Na
crônica anterior, a que antecedeu a esta, antes das eleições, este blogueiro,
citando o ilustre tribuno e jornalista, parafraseava Carlos Lacerda: “Getúlio não pode candidatar-se. Se candidatar-se, não
poderá ganhar. Se ganhar não exercerá o mandato.”
E deu no que deu. Um horror.
Fatos análogos ocorreram com
outros mandatários que não exerceram seus mandatos em função do desvinculamento
entre o Estado e a Nação. Jânio Quadros, Collor, Jango, a própria infelicidade
da doença que vitimou Tancredo. Isolados pelo Congresso e sem o apoio dos
prefeitos, desistiram. O último exaurido pela doença.
É o que ira acontecer a esta
pobre mulher, vitimada por um equívoco de petulância e interpretação. Hoje,
agora, graças a Deus, ela sabe que não tem mais deputados de seus partidos,
mais governadores, senadores. Nada. Suas bases políticas institucionais foram destruídas.
Até a oligarquia de Sarney foi alijada do Maranhão.
Não fosse isso, seu fim seria o
mesmo destes que antes dela viram-se distanciados da nação e próximos das
instituições. Mas isso causaria um enorme mau ao Brasil, exatamente no momento
em que mais frágil está nossa saúde, sistema rodoviário, indústria, energia,
transporte coletivo público, ausência de segurança, corrupção, poder judiciário
inapto, legislativo desmoralizado, empreguismo, dívida externa, PIB abaixo de
zero, portos inoperantes, guerrilha urbana entre traficantes e tudo o mais.
Por mais que tenha comprado os votos
com as “bolsas”, é lamentável. Não é justo que seja assim. O justo é que se
lhes arrume um emprego honesto, uma carteira de trabalho que lhes pague o digno
e não usar estes eleitores como “massa de manobra”, como ela e o PT desejaram.
Aécio sofrerá demais. Quando
deixar este governo será um homem velho, sofrido, com uma certa desilusão, mas
penso que sua formação e conduta trar-nos-á o que de mais importante é para
esta Nação tão espancada: legitimidade no exercício do mandato.
Parabéns aos eleitores do Sul e
Sudeste que, com desabrido coração, voltou no mineiro distante de sua terra sem
qualquer bairrismo.
Adeus “los hermanos”!
Um abração a todos vocês.
J. R. M. Garcia.