MULHER TECLANDO
Ontem faltei à crônica com vocês.
Fui a Catanduva e São José do Rio Preto. Serviços
profissionais que ainda restam de tempos idos na advocacia. Novas causas já não
as pego mais. Contudo, tenho que assistir as antigas ainda em curso. É um
dever, não é ?
E hoje já é tarde.
É, também, por dever, venho aqui conversar com vocês.
Por isto estou aqui a redigir.
Como vocês não me sugerem ideias, sou eu que tenho de
motivá-las. Acertando ou não, outra alternativa não há.
Quero falar de compromissos por via virtual.
Não de compromissos negocias, mas de
compromissos emocionais.
TECLANDO NO MSN
A gente começa geralmente em uma rede de
comunicação social com um boa tarde, um boa noite, uma cutucada, um comentário
no Face ou em outra rede qualquer. Vai daí que uma observação mais insinuante,
de parte a parte, termina-se no “reservado” do Face. Depois continua trocando-se
endereços do MSN. O diálogo se intensifica. Trocam-se horários. E, dia a dia,
vai estes diálogos intensificando. Terminam por os pares conhecerem-se. E, às
vezes, muito bem. Transcorre um ano, dois ou, em alguns casos, apenas meses. A
intimidade aumenta. Os encontros virtuais terminam por serem diários. Aquela
hora de conversar no MSN torna-se um padrão sagrado. É, na verdade, um namoro
virtual.
CASAL NO PRIMEIRO ENCONTRO
E, por fim, chega o dia onde um encontrará o
outro. Ansiedade, curiosidade, receios, dúvidas, angustias. Parecem dois
meninos sob efeito de seu primeiro encontro. Às vezes um leva rosas e na hora
não sabe o que delas fazer. Outros vão a um jantar. Teatro. Qualquer coisa que
se lhes distraia a atenção. Mas, no fundo, um e outro estão mirando-se. E isso
independe da idade. Estas reações ocorrem, como se jovens fossemos, em nossos
corações. O pulso aumenta. Esquecemos
tudo para concentrarmo-nos um no outro. Uns tímidos, outros tórridos. E
pergunta-se como da primeira vez: “Que impressão estou causando ? Ela, ele
gostarão de mim ?”
Uns viverão muito tempo juntos. Outros nem tanto. E alguns poucos nunca mais ver-se-ão.
Porém, todos, penso que guardarão saudades e boas lembranças um do outro.
E, novamente, começam uma outra aventura pelos
mesmos processos de comunicação virtual.
Pois bem.
Esta oportunidade única surgiu com a WEB. Nada
que se imaginou antes foi assim. Casais, que não se conhecem, terminam por
conhecerem-se ou firmarem um relacionamento continuado e, talvez, até casarem.
O que recomendo é que frequentem as redes.
Não frequentarem as redes sociais é um preconceito tão idiota como antes se tinha do cinema, do telefone etc.
Porém, tomem todas as cautelas possíveis.
Todas. Desde a chantagem mais chula até as mais sutis informações.
Nem sempre as coisas ocorrem como acima
relato.
Tudo, ao final, termina em desilusão,
tristeza, desamor. Pois o fato é que a WEB cria vínculos profundos.
Tal qual como no contato pessoal, as pessoas
apaixonam-se. Isso acontece também no virtual.
E, em uma paixão, seja ela como for, dói.
É um bem, mas pode ser um mau.
Pensem nisso amigas e amigos.
Um abraço.
Boa terça.
Ainda terei de fazer todo um trabalho de Power
Point para colocar isso em dia com a crônica.
J. R. M. Garcia.