sexta-feira, 29 de abril de 2016

CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia) =O UNIVERSO E O HOMEM=

O UNIVERSO E O HOMEM  (II)

Agora, há dois meses, vendo a explosão de 570 bilhões de sois em um único segundo, é de pasmar. Quase de enlouquecer. Imagine uma explosão que brilha com a energia de 570 bilhões de vezes maior do que o Sol. E é 10 a 20 vezes maior que o total emitido por todas as estrelas da Via Láctea juntas. Foi o que permitiu sua detecção imediata, mesmo a uma distância de 3,8 bilhões de anos-luz de nosso planetinha. 
Agora, há um mês, assustadoramente, prova-se a detecção das "ondas" magnéticas, o fenômeno foi previsto há 100 anos. Nesta semana, pesquisadores anunciaram esta descoberta fantástica e complicada. Eles detectaram ondulações -como se fosse um oceano- no tecido que forma o universo. Um fenômeno que foi previsto por Einstein há cem anos e que abre uma nova Era para a astronomia. O que os pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) encontraram essencialmente foram "distorções no espaço e no tempo", causadas sempre por um par de objetos com massas imensas interagindo entre si. O espaço, que para Newton era plano é, agora, vago e dependente dos fenômenos de “ondas gravitacionais”. Não funciona mais como um relógio, mas ao sabor destas ondas magnéticas. 
Pergunto-me: a Ciência caminhou e as religiões, hoje em vigor, no mundo? Caminharam? E nossas instituições estão caminhando ou estão na mesma marcha dos últimos 300 anos?
E os homens? Transformaram seus sentires ou são os mesmos de milhares de anos?
Alguns possuem mais de 100 bilhões de neurônios e outros menos?
Ficaram paradas -religiões, instituições e homens- buscando a assertiva de um ato de fé, seguindo rituais alguns estranhos, outros tolos e inócuos, porém todos teatrais.
Dentro da busca científica, tudo no universo demonstra uma evolução lógica trabalhosa em busca de padrões em determinação de um campo racional, tanto em enormes grandezas como em diminutas.
E onde isso leva?
Leva a uma Lei universal única ou múltipla, capaz de trazer Deus aos corações de todos nós, apontando nossa insignificância frente ao universo sem preocupações éticas, balizando em eventualidades provadas, na crença que Deus mesmo pode gerir-se sem o ser humano, seja este de que forma for. Ou ao contrário, negar tudo isso. 
Santo Agostinho, em um lapso de luz,  lá nos anos 300 vê a graça como um ato de vontade que, independe do bem e do mau, gera infelizes e felizes sem qualquer preocupação moral, ética ou anímica, a causal ou motivada. Chegou perto, mas longe demais de uma realidade tal qual quase dois mil anos passaram.
Procure Deus com seu cérebro. Ele pode estar aí, mas busque seu entendimento na Ciência, onde luz especial alguma existe, apontando seu caminho e saiba que, com seu amor a Êle, somente pode servir à sua solidão.  Ele é uma causa incausada. Talvez uma Lei que sequer saiba que exista, mas que gere o mais ínfimo átomo até bilhões de sois.
Mas, é claro, faça o melhor que puder de sua fé.
Contudo, a Ciência é “caminho de Deus”.
Mas sei que ninguém lerá esta crônica. 
J. R. M. Garcia.
<martinsegarcia@uol.com.br>

quinta-feira, 28 de abril de 2016

CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia) -O UNIVERSO E O HOMEM-

O  UNIVERSO  E  O  HOMEM


Há 100 000 000 000 de galáxias no Universo.
Imagine! De galáxias com milhões de sois como o nosso.
Segundo estudos de astrofísicos da universidade norte-americana Harvard, existem pelo menos 17 bilhões de planetas parecidos com a Terra apenas na ViaLáctea. Se ampliarmos a pesquisa para qualquer tipo de planeta (como os parecidos com os gasosos do Sistema Solar), os astrônomos calculam cerca de 100 bilhões de planetas. Já o número mais aceito de estrelas no Universo é da ordem de 70 sextilhões (10^22). E as estimativas indicam que há cerca de 100 bilhões (10^11) de galáxias.
É muita coisa, não é ? Isso mensurado em volume transtorna qualquer um.
E nosso cérebro ?
Nada menos que 100 bilhões de neurônios.
Cem bilhões para cada um fazendo besteiras, nulidades, crimes, horrores, idiotices, crime de toda ordem.
Por que qualquer forma de onda, (a luz por exemplo), tem o limite de velocidade determinado em  299 792 458 m / s?
A essa velocidade o espaço termina.
Como e por quê? Sem espaço....., como a onda de luz poderia existir?
Porque a esta velocidade a luz se transforma em matéria densa.
Isso, é o que somos. A terra, nuvens, água, o ser humano, os animais irracionais, é matéria densa. Não mais que isso.
E o que somos com estes 100 bilhões de neurônios vagando neste planetinha?
E pensar que todo este universo conhecido foi criado em um segundo, quando tudo era ainda somente luz,  cujo som reverbera ainda nos mais longínquos  rincões.
.......
A História continua.
J. R. M. Garcia.


quarta-feira, 27 de abril de 2016

BORGES E GARCIA = CRÔNICA E CONTOS = COITADO DA DILMA !

BORGES e GARCIA = COITADA DA DILMA ! =


Coitada desta mulher !
Será que seus amigos pessoais não enxergam que ela tem de ver-se livres destes encargos. Por quê, com amizade e modos, não a aconselha  abandonar este cargo ?
Ela não tem competência nenhuma. Nada vê. Nada sabe. Nem os princípios fundamentais dos princípios republicanos nunca os leu.
Eles, os mais próximos, são os que por amor a Deus e a ela, teriam a obrigação de dizer-lhe que é totalmente incapaz desta aventura. É quase uma mongoloide no trato destes assuntos de estado.
Poderia ser dona de uma pensão, de um restaurante, de um posto de gasolina em um subúrbio. Nada que fosse complexo demais. Sua compreensão e inteligência não alcança.
Vocês, que são amigos dela, muitas vezes íntimos, ficam a estimulá-la neste sofrimento que ela não pode entender.  O interesse é muitas vezes de vocês mesmo,  que gozam da benesses do cargo, estimulando-a nesta via crucis. E sabem, espertos que são, que ela nesta doideira está causando grande mau a nação, mas de igual forma insistem em seus cargozinhos miseráveis agarrados a um pau de sebo.
Dilma !
Tenho muita pena de você. Não ouça estes malandros dizendo-a competente. Desista disso. Vá para casa e descanse.
Boa semana.
J. R. M. Garcia.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia) = IGREJINHA AZUL =

CRÔNICAS E CONTOS (Borges e Garcia)

IGREJINHA AZUL 



Da janela de meu apartamento, que é uma torre, vejo os limites da cidade e bem além, as serranias que a cercam. É pequenino, mas a amplitude da visão larga, exceto para o lado norte.
Nesta vastidão, entre o pôr e o nascer do sol, vejo muito da cidade.
E aqui perto, logo fora do condomínio, vejo uma pequena igrejinha azul. Pequenina mesmo. As vezes há culto por lá. Outras não. Quando há algum cerimonial, o que é raro, ela encanta-se com luzes por todos os lados, inclusive o patiozinho  à sua frente  que fica cheio de fieis.
Logo sei da cerimônia, pois as vozes de um coral espargem pelo espaço adentrando ao longe por minha janela. Ponho-me de pé à distância, a ver o pessoal simples que lá se reúne. Sei que são simples, porque poucos são os veículos que param nas cercanias e a simplicidade dos carros.
Então, olhando na noite escura aquela manchinha azul iluminada, sei que há prece.  
As vezes em silêncio oro também. Outras sinto a alegria imanente daquela fé ardente, daquele punhado de pessoas enviando suas orações ao infinito longe dos grandes centros, das catedrais, das multidões.  
Não sei qual Deus poderão ouvi-las – tão poucos - mas sei de sua pobreza, de sua humildade, de suas dificuldades e temo com receio de que eles se percam e desfaçam nos dias terríveis que virão.
Que Deus esteja sempre entre eles e lhes conservem sempre a fé incandescente em seus corações.  
Um bom fim de semana para você, Igrejinha Azul.
J. R. M. Garcia.