada por fatores do mercado. Como assim? Simples assim.
Empenhos negociais caucionando fatores de aplicativos sobre ativos líquidos. Um
exemplo prático. Há nichos pequenos onde poucos são os que neles comercializam.
O seleto mercado de patentes criando processos de gestão, de estratégia,
de logística bélica, segurança, controle, expansão comercial etc. A estas
sinecuras basta a assertiva de que um grupo tem um “quantum” de valor líquido e
a operação é feita. Tal qual um afamado escritor vende um romance que sequer
está nem esboçado, mas existe em seu cérebro, assim é a credibilidade de uma
criação. Um destes escritores endividados foi Fiódor Dostoiévsk. A pessoa, o
grupo, a empresa tem de criar e sua criação e “cumprimento de sua palavra”, é a
própria fama de sua criação.
Esse, meus amigos, será o mundo de
amanhã.
Espero ter-lhes feito mais clara minha
explanação no ponto que solicitaram.
Abração.
J. R. M. Garcia.