quarta-feira, 26 de abril de 2017

RESPOSTA A LEITORES (CRÔNICAS E CONTOS ) Garcia

   RESPOSTA A LEITORES (CRÔNICAS E CONTOS ) Garcia

RESPOSTA A LEITORES SOBRE "BLOCKCHAIN", ÚLTIMA CRÔNICA DO BLOG

UNIVERSO VIRTUAL

 Com muita atenção e propriedade, dois leitores indagaram-me sobre a matéria desta crônica, postada dia 24/04/2017. Denotavam interesse e muito maior entendimento do que este humilde “blogueiro” aqui sobre  matéria de computação.
Questionaram-me sobre três assuntos bem objetivos.
1)  Qual o órgão que afiançaria a moeda nominada "BLOCKCHAIN";
2)  De que maneira esta moeda teria credibilidade no meio bancário;
3)  De que forma esta moeda seria regulamentada.
Amigos.
Em primeiro lugar faço questão de aclarar um fator, ou seja, nada entendo de computação e vocês estão muito mais aptos para falar disso do que eu.
Responderei pela ordem acima.

1º- Não existe um órgão fiador da moeda "BLOCKCHAIN".    Nada que a lastreie. Nada que a avalize. Nada que a dê como real, visível ou palpável. Lembremos: ela é virtual. Arriscaria dizer que seria uma “singularidade”, tal seja, uma “imposição categórica” de demanda. E para isso a WEB já alcançou proficiência absoluta, como bem demonstra a rede bancária existente hoje no mundo.  

2º- Faço questão de ressaltar aqui, que o meio bancário é uma excrescência que se apoderou das operações financeiras cobrando taxas, valores, repasses de moeda, tarifas, juros e afinal os banqueiros regulamentaram a economia capitalista. Mas banco não é invenção de banqueiros. Não. Banco foi criado por carta ou ordem de pagamento, que se converteram em cheques, transporte de valores e que depois se associou ao Estado ou dele se apoderou,  cobrando impostos, roubando e escravizando boa parte da população. Banqueiro não criou nada. Quem criou foram comerciantes de uma passado remoto.  Deste modo, esta moeda o "BLOCKCHAIN", não terá credibilidade alguma, mas contendo em si mesma a única e verdadeira credibilidade possível. Perguntará: qual? A cultura de um povo e seu grau de influência e uso destes fatores globais como a água, o carbono, número de patentes, qualidade de vida de seu povo, número e excelência de suas universidades, condução da coerência de sua política, transparência de gestão de suas empresas etc. Algo parecido como foi a Suíça em outros tempos.

3º- É interessante notar que esta moeda já existe e é regulamentada por fatores do mercado. Como assim? Simples assim. Empenhos negociais caucionando fatores de aplicativos sobre ativos líquidos. Um exemplo prático. Há nichos pequenos onde poucos são os que neles comercializam.  O seleto mercado de patentes criando processos de gestão, de estratégia, de logística bélica, segurança, controle, expansão comercial etc. A estas sinecuras basta a assertiva de que um grupo tem um “quantum” de valor líquido e a operação é feita. Tal qual um afamado escritor vende um romance que sequer está nem esboçado, mas existe em seu cérebro, assim é a credibilidade de uma criação. Um destes escritores endividados foi Fiódor Dostoiévsk. A pessoa, o grupo, a empresa tem de criar e sua criação e “cumprimento de sua palavra”, é a própria fama de sua criação.

Esse, meus amigos, será o mundo de amanhã.
Espero ter-lhes feito mais clara minha explanação no ponto que solicitaram.
Abração.
J. R. M. Garcia.