TEATRO da vida
Os atores
despediram-se.
O pano de boca do
palco caiu.
As luzes ascenderam
em um espocar único. A platéia ficou meio que parada. Levantou-se aos poucos.
Até que todos lentamente foram saindo. Uns em passos mais largos. Outros lentamente
como a medi-los.Todos indo.
Até o vozerio
abafado findou.
Ao final o teatro
ficou vazio.
Por fim as luzes
também foram, aos poucos, se apagando.
Primeiro as mais
altas do enorme lustre central, dos camarotes, depois das frisas e, mais abaixo,
as da platéia. Somente os corredores ainda estavam iluminados.
Já a escuridão
começava a predominar no grande teatro, agora vazio.
Silêncio.
A peça havia se
acabado. O que era vida presente torna-se agora lembranças.
Saudades. Muitas saudades.
Assim é a despedida deste mudo.
Tenham um domingo
feliz.
Abraços.
J. R. M. Garcia.